Neste país do faz de conta, não me surpreende mais o pseudobom-mocismo e a ignorância econômica de jovens idealistas inexperientes e de velhos interesseiros ideológicos.
Entretanto, o que me apavora enormemente é o fato de jovens professores, inclusive da área de gestão e negócios, não só pensarem, mas fazerem apologia e saudarem a taxação de grandes fortunas. Inacreditável, para dizer o mínimo.
Começo afirmando que eles se dizem cientistas, defensores do método científico, mas comprovadamente são cientistas da “ciência sem ciência”. Costumo dizer que é mais ou menos como aquele moçoilo que aprendeu a fazer sexo pelos livros.
Lamentável, mal sabem tais cientistas que em todas as circunstâncias e nos países em que isso foi tentado, os resultados foram desastrosos e a burrice foi felizmente abandonada.
A política caridosa, que esconde por trás de seu véu da bondade os verdadeiros sentimentos de rancor e de inveja humana, genuinamente inibe o comportamento, a atividade empreendedora, e o salvador processo de destruição criativa, que resolve e agrega valor as vidas humanas, especialmente dos mais necessitados.
Essa ignorância econômica desestimula pragmaticamente os fundamentais e produtivos atos de poupança e investimento.
Esses meninos não compreendem que os ativos de hoje não necessariamente seguirão estáticos linearmente no futuro. Ricos se transformam em pobres, e pobres em classe média e ricos, alguns milionários.
Eles sequer suspeitam que há mobilidade do capital em busca das melhores condições para sua localização.
Eles não têm a mínima ideia de que o que reduz a pobreza, não as alardeadas desigualdades sociais, conforme a história econômica atesta, é a economia de livre mercado e a imperiosa redução de impostos, especialmente aqueles incidentes sobre os mais pobres.
Eles não sabem que hoje são os donos de grandes fortunas que atuam mais fortemente nas ações de filantropia no mundo, para muito além dos órgãos estatais e das conhecidas práticas de corrupção.
Via de regra, quem são os defensores da taxação de grandes fortunas? Grandemente, são jovens pertencentes a famílias medianas e ricas que sofreram um processo de doutrinação por meio da ideologia da destruição, geradora de culpas, de ressentimentos, de ódio e de racha social. Literalmente, burgueses tentando enfraquecer a “sociedade burguesa”.
Eles são dotados de puros desejos, fomentando a nefasta ilusão da cultura da dependência e de que o gigantesco Estado pode “salvar-nos” na vida terrena. Porém, eles são os mesmos que se opõem ferozmente as inescapáveis reformas estruturantes; em especial a administrativa, que justamente combate as doces benesses do inchado e ineficiente funcionalismo público brasileiro.
Esses cientistas de araque não sabem que, normalmente, as “boas intenções” de burocratas estatais produzem políticas e resultados muito piores do que os problemas que supostamente dizem querer combater.
Honestamente, não sei se rio ou choro!