• Alex Pipkin, PhD
  • 20/08/2020
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A DESCRENÇA É UMA SEITA

 

Inteligente, crítico e jovem amigo leu um post meu sobre religião, e me questionou como segue.

Jovem amigo: Alex, li que acreditas em DEUS. Não acredito na religião, acho que a religião só aliena as pessoas, e faz com que elas não ajam em prol de suas próprias vidas. Só ficam presas as suas convicções religiosas - imaginárias.

Eu: Evidente que acredito em DEUS. Penso diferente de ti. Acho que a verdadeira religiosidade vem da crença nos valores humanitários de que todos nós seres humanos somos iguais e de que não devemos fazer aos outros aquilo que não gostaríamos que os outros fizessem contra nós.

Pela lógica racional, luto pelas liberdades individuais - sem a intolerância de supostas minorias identitárias que de fato querem ser desiguais -, pela igualdade de oportunidades - já que a de resultados é impossível e equivocada -, e pelo tratamento justo e isonômico aos indivíduos.

Jovem amigo: Mas então se tu acreditas na religião, tu não acreditas no conhecimento científico?

Eu: Pelo contrário, acredito que a verdadeira religião, da crença nos valores e virtudes civilizacionais, não só é compatível com a ciência e a razão, como também é fundamental para a própria ciência e para o conhecimento.

Jovem amigo: Estás equivocado. Não pode existir ciência com religião, foi justamente isso que causou a desigualdade social e praticamente todos os preconceitos no mundo atual.

Eu: Bem, discordo e acho mesmo que tu acreditas e muito no dogmatismo religioso.

Jovem amigo: Eu, jamais! Até sou ateu.

Eu: Perdão, mas és um religioso fundamentalista que acredita numa seita que como comprovado cientificamente, pelas amplas e robustas experiências e evidências, não deu, não dá e nunca dará certo em nenhum ambiente econômico e social que queira se desenvolver econômica e socialmente, honrando os valores civilizacionais - religiosos - de igualdade, liberdade e justiça!

Jovem amigo: Mas de onde estás argumentando para tirar essas conclusões "enviesadas"?

Eu: Da leitura e do estudo da história econômica e social, por meio de vários e distintos historiadores, de diferentes visões de mundo. Claro que movimentos seculares se apropriaram do utopismo religioso, mas isso não obscurece as virtudes dos nobres preceitos religiosos do bem.

Jovem amigo: Hum... Tá certo... Quais livros me indicas para ler? Vou ver...

Eu: Vou elaborar uma listinha e te envio. Mazel Tov! Abraço!