• Alex Pipkin, PhD
  • 02/05/2019
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A DIGNA REBELIÃO PELA LIBERDADE INDIVIDUAL

 

Quando jovem, fui um sujeito, de certa forma, apolítico. Pelo menos no sentido dogmático do termo. Procurei focar minhas energias no estudo (embora aluno mediano), além de concentrar-me no trabalho, na aquisição de experiências profissionais para ascender pessoal, profissional e economicamente. Talvez até muito diferentemente daqueles jovens, impulsivos por natureza, e que desde cedo nutrem o gosto pelos ideais políticos categóricos e pela constante ansiedade em reformular o mundo em que se situam. Não resta dúvida de que há na juventude instintos e sentimentos aflorados de liberdade e fraternidade.

Afora "filhos de pais ricos" que não necessitam (muitos são os que mais estudam e labutam; elite), a maioria das pessoas busca estudar e trabalhar a fim de evoluir na vida. Aqueles que conseguem prosperar com esforço próprio, abdicam de recompensas de curto prazo, seguindo firme com autodisciplina no alcance de objetivos e se caracterizam marcadamente por possuírem uma visão de longo prazo.

Atualmente, muitos desses jovens possuem vantagem comparativa e competitiva, na medida em que a economia digital proporciona novas e grandes oportunidades para o empreendimento e emprego da energia, motivação, impulsividade, criatividade e coragem característicos da fase da juventude.

Lembro-me de como me senti humano e digno quando consegui meu primeiro emprego. Autoestima foi lá pra cima. O efeito "bola de neve" que acontece quando se investe e age com responsabilidade, afinco e perseverança é bem provável e notório.

Hoje os empregos escassearam. O governo expropria, tributa e regula insaciavelmente tudo, intervindo nos mercados e retirando as possibilidades de crescimento natural de trocas voluntárias e da imperiosa necessidade de cooperação social para que os agentes econômicos progridam, criando emprego, renda e riqueza.

Como é primorosa a tendência revolucionária e luta da juventude pela liberdade, não é mesmo?!

Mas por que será que esses jovens - de todas as correntes ideológicas - não percebem que o Estado e suas políticas institucionais lhes roubam a tão endeusada liberdade?

Fico me questionando porque essa juventude não se amotina contra esses social-democratas e socialistas que roubam sua liberdade individual, aumentando impostos para financiar o déficit público gerado por políticas irresponsáveis e inadequadas? Por que não se insurgem contra o bando de burocratas - que não produz riqueza - sustentados por meio de regulações absurdas, extorquindo a olhos nus o bolso dos contribuintes de todas as idades, através da arrecadação (coerção) de impostos? Por que esses jovens não se rebelam contra impostos que pagam salários milionários para aqueles que vivem à custa dos indivíduos trabalhadores, sustentando uma estrutura estatal inchada e ineficiente?

Fundamentalmente, por que esses jovens consentem e dão aprovação ao roubo e a retirada de sua liberdade individual? Essa juventude colabora e é cúmplice dessa imoral situação? Por que tolera o visível achaque e assalto ao bolso dos trabalhadores?
É juventude, por que ordeiramente e com base nas ideias não pressionam e retiram do poder o consentimento para roubar-lhes a liberdade?! Por que os jovens não "brigam" e reagem com ideias e argumentos lógicos e sadios focados na geração de emprego, renda e liberdade na busca do desenvolvimento econômico e social? Por que os jovens trabalhadores e produtores de riqueza não se opõem para decidir autonomamente o que devem fazer com seus recursos particulares, ao invés de se submeterem as ordens coercitivas de um Estado expropriador, tributador e regulador ao extremo?

Infelizmente, não vejo mobilização dessa juventude pela efetiva contestação e argumentação visando assegurar o máximo possível de sua propriedade e entrega do mínimo de impostos possível? Não desejam mais crescimento gerador de mais oportunidades e empregos para todos?

Triste constatar que essas verdadeiras ideias de liberdade não agitam as jovens massas entorpecidas por tais causas nobres; concentram-se em pautas de rebanhos político-partidários, ideológicos, apaixonados, discriminadores, de direitos - impossíveis - assegurados e de justificativas "sociais anacrônicas", entre outras.

Como La Boétie recomendou: "decidam não mais servir, e vocês serão livres; não lhes peço que empurrem ou sacudam o tirano, mas que, simplesmente, não mais o sustentem - e vocês o verão, como um grande colosso cuja base se retira, cair graças ao seu próprio peso e quebrar-se em pedaços".

Luta juventude! Com ideias e argumentos pela real liberdade do indivíduo!