• Jorge Abeid, PhD
  • 23/09/2019
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DEMONIOCRATAS: DELICIOSO RELATO DE UM AMIGO QUE VIVE NO CANADÁ E COMPARA O PARTIDO DEMOCRATA COM A OPOSIÇÃO BRASILEIRA

 

Alô, Puggina!

Eu ouvi sua (como sempre brilhante) palestra sobre os dez grupos que lutam contra Bolsonaro. Já tive oportunidade de escrever sobre as coincidências que vejo entre o Brasil e nosso vizinho aqui ao sul da fronteira canadense, os USA.

Donald Trump foi eleito com folgada margem sobre Hilary, como todo mundo sabe. Mas os demoniocratas não aceitaram o resultado, afinal democracia só é boa quando eles ganham, (soa familiar aí para você?). Desde então, e já se vão quase três anos, tentam destitui-lo sem sucesso. Inventaram um dossier encomendado pelo DNC (Democratic National Committee) a um espião inglês aposentado que escreveu, para esse fim, uma peça de ficção.

No fundo e no raso, o trabalho do espião acusava Donald Trump de ser agente russo, imagine só. Conseguiram montar uma investigação que foi comandada por Bob Mueller, condecorado ex-combatente do Vietnã, ex-diretor do FBI entre outras posições de peso no governo Federal. Passados 26 meses, gastos 40 milhões de dólares e ouvidas 500 testemunhas, nasceu, por fim, o relatório esperado pelos Demoniocratas. O processo de impeachment, aliás, já estava inteiramente equacionado, pois as necessárias evidências seriam todas apontadas no tal relatório. Mas... a vida tem surpresas e – surpresa das surpresas – não havia evidências.

Desgraçadamente, o Presidente não é agente russo. Mas como? Que horror!

Chamaram Bob Mueller às falas. E nada foi acrescentado ao nada que já havia no relatório. “Não! Não é possível. Mil vezes não! Vamos iniciar os proceedings de impeachment assim mesmo, porque vamos arguir novamente as
testemunhas indiciando-as, o Advogado Geral da Uniao (Atorney General) e o Presidente, para depor no Congresso.
Esqueceram, porém, um detalhe: o Congresso não é um Tribunal de Justiça, não tem poder de indiciar, nem de obrigar o Presidente a depor. Assim, um a um, todos os “indiciados” simplesmente não compareceram às secções marcadas.

“Que horror! Desprezo pelo Congresso! Onde vamos parar?”

No entanto, mesmo sem testemunhas, iniciaram os proceedings de impeachment convidando para depor – ora vejam só! – John Dean, o famoso advogado que teve papel crucial no processo contra Nixon quase 50 anos atrás. Ele seria a salvação da lavoura porque, com sua experiência, resolveria o impasse...

Chegou o dia, John Dean veio e depôs. Aos 80 anos de idade não sabia bem porque estava lá, não soube responder as perguntas e revelava sinais de demência.

E agora? Continuam os proceedings de impeachment porque, em algum momento, os demoniocratas vão achar as evidências que estão todas lá no tal relatório do Mueller.

Kafka perdeu seu lugar na história como inventor de ficção em mundos paralelos. O Processo é um ensaio amador perto de tudo isso.

Sendo assim meu caro, no hope para o Bolsonaro. Ele, a exemplo do colega ao Norte daí, vai enfrentar os 10 inimigos citados por você até o último dia do seu mandato, e não se assuste se, daqui até lá, essa lista não aumentar.
Saudoso abraço!

Jorge Abeid, Ph.D.
ASCE member

REMONTECH-Remote Monitoring Technologies Inc.