Um ralo bilion?o na transfer?ia de renda
Parcela desconhecida do dinheiro de todos escorre por diversos ralos, mas nenhum deles ?aior do que o do Executivo. E ??o, na medida em que o Poder concentra quase 65% do bolo tribut?o, e administra as grandes empresas estatais e seus fundos de pens? A quanto voc?acham que ter?chegado as beirinhas criminosas dos ex-diretores do Senado, ao longo de pelo menos uma d?da de desvios de recursos? R$ 3 milh?a R$ 5 milh?por ano? E a apropria? para uso privado das passagens de avi?na C?ra dos Deputados, em per?o de tempo ainda maior? Algo parecido. Mas seja l?uanto for, o que provavelmente nunca saberemos e nem teremos o dinheiro de volta, no pa?da impunidade, o ralo dos congressistas ainda ?af?equeno, e est? c?aberto. O caso do Executivo ?uito pior, pois, como est?ncanado por cumplicidades diversas, na imprensa inclusive, v?e apenas as bocas de entrada e de sa? do dinheiro.
O Tribunal de Contas da Uni?informou que cerca de 10% do BPC (Benef?o de Presta? Continuada), irm?do Bolsa Fam?a, beneficiam irregularmente seus destinat?os. Este programa de transfer?ia de renda, que destina um sal?o m?mo a idosos e deficientes (que n?trabalhem de forma regular) com renda familiar inferior a R$ 120,00 por m? gastou R$ 13.8 bilh?no ano passado (ante R$ 10.6 bilh?do BF). Uma auditoria apontou que um em cada 10 dos 1.5 milh?de deficientes e 1.4 milh?de idosos (mais deficientes do que idosos?) n?poderia receber o aux?o porque n?est?nquadrado na lei. Ou seja, 290 mil pessoas ganham ilegalmente R$ 1.380 bilh?, o equivalente ao or?ento do at?ntem momentoso programa de constru? de casas populares. Cruzamentos de cadastros mostraram que 104 mil deles s?propriet?os de ve?los, 14 mil possuem im?s rurais e 1.400 s?s?s de empresas.