• Percival Puggina
  • 29/12/2021
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UMA REFLEXÃO PROPOSTA POR ALEXANDRE GARCIA

Percival Puggina

 

           Sim, o Brasil pode mais!

         Em sua coluna de ontem (28/12) na Gazeta do Povo, o amigo Alexandre Garcia, sempre um raio de luz no jornalismo brasileiro, rendeu justa homenagem à indústria nacional. Em tempos de sucesso do agronegócio, têm passado sem as devidas referências muitas atividades industriais em que o Brasil, com criatividade e competência, ganha destaque no mercado mundial apesar da corrida de obstáculos imposta a quem deseja empreender.

Diante dessa constatação, Alexandre faz duas perguntas:

Então, um país que tem essas indústrias e muito mais, que tem essa capacidade e tecnologia para produzir o que produz, eu fico pensando por que esse país não está entre as cinco maiores potências do mundo? É porque tem alguma coisa que prejudica o empreendedorismo do brasileiro na legislação, nos tribunais, na burocracia, nos governos inchados e nos políticos, não é isso?

De fato, o PIB brasileiro faz lembrar um farol de trânsito. Ora está no amarelo, ora no vermelho e, em poucos períodos, é favorecido pelo sinal verde da liberdade. O PIB patina, canta pneu e pouco sai do lugar.

O Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV), estima que o PIB per capita encerre 2021 com alta de 3,8% sobre o ano passado. Esse indicador, se confirmado, é 1% inferior ao de 2019, anterior à pandemia, e fica 7,7% abaixo do pico medido em 2013. Agora, o lado pior da notícia: provavelmente só retornaremos a esse nível dentro de sete anos!

Sigamos na esteira aberta pelas duas perguntas do Alexandre. Toda riqueza do país é gerada pela iniciativa privada. Quem investe pode dar-se mal e perder dinheiro se cometer erros de naturezas diversas, mas quando quase toda a economia perde dinheiro, quando o PIB cai e não se recupera, há que buscar culpados entre a elite política e nessas muito mal concebidas instituições do Estado, que alguns ministros do STF consideram inquestionáveis sinônimos de estável plenitude democrática.

Nosso modelo institucional gera crises em sequência, em cascata; é uma usina de instabilidade e desconfiança. No seu lado pior, estimula a corrupção e, inequivocamente, resguarda a impunidade. O jogo político, por decorrência, é de muito má qualidade. Não bastasse isso, parcela expressiva de seus agentes é sadomasoquista.

Sim, isso mesmo: sadomasoquista. Observe a conduta da oposição (midiática, cultural, funcional, parlamentar e judicial). Ela se satisfaz impondo males ao governo sem se importar com o fato de que, sendo parte da sociedade, acaba fazendo mal a si mesma. 

Sim, o Brasil pode mais, mas tem muitas contas políticas pendentes das urnas em outubro próximo.

Percival Puggina (77), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+.


Joel Robinson -   01/01/2022 18:58:28

Que pobreza de argumentos. Para defender um neceio e um governo falastrão usar de argumentos falaciosos? Um governo que até agra não tem plano econômico nenhum; Não são capazes de ao menos lerem os planos que os verdadeiros militares o fizeram em tempos idos, Onde nasceram as MPRESAS XXX-bras . Depois do pobre e mentiroso pronunciamento de um presidente que mente descaradamente não vejo saída infelizmente. Passamos 13 anos aguentando uma troupe de larápios e agora uma troupe de fracassados. Mas em apoio de uma mídia vassala com tem em ambas os extremos. Um copia a outra, são meros "especulares".

José Rui Sandim Benites -   30/12/2021 13:39:07

O crescimento da produtividade, balança comercial, superávit primário, industrialização, empredorismo de um lado. E, carga tributária, pagamento de salários no setor público, eficiência do setor público, burorocracia estatal, preço da democracia, obras públicas superfaturadas de outro lado. Exemplificando. E ste equilíbrio entre setor privado e setor público tem que se buscar. Assim ter uma sociedade justa e mais igualitária. No entanto, existe no setor público e no setor privado quem quer ter vantagens e que desequilibra de um lado, como de outro. Ou seja, quem quer ganho fácil, com discurso simplório. Porque na vida nada é fácil. Que se quisermos melhorar o nível de vida. Tem que ser alicerçado com o trabalho, estudo e pesquisa. Não há fórmula mágica. Não há salvador da pátria. Todos tem que forjar a sua vida pelo trabalho e estudo. Infelizmente, muitos incautos vão atrás de fórmulas mágicas para ter igualdade, e acabam em mais sofrimento. E com privilégios para alguns. E a maioria escravizada. O Estado tem que existir para facilitar a vida dos cidadãos e não o contrário. E a propriedade, a liberdade e a família tem que ser respeitada. E isto que seguimos defendendo e resistindo.

PAULO CEZAR ALVES MONTEIRO -   30/12/2021 07:04:24

Um artigo brilhante desse fantástico articulista. Aproveito para lhe desejar um 2022 de todas as bênçãos e deixo-o com este artigo cujo link segue abaixo. Paulo Monteiro https://www.cultseraridades.com.br/?p=4132