• Percival Puggina
  • 10/08/2020
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A NAÇÃO PEDE RESPEITO

 


O Estadão deste sábado (08/08/2020) estampa editorial atribuindo ao presidente da República responsabilidade pessoal nas 100 mil mortes causadas pelo novo coronavírus. No esdrúxulo raciocínio do editorialista, não fosse Bolsonaro, o vírus, por si só, transitaria pelo Brasil sem produzir vítimas.

Diz o jornal, novo queridinho da esquerda brasileira:

“Por fim, construiu-se essa tragédia porque falta a muitos cidadãos um espírito de coletividade, o reconhecimento do passado formador comum e a comunhão de aspirações ao futuro. Com tristeza, viu-se que não raras vezes a fruição imediata de alguns se sobrepôs ao recolhimento exigido para o bem de todos. Aí está o resultado.”

Aí está também, num mau português, o sumário da lição de engenharia social proporcionado pelo coronavírus. A aula virtual, em sala global, é cotidianamente oferecida ao mundo, de modo especial ao Ocidente, pela mentalidade totalitária em suas mais recentes roupagens. Aí estão, igualmente, o desprezo à liberdade individual, ao trabalho humano e a politização do vírus. A propósito, é bom ter em mente que a politização de tudo, a radicalização e o clima de amplo antagonismo não são peculiaridades do tempo presente. Vista de frente, olho no olho, a verdade mostra que até 2018 a radicalização tinha um lado só. A vanguarda do atraso vencia por WO.

Fazer-nos andar na direção dessa engenharia social, exige inibir, coibir, exorcizar a liberdade individual. Disse-me alguém, certa feita: "Observa a atividade das abelhas em uma colmeia. Não há, ali, individualidades e egoísmos. Todas obedecem a uma ordem espontânea, ditada pela natureza. Por que os seres humanos não podem ser assim? Por que não sonharmos com um homem novo, nascido dessa compreensão?". Exasperei-me: "O motivo é muito simples, meu caro. Acontece que, diferentemente do teu delírio coletivista, nós não somos abelhas! Convivem em nós a inteligência, a vontade e a liberdade. Não rebaixes nossa dignidade.

***

Desde a campanha eleitoral de 2018, plantou-se a ideia de que a vitória de Bolsonaro representaria um retorno dos militares ao poder, para estabelecer um governo fascista, homofóbico, racista, e sei lá mais o quê, com o intuito de extinguir a democracia no Brasil. Criada a ficção, mesmo em ausência de qualquer sintoma, tanto o Congresso quanto o STF passam o combater o fantasma criado, atacando o Poder Executivo com medidas de viés autoritário, manifesto antagonismo político e real esforço em coibir a liberdade de opinião. Hoje, se há um golpe em curso, ele não se articula em favor do governo, mas contra o governo. Não é devido ao governo, ou ao governante, mas causado pela aversão à agenda conservadora e liberal que, dada por morta no Brasil, renasceu a partir de 2014, ameaçando décadas de meticuloso trabalho político, sociológico e psicológico de engenharia social.


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* Percival Puggina (75), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+.

 


Rubens Rodrigues -   17/08/2020 14:39:12

Por outro viés, podemos dizer que se castigo esperavam, a forma como o grande Poder JUDILATIVO (mistura de coisa ruim com coisa alguma, ou seja a judiciário com legislativo, acabaram por dar a BOLSONARO um excelente presente. Evidente que a pandemia destroçou o país. Outra evidencia é que ninguém nesses estado pandêmico teria saído vitorioso dessa situação. Com efeito, aqueles que queriam castigar e destronar o Presidente ficaram com toda tipo de bomba nas mãos sem ter a quem passar. Embora nossa atua "prensa" e não "imprensa", posto que um órgão ou entidade, que tem uma essência, mas não a honra, perde até seu sentido básico. "Imprensa" que desinforma é um órgão estranho e da fuxicaria, logo sem mérito algum. Embora a esquerda queira valer a teoria: "acuse-o do que não fizeram e culpe-o daquilo que errado eu fiz", ainda assim querer atribuir os mais de 100.000 mortos a Bolsonaro é uma deslavada burrice. Burrice porque quem hoje esta acusando-o foi a mesma a grande população (lotação da perua Kombi) que vibrou com sua derrota imposta pelo stf (grifos minúsculos à propósito). Este que tirou dele o poder de decidir sobre quais as medidas preventivas ou corretivas, seriam as corretas para enfrentar o Covid19. Até uma "prensa" deve ter, a exemplo de todos seres viventes, um dia para rir e outro para chorar!

José Rui Sandim Benites -   17/08/2020 14:31:27

Bom dia Percival Puggina. Venho ratificar o teu comentário brilhante., como de costume. Até acho que a luta pelo poder é legítima. Agora não podem achar que todos somos incautos. Que todos são ungidos pelo vírus da ignorância. Qualquer pessoa com princípio intelectual verdadeiro, poderá ver que as ideias do editorial do jornal em questão, não correspondem com a verdade dos fatos, mas buscam fundamentar acreditando nas próprias inverdades. Criam as suas próprios conceitos de democracia. E, se não seguirem a cartilha são os antidemocratas e demais adjetivos pejorativos. Mas continuamos nós na "resistência", os livres de pensamento e que acreditam na liberdade.

Rubens Rodrigues -   17/08/2020 14:17:55

Existe uma adagio muito certeiro que diz: "De tanto odiar, pode-se acabar amando"! "De tanto e, incisivamente, não querer, pode-se, muito bem, terminar querendo"! Se a "guerra" dita, claramente feita pela imprensa esquerdista, for para evitar que se volte a um governo militar, pode ser que se arroche tanto o governo, que os generais ( a propósito o grifo minusculo, dada a covardia deles tal como se tem apresentado) acorde um deles? Sei lá quem? E, aquele que for, meio sonolento e conformado, como isso provoque um um levante. Todavia, na verdade, creio, praticamente impossível. Impossível por que como já disse "n" vezes, Olavo de Carvalho, já não temos nenhum GENERAL como antigamente.

ALCIDES POLIDORO PERSIGO -   17/08/2020 12:18:11

Bom dia Percival. Excelente comentário. Já comentei mais de uma vez com meus familiares e amigos: Bolsonaro evitou que se instalasse no país o comunismo. Esqueceram Venezuela? Cuba? ...

Paulo Moraes -   14/08/2020 13:26:43

Muito bom o seu artigo, professor. Ora, falando especificamente no caso do Covid19, até um ET lá na galáxia de Andrômeda sabe que o Executivo foi algemado pelo STF e pelo Legislativo, impedindo-o de tomar qualquer "povridença" efetiva para combater a tal pandemia, e dando aos governadores e prefeitos o poder total para fazê-lo de acordo com as suas necessidades e os seus interesses locais ou particulares, claro. Aconteceu aquilo que iria acontecer de qualquer maneira, pois se trata de um vírus que simplesmente não escolhe alvo por tendências políticas, ideológicas ou outras menos recomendáveis. E agora, por exemplo, a Isto É coloca na capa o número de mortos como se tivessemos vencido um campeonato mundial. E a culpa é do presidente. Ora, vão a...

FABIO RONNIE -   13/08/2020 02:15:12

Puggina. Teus comentários são ótimos. A respeito do editorial do Estadão entendo que é uma opinião tão besta, que não acredito que um ser humano, com um minimo de razão tenha gasto tempo em escrever aquela inutilidade. E o piosr de tudo é eu perder tempo em ler ou falar sobre aquilo.

José Josue Nunes -   12/08/2020 23:30:37

Será preciso o Presidente falar, abrir o bico, espernear por, pelo menos, duas razões: A primeira é da uma satisfação aos seus admiradores, aos seus eleitores e aos que acreditam que ele é nossa única alternativa para um projeto de pais decente.

José Assençao das Neves Sobrinho -   12/08/2020 01:52:17

Infelizmente ainda vamos vê muito deserviço desses políticos e jornalistas que se vendem e passam atacar aqueles que procursn fazer algo de verdade.

FERNANDO A O PRIETO -   11/08/2020 08:11:45

Artigo muito bom! Há muito tempo a midia deixou de informar e passou a tentar doutrinar! Em particular o "Estadão", hoje em dia, é uma sombra do que foi - fui assinante dezenas de anos, bem como da VEJA (outra que hoje em dia, não vale nada...) e deixei de ser. Antigamente seus artigos, mesmo quando não concordávamos, eram até maneiras de aprofundar nosso conhecimento da língua portuguesa - hoje, além de claramente tendenciosos, têm erros absurdos... E NÃO foi o meu conhecimento da língua e da e visão e interpretação da realidade do mundo ("Weltanschauung") que aumentou, não! - foi o dos repórteres e redatores que diminuiu! Que pena!

Zeno schneider -   10/08/2020 22:12:44

Acho incrível o presidente nunca ter pedido direito de resposta com tantas agressões infundadas. E preciso dar um basta nestas injustiças nem que para isso seja usado as forças militares. Um absurdo

Luiz R. Vilela -   10/08/2020 19:02:32

Dizem que para saber o futuro, deve-se conhecer o passado e compreender o presente, porque a história sempre se repete. O Bolsonaro é o "bode expiatório" desta situação e de tantas outras que poderão acontecer no Brasil. A "mídia", não é engajada ou militante, por conta de sentimentos patrióticos ou ideológicos. É simplesmente venal, e quem não a comprar, será sempre alvo das sua investidas mercantis, e como não tem outra maneira de se propagandear, passa a denegrir a imagem do desinteressado na negociata.Pura chantagem. Imaginar como um "genocida" alguém que apenas não concorda com certas atitudes tomadas por governadores e prefeitos despreparados para enfrentar uma situação adversa, é carregar na vigarice e jogar sujo, contra quem se tem alguma discordância. É mostrar a que ponto chega a imoralidade em certos meios, e ser réu confesso em crimes de calúnia e difamação. É desnudar-se da roupagem de órgão sério e mostrar a sua intimidade interesseira e desesperada pela falta do dinheiro público, tão fartamente distribuído em passado recente, pelo partido que governou o pais por 13 anos. Faz parte também da herança maldita recebida pelo atual governo, a mídia voraz e em abstinência do "ervanário" público. Estão em desespero, então qualquer "pé de galinha", dá uma janta. Cria-se até um "genocida" imaginário.

JORGE Abeid -   10/08/2020 16:53:02

Faqlou e disse meu caro Pugigina. Como paulistano que sou choro de desgosto ao ver o nosso Estadao da familia Mesquita se associando aos poderes infernais que nao se cansam de tentar derrubar Trump e Bolsonaro, e nessa sanha nao se cansam de inventar as mais absudas narrativas , como acusar Trump de ser agente Russo infiltrado no governo Americano, ou responsabilizar Bolsonaro pelo viru chines. Nao vao conseguir, porque estao la por missao divina, a eleicao de ambos desafiou odas as leis da politica eleitoral. abs

Cleo -   10/08/2020 15:40:39

Parabéns. Invejo sua capacidade de análise. É uma lástima que esses idiotas , ainda sobrevivam. Não esmoreça, amigo.

Lena Martins -   10/08/2020 14:48:20

Parabéns,excelente visão. Abraços Prof Puggina

Armando FIALHO Fagundes -   10/08/2020 14:13:31

É incrível, Pugina, mas é verdade: a mídia do centro do Brasil comemorou as 100 mil mortes pelo VIRUS. Que barbaridade!!!!!

Jose Luiz Monteiro -   10/08/2020 13:39:36

Realmente o jornal O Estado de São Paulo, tomou partido contra o presidente Bolsonaro. Deixa muito claro na forma expressar seu noticiário. A maioria dos colunistas seguem o mesmo viés ideológico do jornal, poucos têm a liberdade de expressar matéria com sensatez. O Estadão extrapola seu papel jornalista e desesperadamente se coloca como detentor da verdade. Em tempos de pandemia certas matérias noticiadas por "especialistas" contratados declaram verdadeiras asneiras, que logo são desmentidas pela própria realidade dos fatos. Creio que há uma crise dentro do jornal, porque até a clã Mesquita resgatou uma belíssimo editorial "Bye Bye Democracia" dia 26jun20 de Fernão Lara Mesquita. Onde está o jornalismo imparcial do conceituado Estadão! Afinal tudo pesa somente por conta do executivo, e os demais poderes? Não são ameaças ao estado de direito? Estadão a caminho do abismo.

Nilseu Cavalheiro -   10/08/2020 13:35:29

Perfeito. Imensa maioria dos brasileiros pensam assim. Basta de minorias exóticas pautarem a vida de todos com o apoio de velha mídia que sempre viveu "mamando" nas gordas verbas públicas.

Rodrigo -   10/08/2020 13:07:23

Excelente artigo. Na impossibilidade de atacar ao presidente, criam um espalhado, o nomeiam como o presidente e o atacam, na esperança que as mentiras ditas 'colem' neste e colaborem para a sua derrubada. É vergonhoso que nem mesmo tentem disfarçar o seu viés, apesar de se apresentarem como 'isentos'.

José Saez -   10/08/2020 12:16:20

Eu assinava este Jornal há us 30 anos e deixei quando da campanha em 2018. Pior ainda, eu não assisti, foi o JN . Só vi os posts no facebook. Me pergunto isso não seria fakenews? Que poder tem.essa gente que ninguém contesta? Isso é democracia? O cara só apanha, é proibido de legislar e ninguém faz nada? Forte abraço.

Menelau Santos -   10/08/2020 11:55:54

Seu artigo é um choque de lucidez, professor. Como diz o Roberto Jefferson, essas narrativas idiotas fazem parte da crise de abstinência.