• Érico Valduga, em Periscópio
  • 24/03/2009
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A REFORMA ELEITORAL ?URGENTE

Um em cada tr?eleitores considera ruim e p?imo o desempenho de quem ele elegeu para o ?o poder de Estado que representa todos os cidad? Aponta o Instituto Datafolha, na pesquisa da semana passada, que 37% dos brasileiros consideram ruim ou p?imo o desempenho do Legislativo, no caso o Congresso. Entre os mais escolarizados o percentual sobe para 47%, o que permite concluir-se que um em cada dois cidad? reprova o comportamento dos eleitos para represent?os. Mas, prezados leitores, fiquemos com o dado principal, que engloba todas as regi?do pa?e faixas de idade, escolaridade e renda. Por ele constatamos que, com sobras, um em cada tr?eleitores reprova o procedimento dos eleitos para o Congresso. Eleitos, observe-se, pelos mesmos de quem os pesquisados s?amostra. Anote-se, ainda, que o ?ice n?variar?uito se o objeto da consulta forem as Assembl?s Legislativas e as C?ras Municipais. Algu?argumentar?como, ali? o fizeram os t?icos do instituto paulista, que os n?os mostram a influ?ia dos ?mos esc?alos, o castelo n?declarado, a mans?escondida e o pagamento de horas extras indevidas, entre outros. Pode ser, mas a reprova? n??e hoje, porquanto tem origem no sistema de escolha que leva ao produto final. N?se pode nunca esquecer que o eleitor escolhe quem vai eleger. E a?st? quest? por que o eleitor n?escolhe bem? Por dois motivos principais, e o primeiro ?ue a atividade pol?ca, como infelizmente se apresenta na atualidade, cheira mal, e afasta dela cidad? que n?concorrem a mandatos porque discordam da forma como estes mandatos s?disputados no nosso sistema eleitoral. O segundo decorre do primeiro: o mandato passou a se confundir com um bom neg?, bem remunerado e que retribui com empregos p?cos o apoio eleitoral. Ao contr?o de um comerciante, industrial ou profissional liberal, que batalha diariamente para firmar sua marca e pagar seus empregados, o parlamentar precisa apenas eleger-se, pois, na reelei? a vantagem que leva sobre os novatos ?mensa, custeada por recursos da sociedade. Logo, vale tudo para eleger-se, e quase tudo para reeleger-se, mesmo se isto contribuir para deixar o interesse p?co e o eleitor em segundo plano. Quando o quadro mudar?Quando for modificada a forma de escolha, atrav?de um sistema que reduza os gastos dos pleitos e aproxime os eleitos dos eleitores. A?ome?ia a mudar.