• Alex Pipkin, PhD
  • 08/03/2021
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OS DEVANEIOS PROGRESSISTAS NA SÉTIMA ARTE

Alex Pipkin, PhD

Parem o carro, o avião, o trem, o navio, seja lá o que for, porque eu quero descer!

Esse mundo “inteligente e igualitário”, retratado nas telinhas da Netflix, não é somente risível e burlesco, mas é sobretudo mentiroso.

Eu diria mais, perigoso. Tudo que tenho visto ultimamente, parece nos empurrar para uma escolha inevitável, quase como aquela travada entre o bem e o mal.

O bem é o mundo de Alice, nas maravilhas de um paraíso sem as amarras opressoras, da justiça social e do coletivismo, evidentemente, que com o insuflamento do Estado.

Preciso falar do mal? Ora bolas, a tradição, os costumes, a religião, os valores virtuosos que sobreviveram ao teste dos tempos, enfim, os valores civilizacionais judaico-cristãos.

Desculpem-me, mas muitos amigos escandalizados, recomendaram-me assistir “O Dilema das Redes”, classificando-o como espetacular e fidedigno.

Minha opinião, após assisti-lo: todo o filme é manipulado por meio de uma única visão compartilhada - sem nenhum contraditório - para justificar que somos controlados e aprisionados pelas redes sociais.

Evidente que não é assim; eu tenho minha agência, e teria várias perguntas sobre o que ali é mostrado como uma verdade incontestável.

Dilema implica na necessidade de escolha entre duas posições que são contraditórias. Neste documentário, como ele é apresentado, não me parece que haja dilema algum, há genuinamente uma única visão!

Bem, ontem assisti “Mary Queen of Scots” (2018).

Logo no início do filme, quase pulei do sofá.

A rainha Mary pode ter sido excepcional, uma mulher de fibra e tolerante, mas historicamente como o filme a retrata, é algo digo de uma legítima piada. Sim, claro, a força e a personalidade da mulher...

A visão “progressista” desse filme é uma piada histórica.

Colocar atores negros e asiáticos na corte do século XVI é um assassinato da verdade, grotesco.

Mary é apresentada como uma mulher extremamente tolerante, inclusive em relação a religião. Era católica, e é óbvio que naquele tempo e pelas circunstâncias vividas, ela não teria nenhuma condição de impor qualquer coisa.

A certeza histórica de liberdade sexual vivenciada na corte de Mary, imagino que só possa ser certeira nas mãos de cineastas do beautiful people.

Relações homossexuais existem desde que o mundo é mundo, mas no século XVI, até pelos tabus impostos pela igreja, duvido muito que fosse possível à liberdade na corte que o filme quer fazer crer.

Está mesmo magnífico assistir toda essa criatividade da turma progressista, com suas mentiras românticas e suas verdades romanescas.

Acho e espero que eles deem uma baixada de bola.

A mentira tem pernas curtas, e eles não vão continuar andando com elas...