Ninguém pode sempre. Custou, é verdade. Foi uma longuíssima espera para aqueles casos mais graves. Mas aconteceu. E o desfecho geral foi pelo voto. Um punhado de abjetos personagens da política brasileira foi defenestrado do Congresso Nacional. Suas excelências não terão mais imunidades, gabinetes, carguinhos e foro privilegiado.
Para felicidade geral da Nação, a inteligência prevaleceu no primeiro domingo de outubro desse estranho ano de 2018. Nesse dia histórico, um timaço de psicopatas, seres vocacionados para urdir tramas e imbuídos de maldades, cinismos ou condutas indecorosas, foi demitido dos seus mandatos pelo patrão da soberania. Pessoas desagradáveis e na maioria das vezes repugnantes por suas opiniões, palavras e votos, legisladores medíocres, adoradoras do poder e de suas benesses afrodisíacas acabaram enxotadas da ilha da fantasia.
O julgamento do povo foi sonoro. E implacável. Criaturas as quais não devemos denominar de “tristes figuras” para não macular a imagem de um homem puro e honrado como Dom Quixote de la Mancha, tiveram concluídas as suas pálidas carreiras políticas no dia 7 de outubro.
Outrora tolerados ou temidos porque momentaneamente investidos numa posição estratégica de mando e desmando, esses embustes finalmente pagaram a fatura pelas posturas asquerosas e linguagem de sarjeta que tanto utilizaram.
A história não ficou parada. Num mundo civilizado, a democracia até pode tardar, mas acaba acontecendo. Romero Jucá, Eunício Oliveira, Roberto Requião, Lindbergh Farias, Edison Lobão, Lúcio Vieira Lima, Valdir Raupp, Jovair Arantes, Heráclito Fortes, Vanessa Grazziotin, Leonardo Picciani e outros não farão falta alguma ao Congresso Nacional ou ao país. O logro por eles aplicado terminou. E o que é mais importante: agora sem foro, é Moro.
* Advogado e professor de Direito Eleitoral.