Roberto Rachewsky
Censura é o crime que tenta encobrir todos os outros crimes.
É o cúmulo da desonestidade e covardia.
É a irracionalidade agindo para impedir que a realidade chegue às nossas mentes. É fruto da absoluta falta de autoestima que faz homens poderosos temerem o que os outros irão pensar, se souberem de seus atos vergonhosos.
Censura também é a tentativa de sonegar às mentes alheias as ideias que podem iluminá-las, desenvolvendo racionalidade, honestidade, integridade, independência, senso de justiça, coragem para adotá-las e orgulho de fazê-lo.
Censura não se combate com liberdade de expressão, de que é mera consequência, censura se combate com a coragem de ser honesto e integro com seu próprio ser, à revelia do que pensam os outros. Quanto maior for o medo na luta contra a censura, mais coragem tem quem defende a liberdade de expressão.
Censura inclui submeter qualquer ato do poder público, que não envolve interesses privados legítimos, ao sigilo. Quanto mais censura, quanto mais sigilo um governante tenta impor, mais covarde e envergonhado ele é.
Não confundam sigilo e censura com privacidade. Indivíduos têm direito à privacidade porque nada em suas vidas diz respeito aos outros. O poder público, como o próprio conceito diz, é público, logo, tudo que diz respeito a ele deve ser absolutamente transparente e propagandeado.