ncendeiam um País. Destroem o seu patrimônio público. Desrespeitam a constituição e as autoridades. Trabalham intensamente para provocar o caos e institucionalizar a desordem. Provocam os agentes de segurança estatal com o claro objetivo de serem fotografados como vítimas...
Qual a origem desses protestos? De onde vêm? Quais são os verdadeiros motivos? A grande imprensa relata, sem o mínimo de pudor noticioso, que tudo é feito em nome da "igualdade". O que pode ser confrontado mediante a posse de importantes indicadores sobre a economia chilena. Esse argumento finalístico e "estético" barbariza a lógica da verdade. O que veremos logo adiante.
O Chile possui uma das economias mais bem organizadas da América Latina. Ali, entretanto, um ou outro fator está a exigir correção, sem sombra de dúvidas, como é o caso das aposentadorias, cujo sistema, a meu ver, deve passar por negociação pontual, de tal sorte que os salários na faixa de até dois salários mínimos sejam objeto de contribuições mais ampliadas, quais sejam: a de empresários e do próprio Estado. A formatação atual das aposentadorias desprotege os segmentos de menor renda... Inegavelmente, isso tem que ser revisto, pelo bem da justiça social e do respeito que é devido aos mais pobres. Registre-se, porém, que foi, em grande parte, por meio do sistema de capitalização que os investimentos produtivos ocorreram no País. Uma poupança que irrigou a economia, inquestionavelmente, gerando emprego, renda, tributos e divisas.
A verdade, porém, não vem à tona no noticiário engajado, pois o Chile possui uma das maiores rendas per capita das Américas, em torno de 24 mil dólares. A do Brasil, por exemplo, é de 13 mil dólares. A par de possuir um dos menores índices de pobreza do continente americano. O seu Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é simplesmente invejável no concerto das nações do seu porte. Na formulação do IDH é sabido que entram em sua composição: a expectativa de vida por nascituro, o nível educacional da população e a renda por habitante. E lá a luta está sendo travada por apreço à igualdade... Estamos, simplesmente, pasmados, com exuberante noticiário, tão a gosto dos senhores integrantes da mídia mainstream...
Esse patamar de desenvolvimento foi alcançado pelo Chile sem dispor das mesmas vantagens do Brasil, pois não possui, nem de longe, as riquezas minerais e um agronegócio reluzente como o nosso. Muito menos, o mesmo desenvolvimento industrial e tecnológico. Na verdade, o Chile com muito menos, e apenas com o cobre, frutas, peixes, papel, azeitonas, azeite, vinhos e produtos químicos, muitos deles obtida a matéria prima da madeira, etc, conseguiu uma renda per capita perto do dobro da brasileira.
Daí entram em cena os incendiários e "justiceiros", certamente sob os aplausos e autorização do Foro de São Paulo, associados ao olho gordo dos marxistas culturais e dos venezuelanos do nosso continente, gente, que, provavelmente, não seria nenhum pecado em dizer, pertence à extrema-esquerda, com a pretensão de deter os rumos da história no nosso Continente para submetê-lo ao estado de barbárie de que são aficionados.
Maduro já se assanhou e faz discursos candentes, no nível da sua inteligência e dos seus experimentos, os quais levaram a Venezuela e o seu povo a ter que conviver, compulsoriamente, com a miséria e a penúria, sob os olhares das armas irretratáveis e vigilantes das suas milícias, algumas delas, certamente requisitados dos seus companheiros de ideologia do continente.
E, por fim, chegam notícias de que um instituto tal de pesquisa foi a campo para medir a popularidade do Presidente Sebastián Piñera, cujo resultado constatou que detém, apenas 10% de aprovação do povo chileno. É verdade que esse cidadão, pelo que se sabe, age de modo pusilânime e leniente, sem o mínimo de zelo e compromisso que o cargo lhe impõe, pois se dispôs a negociar, sob a baderna reinante, questões que podem balançar as instituições do seu país e obstruir o funcionamento de um sistema de vida que deu certo. Esse instituto de pesquisa tem todas as credenciais para integrar um capítulo da História Universal da Infâmia, tal qual o sugerido na epígrafe deste texto, livro a ser editado para coroar um absurdo desses: fazer pesquisa sobre a popularidade do presidente, diante de um clima de guerra, provocado pela gente aqui relatada. É muito cinismo e despropósito... Isso não cabe nem mesmo no surrealismo de Borges, quanto mais no de Kafka...