“A tolerância moderna é, na verdade, uma tirania. É uma tirania, porque é um silêncio.” (G. K. Chesterton)
“A omissão não é uma opção a ser considerada por qualquer pessoa que pretenda viver a liberdade como valor, e a paz que dela emerge. Por este aspecto é que o ser humano omisso torna-se facilmente manipulado por qualquer força que a ele se imponha.
O omisso tem muita sorte quando encontra boas influências capazes de lhe ajudar a sair do estado de inércia para o de construção. Porém, a regra é que esta omissão trabalhe em favor daqueles que oprimem e se valem do silêncio dos inocentes.
Foi assim que a revolução cultural do século XX passou a disseminar fortes questionamentos a respeito das bases sólidas que instruíam a sociedade ocidental até então.
Como um truque de magia do relativismo moral, ético, jurídico e cultural, o certo passou a ser “errado”, e o errado, passou a ser “certo”. Vítimas passaram a ser “algozes”, e meliantes, as novas vítimas. Todo o inverso passou a ser tolerado, assim como intoleradas passaram a ser as condutas daqueles que, humildemente, gostariam de conservar os valores tradicionais passados por gerações.
Este é o contexto que vivemos: a ditadura do politicamente correto.”
O trecho acima transcrito foi extraído da sinopse de contracapa do livro Janelas da Alma - os escritos de um poeta politicamente incorreto, publicado em 2018, de minha autoria.
Retorno a estas palavras pois o senso não ficcional nos traz uma grata surpresa: Deus nos enviou, a cada um de nós, uma máquina do tempo capaz de promover nosso trânsito ilimitado pela linha do da vida. Por ela, um sábio tem tanto poder para edificar quanto um tolo para destruir, convindo, portanto, que a mantenhamos sob um iluminado equilíbrio.
Tomando posse da dádiva, e analisando tudo que vemos e vivemos, parece-me cada vez mais evidente que 2018 está no futuro, da mesma forma que 2020 mora no passado. Um passado tão remoto e arcaico que não nos permite a visionária atitude de acelerar o tempo para que tomemos ciência das lições que ainda nem chegaram, a partir dos erros que sequer recordaremos.
E como aprender com aquilo que nem se lembra?
Vivendo hoje, rogo para que aprendamos com os erros que cometemos e cometeremos. Só assim será atingido o futuro digno que Deus reserva àqueles que viverão o ano de 1776, quando a sociedade, enfim, alcançará um grau aceitável de maturidade.
Que venha o futuro! Com a força necessária para que possamos enfrentar o passado gravado nos anos que hão de vir.
Deus abençoe o ocidente!
God bless America!
Harley Wanzeller 08.11.2020