Alex Pipkin, PhD
Acho lamentável o embuste que está ocorrendo hoje nos EUA, e a tendência é piorar.
Trabalhei 23 anos numa companhia americana, e mantenho contato com colegas e amigos que lá vivem.
Muitos deles têm a mesma percepção que eu: vai sobrar para eles. Como? Aumento de impostos e, logo mais, desemprego.
Um destes amigos, diplomado e com MBA no Brasil, também trabalhando com Uber por lá. Ele confessou-me que a grana jorra de maneira tão farta, que ele próprio preferiu não se apropriar do tal seguro desemprego. A bolha em algum momento vai estourar.
É pertinente que analisemos duas premissas que me parecem básicas.
A primeira delas é que uma economia cresce, tornando-se pujante, criando mais empregos e riqueza, com investimentos e com o aumento de produtividade, não com gastos do governo, muito menos com farra de gastos governamentais.
Tão básico, tão enganoso; o governo não cria riqueza, mas pode aniquilá-la com distribuição de renda de maneira irresponsável e populista.
As receitas do governo são provenientes da atividade econômica dos criadores de riquezas, ou seja, de empresas e de indivíduos que produzem e pagam impostos ao Estado.
Qualquer estudante da área de gestão e de economia sabe que quanto maior for a tributação, maior será o desincentivo a produção, a geração de postos de trabalho e a inovação.
Similarmente, quanto maiores forem as regulamentações e as exigências em relação as admissões e a outras questões trabalhistas, maior será o desincentivo à manutenção e a contratação de funcionários.
A segunda premissa, é a de que retirar dos ricos para dar para os mais necessitados - aquela que a galera do beautiful people vibra como um gol - é mesmo uma falácia. Na verdade, essa (des) política de taxar os ricos já foi tentada e fracassou em vários países. É surpreendente que não se perceba que são os empresários e os inovadores aqueles que empregam e que geram renda e riqueza.
Uma taxação deste tipo inibe o espírito empreendedor e a capacidade de investimento e de inovação, além de ser contraproducente já que as empresas e os inovadores podem se deslocar para outros lugares. Além disso, há um erro básico implícito aqui, uma vez que renda e riqueza não são estáticas no tempo.
Populistas irresponsáveis negam que o padrão de vida dos pobres melhore, factualmente, com o aumento da produtividade, das inovações e das trocas.
Com maior produtividade os mais carentes podem acessar produtos e serviços de melhor qualidade a preços mais baixos, e com o incremento desta, os trabalhadores passam a gozar de salários mais altos.
Eles não aprendem; que “doce ilusão”! Gastos não criam empregos, desviam e destroem a economia. Cientificamente, quem cria empregos são os processos econômicos produtivos e os investimentos; ponto final.
Tampouco aumento de impostos sobre os ricos para dar aos pobres. Essa turma do beautiful people não compreendeu nem a primeira nem a segunda lição em economia: recursos são escassos e as pessoas respondem aos incentivos, alterando comportamentos em razão destes.
Altos impostos inibem a atividade econômica e, sobretudo, os investimentos.
Infelizmente, esta onda populista coletivizante e seus mandatários demagogos não enxergam que o que faz aumentar a riqueza, o emprego e o investimento, é justamente a redução de impostos!
Toda essa farra vai acabar em pizza, melhor, pizza de limão.