• Alex Pipkin, PhD
  • 19/01/2023
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Auto-engano, maldade e autoritarismo


Alex Pipkin, PhD

       O auto-engano é cruel e destruidor.

Ele pode ser inconsciente - o pior - ou deliberado.

Faz com que as pessoas se julguem certas, especialmente em nível moral, impulsionando-as à guerrear - e matar - por causas absurdas e equivocadas.

Os enganados deliberadamente são perversos e maldosos que, por dentro, riem dos resultados nefastos de suas próprias maldades. Ah, como eles andam livres e soltos por aí.

 história dos ditadores dos piores regimes da humanidade, e de seus intelectuais encorajadores, como também a vida real recente na Republiqueta das Bananas, comprova cabalmente o ilusionismo da integridade como também o da farsa.

Líderes que se dizem “salvadores” dos pobres e humildes, por aqui, genuinamente, são implacáveis com as pessoas comuns.

Afirmam defender o povo, usam e abusam da narrativa da justiça social, mas muito dificilmente eles serão vistos com o povo e/ou assumindo um comportamento popular.

Eles expressam desprezo pelos homens comuns e suas ideias, embora jurem até na igreja que seus corações bondosos somente se preocupam com os mais necessitados.

Eu conheço muitos assim… nada está perto do coração, exceto suas carteiras e o desejo de fruição de benesses mil.

Uma “elite podre” de terras verde-amarelas, o famoso estande do eterno “rent seeking”, veste-se da mentira, simulando a verdade, para manipular e transformar, de forma lesiva, o errado no certo.

Evidente, a mentira é ladina e sedutora, já a verdade, nua e crua, é direta e severa, constituindo-se, muitas vezes, em um rotundo inconveniente.

O problema é que a seita do fanatismo ideológico charlatão flechou os corações e as mentes de iletrados, daqueles que estão à espera de milagres, e de parte de uma elite “culpada”. Todos praticam intensamente o auto-engano.

Sendo assim, a razão, o conhecimento, a ciência, e definitivamente, os fatos e dados, são desimportantes.

Frente ao real, sobrepõem-se, bizarramente, a mentira e a fé na seita ideológica do fracasso.

É simples assim.