Nasce o Sol, e com ele, a luz.
Brilha a felicidade num sorriso de criança.
Infante que nasce sob gritos de bonança,
Em meio a venturas tão sonhadas...
Quanto tempo sofremos!
Tantas mazelas ungidas,
Em vidas partidas pela iniquidade desenfreada.
Ardemos por palavras de discursos insólitos vociferados por bestas.
Capatazes do inimigo!
Sagazes...
Artífices de belas palavras,
Que aliadas a estômagos doídos,
Fizeram de um país a terra de combalidos.
Moribundos zumbis, tingidos de mórbido rubro.
Basta!
Eis a luz!
Fujam!
Voltem às trevas, seres decadentes!
E sumam das mentes dos letárgicos zumbis!
Eis que a luz nasce,
E faz reluzir a esperança,
Refletida em verde "Bragança" e amarelo "Habsburgo".
Enfim, o reencontro...
Eis o passado: pai do presente,
Avô do futuro.
Da futura aliança.
Eis o caminho: nossa lembrança!
Registramos, assim, nosso nascimento.
As feridas não foram em vão...
As tantas dores,
Os prantos fúnebres de "Marias" e "Dolores",
Os odores de enxofre que nos obrigamos sentir,
A distância de nossos valores,
A putrefação de nossas famílias, aniquiladas pelo "mentir"...
Saibam todos!
Nada foi em vão!
O calvário está no fim!
Libertemo-nos das amarras do inimigo!
Olhemos para nossos filhos,
Para a luz de esperança que emana de seus olhos.
O futuro é deles, e não nosso.
Sintamos algo ao olhar para o espelho.
Orgulho ou desprezo,
O peso da dor,
A paixão,
O amor por uma nação!
Agora, pouco importam os sentidos,
Pois estamos nascendo de novo!
Unamos nossas forças!
Somos todos irmãos!
Enfim, somos brasileiros!
Harley Wanzeller. 21.10.2018