• Cláudia Wild
  • 28/02/2018
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HOLANDA EM RISCO DE SE TORNAR UM “NARCO-ESTADO”


 

“Hoje me deparo com esta reportagem em que o chefe da polícia holandesa declara; “perdemos a luta contra o crime” e que a Holanda está se tornando um “narco-Estado”. Ele relata que após a política de tolerância - gedoogbeleid - com as drogas e a legalização da maconha com sua venda nos Coffee-Shops, "a porta para a criminalidade foi aberta e que ela está tomando o país".

Notem que o alerta vem do CHEFE DA POLÍCIA holandesa, e não de um sociólogo, antropólogo, historiador, ou cientista político.

Conforme é cediço, o tráfico de drogas tem longos tentáculos. A partir dele, uma série de delitos tornam-se ‘praticamente' obrigatórios, sendo que os crimes mais comuns são os crimes contra o patrimônio, crimes sexuais e crimes contra a vida.

Pieter-Jaap Aalbersberg conta que a polícia holandesa consome de 60 a 70% do seu tempo de trabalho apenas investigando os crimes ligados à máfia das drogas que se instalou no país. Pelo porto de Roterdã passa pelo menos metade da cocaína que entra na Europa. A Holanda tem o mais robusto mercado de produção do Ecstasy - contralado por marroquinos. Ele relata que, a legalização da erva só fez aumentar o tráfico de drogas no país. Segundo Aalbersberg, ele viu "pequenos traficantes se tornarem grandes empresários do ramo com excelentes contatos políticos e no meio empresarial”. A tolerante Holanda se tornou um paraíso para o tráfico de drogas na Europa - que foi indubitavelmente reforçado depois da legalização da cannabis.

Daí a conclusão: se a Holanda aquele país mínimo, super organizado, rico, de gente culta e alfabetizada está se tornando um "narco-Estado" sem conseguir controlar a criminalidade após a legalização da maconha e seus efeitos, imaginem só o que se transformará a baderna subdesenvolvida brasileira? O Brasil é um país enorme, de fartíssima bandidagem, pobre, de gente inculta, desorganizado, tomado pelo crime e um grande consumidor de crack, cocaína e maconha - que se liberada poderá fazer do Brasil um Rio de Janeiro continental.

Que o exemplo da fracassada experiência holandesa em relação à tolerância ao consumo e venda de maconha sirva para o Brasil. E não adianta buscar "aconselhamento técnico” - para provar os “benefícios de uma eventual legalização” - com maconheiros de plantão, pois droga é droga e ninguém mudará esta realidade.”
https://www.publico.pt/2018/02/21/mundo/noticia/holanda-em-risco-de-se-tornar-um-narcoestado-1803794/amp#

Desde 1997, quando estive com René Levy, diretor do Bulletin Questions Pénales, órgão informativo sobre assuntos de segurança pública do Ministerio da Justiça da França, passei a receber ditos exemplares. Um deles noticiava o fracasso da política de liberação das drogas na Holanda que só teve como resultado a concentração de drogados e traficantes naquele lindo país. Ninguém nunca quis me ouvir

A reunião com René Levy foi em Paris.

Eu o havia conhecido num seminário internacional de segurança pública na USP, noz Núcleo de Estudos da Violência , em 1995. HOLANDA EM RISCO DE SE TORNAR UM “NARCO-ESTADO”
Por Cláudia Wild

“Hoje me deparo com esta reportagem em que o chefe da polícia holandesa declara; “perdemos a luta contra o crime” e que a Holanda está se tornando um “narco-Estado”. Ele relata que após a política de tolerância - gedoogbeleid - com as drogas e a legalização da maconha com sua venda nos Coffee-Shops, "a porta para a criminalidade foi aberta e que ela está tomando o país".

Notem que o alerta vem do CHEFE DA POLÍCIA holandesa, e não de um sociólogo, antropólogo, historiador, ou cientista político.

Conforme é cediço, o tráfico de drogas tem longos tentáculos. A partir dele, uma série de delitos tornam-se ‘praticamente' obrigatórios, sendo que os crimes mais comuns são os crimes contra o patrimônio, crimes sexuais e crimes contra a vida.

Pieter-Jaap Aalbersberg conta que a polícia holandesa consome de 60 a 70% do seu tempo de trabalho apenas investigando os crimes ligados à máfia das drogas que se instalou no país. Pelo porto de Roterdã passa pelo menos metade da cocaína que entra na Europa. A Holanda tem o mais robusto mercado de produção do Ecstasy - contralado por marroquinos. Ele relata que, a legalização da erva só fez aumentar o tráfico de drogas no país. Segundo Aalbersberg, ele viu "pequenos traficantes se tornarem grandes empresários do ramo com excelentes contatos políticos e no meio empresarial”. A tolerante Holanda se tornou um paraíso para o tráfico de drogas na Europa - que foi indubitavelmente reforçado depois da legalização da cannabis.

Daí a conclusão: se a Holanda aquele país mínimo, super organizado, rico, de gente culta e alfabetizada está se tornando um "narco-Estado" sem conseguir controlar a criminalidade após a legalização da maconha e seus efeitos, imaginem só o que se transformará a baderna subdesenvolvida brasileira? O Brasil é um país enorme, de fartíssima bandidagem, pobre, de gente inculta, desorganizado, tomado pelo crime e um grande consumidor de crack, cocaína e maconha - que se liberada poderá fazer do Brasil um Rio de Janeiro continental.

Que o exemplo da fracassada experiência holandesa em relação à tolerância ao consumo e venda de maconha sirva para o Brasil. E não adianta buscar "aconselhamento técnico” - para provar os “benefícios de uma eventual legalização” - com maconheiros de plantão, pois droga é droga e ninguém mudará esta realidade.”
https://www.publico.pt/2018/02/21/mundo/noticia/holanda-em-risco-de-se-tornar-um-narcoestado-1803794/amp#

Desde 1997, quando estive com René Levy, diretor do Bulletin Questions Pénales, órgão informativo sobre assuntos de segurança pública do Ministerio da Justiça da França, passei a receber ditos exemplares. Um deles noticiava o fracasso da política de liberação das drogas na Holanda que só teve como resultado a concentração de drogados e traficantes naquele lindo país. Ninguém nunca quis me ouvir.

A reunião com René Levy foi em Paris. Eu o havia conhecido num seminário internacional de segurança pública na USP, no Núcleo de Estudos da Violência , em 1995.

Nota do Editor: Para leitores em inglês, mais conteúdos semelhantes no New York Times e no The Guardian.