• Alex Pipkin, PhD
  • 08/08/2024
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A vitória do esforço e da autodisciplina


Alex Pipkin, PhD

A lógica ilógica “progressista” é louvar os vícios da pobreza e do infortúnio, ao invés de prestigiar e estimular os virtuosos valores individuais do esforço e da autodisciplina. A pregação ideológica apocalíptica é a do fracasso futuro como imutável em razão do fracasso passado.

Tudo isso não passa de uma fantasia marxista da “famosa” luta de classes, em que a burguesia, dona dos meios de produção, “explora” o proletariado. A culpa é sempre “dos outros”…

Para Marx, a forma de alterar tal contexto, em busca da impossível igualdade, era a revolução. E o destruidor cântico marxista/progressista segue fazendo a cabeça dos “modernos” e, portanto, devastando as maiores oportunidades de desenvolvimento e progresso para todos.

Tal oportunismo político, nefasto e interesseiro, acaba por impor uma sociedade em que a grande mãe Estado, coercitivamente, a fórceps, por meio da redistribuição de riqueza, de programas sociais contraproducentes, e de genuínas discriminações em nível de gênero e raça, por decreto, elimina o pilar basilar de um desenvolvimento sustentável e, evidentemente, alcançável para as pessoas.

Não é possível reinventar a roda e o mundo; ele é como ele é!

Desconsiderando-se o vitimismo e o fatalismo “progressista”, penso que o que é necessário é aumentar as oportunidades de crescimento para todos. O modelo populista estatista, no entanto, vai justamente na contramão desse intento, visto que intervém pesadamente na vida econômica e social, modificando e prejudicando a geração de empregos, renda e riqueza, por meio de incentivos a setores “amigos” e, assim, desequilibrando todos os demais setores econômicos.

A vida não é um jogo de soma zero, como querem fazer crer os “modernos progressistas”. De forma verdadeira, as políticas progressistas desestimulam o exercício da responsabilidade individual, do andar com “as próprias pernas”, da determinação dos objetivos e dos destinos individuais, e da necessária autodisciplina para se abocanhar, de fato, as oportunidades existentes.

Não somos, nem nunca seremos iguais! Temos necessidades, desejos e aspirações distintas, recursos, habilidades e atitudes diferentes. Não somente nossa fisionomia é desigual, como também são os fatores genéticos que nos favorecem ao sucesso para determinadas atividades, e o fracasso para outras. Incontestável. Aliás, o sucesso para alguns, tem significado completamente diferente para outros.

Tenho dito que se vive num período de retrocesso civilizacional, alicerçado sobre a frágil ponte do vitimismo e do fatalismo. Meu avô paterno partiu de um navio da antiga Ucrânia, de Kiev, para aportar em Pelotas. Fruto de seus valores e esforços individuais, e de sua autodisciplina, desenvolveu-se no ofício de alfaiate e, posteriormente, prosperou no negócio de peles. Cresceu por seus próprios méritos.

Incontáveis são os casos de sucesso individual de pessoas - negras, brancas, amarelas… - que lutam cotidianamente, abdicando dos prazeres de curto prazo, em razão de uma paixão, de um objetivo pessoal. Louvável! Meu Deus, como a cultura influencia, como os incentivos importam!

Nesse desencaminhado Brasil, ontem ouvi de minha secretária: “Seu Alex, ele não vai trabalhar até o final do ano… tem auxílio do governo. Ele me disse que só voltará a procurar trabalho quando terminar esse auxílio”. É preciso desenhar?

Na momentosa Olimpíada de Paris, variados são os exemplos de tais “vencedores”. Rebeca Andrade lutou - sua vida inteira - e venceu. Claro, escuta-se agora que uma mulher negra venceu, como se antes vários atletas negros não tivessem vencido. Desculpem-me, é o “progressismo do atraso”!

Não, não é a vitória de uma mulher negra, é o sucesso do esforço, da responsabilidade individual, da persistência, da resiliência, da ambição, e da paixão de pessoas que lutam, de fato, por seus sonhos.

Santo Agostinho afirma que mesmo nossa natureza sendo originalmente boa, o mal está presente no homem, fruto dos “desejos desenfreados”. Para ele, “não existe um autor determinado, mas cada um é autor de suas más ações”.

Oh, deuses incentivos!

Sim, se deve e vale a pena se esforçar - e se desenvolver individualmente -, com dedicação e autodisciplina para vencer, independentemente da cor, raça, gênero, religião… O que conta ao final, aqui e “lá em cima”, é, sem dúvidas, a responsabilidade, o esforço próprio, à autodisciplina e, sobretudo, à atitude!

Parabéns aos legítimos campeões por suas brilhantes conquistas individuais. Vocês são os apóstatas da destruidora religião do coletivismo.