Soneto da poética política, enviado pelo amigo Ives.
Quando um povo não vê o populismo
E acredita em promessas de assaltantes;
Quando governos levam para o abismo
Os sonhos que se fazem mais distantes;
Quando presos comandam dirigentes
Do crime organizado e da política,
Na condução não sendo diferentes
Sem terem da nação nenhuma crítica;
Quando o ganho ilegal é sempre ganho
Dos eleitores tendo um grande apoio
E o querer ao Brasil parece estranho,
Pois se troca o bom trigo pelo joio;
Vai se perdendo aos poucos a esperança
E o mal dos que são maus, no tempo, avança.
* Ex-presidente da Academia Paulista de Letras.
SP. 30/09/2018