Alex Pipkin, PhD
Ontem fui a uma formatura de Administração. Fui prestigiar uma pessoa amiga.
Abateu-se sobre mim uma espécie de sentimento nostálgico - que, por vezes, é improdutivo - sobre como as “coisas” na Universidade eram no passado.
Leciono faz mais de 35 anos; penso que talvez nos últimos 15 anos, tivemos um giro de 180 graus. Retrocesso, completamente nocivo e desalentador para a inteligência humana e para uma convivência social harmônica e desenvolvedora.
Os discursos de autoridades e de acadêmicos são verdadeiros clichês, nada desafiadores, de fato, quando não estão embebidos de desejos ideológicos fantasiosos e risíveis.
O tribalismo ignorante tomou conta de tudo, em todas as esferas da vida, potencializado pelos “Doutores” das redes sociais, que dizem entender de tudo, sem saber de quase nada. Contudo, os benefícios angariados por tais redes são incontáveis. Não há conhecimento, razão, liberdade e ciência factuais, há vontades ideológicas utópicas, e uma fartura de mentiras e de falácias.
Tendo dito, sistematicamente, que na Universidade, que significa totalidade, a tribo “progressista” conseguiu executar um trabalho brilhante; não há quem não enxergue - e sinta na pele - a ditadura do pensamento esquerdizante, único.
A universidade é o “locus” da ciência genuína, da liberdade de expressão, da expansão das fronteiras do conhecimento em áreas específicas, e do respeito e aprendizado a partir do contraditório. Tudo isso se perdeu, desafortunadamente, no passado!
Lecionei em várias universidades católicas, 25 anos em uma jesuíta. Não há universidade judaica, uma pena. Deus é um só, de todos.
No Antigo Testamento, o Deus único, deixa claro que a mentira é abdominável, um legítimo pecado capital. Entretanto, os “semideuses” das universidades “progressistas” de hoje, trocaram a verdade divina, pelo tribalismo ideológico interesseiro e devastador.
Esses dizem defender os princípios da dignidade humana e a “justiça social”. Resta saber para quem!
Líderes e liderados lobotomizados nos campus universitários do “amor do ódio”, dissimulam defender os direitos das minorias. Porém, quando se trata dos judeus, pior do que aqueles que se omitem diante do comprovado massacre de judeus, são os “doutores, mestres”, e seus seguidores, que se aliam aos terroristas do Hamas, proclamando o desaparecimento do Estado de Israel, e o novo Holocausto, o extermínio dos judeus. O antissemitismo saiu do armário, e é a mais nova moda universitária.
Quanto à falácia da proteção dos direitos humanos, essa se torna transparente quando esses apoiam a matança de bebês, mulheres, jovens, adultos e idosos, civis israelenses, pelo simples fato de serem judeus. Aliás, com requintes de crueldade.
A barbárie segue. Eles fingem ser defensores da liberdade de expressão. Claro, aquela que permite que somente a mentira ideológica dissimilada sob o véu da verdade seja proferida. Os que discordam dessa “verdade santa”, são calados, isolados e, posteriormente, retirados.
Na atual universidade, nesses palcos de encenação dantesca, a ciência é “progressista”. A legítima ciência é baseada em um processo científico, suportado por evidências concretas. A “progressista”, suporta-se em desejos, vontades e utopias irrealizáveis. Nessa ciência - com “c” minúsculo -, as informações são torturadas até que se cheguem às “verdades” desejadas.
?Notadamente, a Universidade desapareceu. Lastimável. Essa se converteu em um teatro pseudo-humanista e político, para a grotesca encenação de sinalizações de (falsas)virtudes, e melodramas por parte de militantes. Assombrosamente, esse teatro permite a barbárie e conduz a sociedade à destruição. A continuar dessa (des)maneira, é somente uma questão de tempo…
Nossa continuidade sadia, inteligente e desenvolvida, dependerá daquilo que acontecer nas instituições de ensino superior.
Singelo. As ideias e os estudantes de hoje, estarão incorporadas e embasarão os líderes do amanhã.
Eu não vejo a hora da volta da inteligência coletiva, da totalidade, da genuína Uiversidade.
Será possível?!