Alex Pipkin, PhD
Existem, basicamente, duas visões de mundo: a liberal-conservadora e a chamada “progressista”. Essas refletem perspectivas muito distintas em termos progresso, modos de comportamento e valores.
Especialmente, a perspectiva liberal acredita em um Estado limitado, focado em proteger direitos individuais e promover a liberdade econômica, com menos intervencionismo estatal. É o setor privado o responsável pelo crescimento econômico, gerador de empregos, de renda e de riqueza.
Na visão “progressista”, o Estado é o indutor do crescimento. Portanto, esse deve regular a economia, e gastar a rodo, na promessa de justiça social e, assim sendo, na redistribuição de renda.
Desnecessário ser especialista nesta temática para constatar o quão emblemático é o “governo petista”, de Luiz Inácio da Silva, no que se refere a tais distinções.
Contudo, embora a “espada” progressista seja erguida para proteger os diretos e às liberdades dos fracos e oprimidos, nunca pensei que ainda estaria no plano terreno para enxergar os guerreiros sociais esquerdistas, apoiando à censura, à escassez de liberdade de expressão, à ditadura da toga, e o devasso terrorismo sangrento.
Mas vamos ao pragmatismo. A alardeada “preocupação com o povo”, afinal Lule é o “pai dos pobres”, necessita e impõe abusivos gastos governamentais (vide programas sociais contraproducentes), tributação escorchante e, evidente, o aumento da ineficiente máquina pública. Este é o modo de ser e fazer o Brasil crescer…
Já a ótica liberal, sustenta-se na disciplina fiscal (aquela que qualquer “dono de casa” conhece e sente), e na liderança do setor privado na economia. Deveriam existir uma tributação justa, com menor nível de impostos, e muito menos intervencionismo estatal, esse que distorce completamente os mercados, inibindo a concorrência e as inovações.
Sem dúvidas, é essencial impulsionar o crescimento do capital humano, por meio de um melhor ensino, arquitetado para fazer frente os novos desafios de uma economia digitalizada. Embora negligenciado, é mandatório alavancar a pífia produtividade nacional.
Nesta direção, a retórica e ação “progressista”, populista e despropositada, é ampliar o acesso à educação, eliminando barreiras ao ingresso dos “grupos marginalizados” no ensino superior, por exemplo. Novamente, vem-me à mente à expressão “a rodo”.
A indispensável “qualidade”, pois é, “a gente (vermelha) vê depois”...
A falta de qualidade educacional pode ser amplamente comprovada pelos fatos expressos nos comparativos internacionais (vide Pisa). O foco está na doutrinação ideológica, ao invés de estar centrado nas competências básicas, no ensino básico, na leitura, na escrita e na matemática, por exemplo.
O que desejo clarificar, é que mais uma vez, tal visão de mundo “progressista”, deixará (e tomara que seja possível deixar) uma herança maldita, quase que intransponível para os próximos governantes.
A completa irresponsabilidade fiscal do governo “progressista”, apesar de alarmante, tem sido impressionante. A divida pública brasileira deve alcançar 80% do PIB até final de 2024, continuando a crescer para os próximos anos (IFI).
Qualquer sujeito com um mínimo de conhecimento econômico sabe que essa situação resultará em inflação contínua de gastos públicos descontrolados, ocasionando mais empréstimos, mais impressão de moeda, e o caos.
A genuína despreocupação com o bolso do contribuinte, e o foco na irresponsável na gastança com o dinheiro público se constituiu, mais uma vez, em uma tragédia anunciada.
O “pai dos pobres”, novamente, deixará as contas para esses mesmos pobres, aqueles de carne e osso que esse alude defender.
O Ministério da Fazenda brasileiro-soviete, revisou a projeção do IPCA, índice que mede à inflação. Adivinhem! Em 2024, há uma subida de 4,25% para 4,4%. Evidentemente, superando a meta de inflação planejada.
Tal inflação corrói a capacidade de compra dos brasileiros, que já não comem à picanha e bebem a cervejinha prometida pelo salvador da pátria.
A receita - do fracasso - “progressista”, quase todos conhecem: criam o caos e, posteriormente, apresentam-se como aqueles capazes de resolver a anarquia e a devastação geradas por eles próprios!
Será que nessa “república” pairarão os ares liberais?
O país necessita de estratégias pró-crescimento sustentável, de verdade!
O tema deveria ser singelo: corte de impostos, para criar um ambiente de negócios favorável, impulsionando o crescimento, uma forte disciplina fiscal, a fim de conter a farra com o dinheiro público, e o correspondente endividamento nefasto. É mister reduzir o do tamanho do Estado - ineficiente. Em tempos rubros, impossível.
Para que todos saibam, a visão de mundo liberal, é aquela que não quer deixar o dinheiro nas mãos de corruptos incompetentes.
O dinheiro, compulsoriamente, tem que ficar nos bolsos - e nas mesas - daqueles que o ganham, com sangue, suor e lágrimas! Simples assim.