• Percival Puggina
  • 21/08/2014
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SOBRE O HAMAS E ISRAEL

 

 Ao promover uma invasão de terras, os membros do MST seguem rigorosamente as instruções fornecidas por seus líderes. Na hora do enfrentamento, as crianças vão na frente, formando um escudo humano para proteção dos marmanjos. Isso é algo a que estamos habituados a assistir aqui, bem perto dos nossos olhos.

 Não pode nos surpreender, portanto, que o Hamas, na guerra que promove contra Israel desde a faixa de Gaza, utilize escolas e hospitais como bases para lançamento de seus foguetes para, depois, derramar lágrimas de crocodilo sobre imagens dos danos ali causados. É o Hamas que impõe seu totalitarismo religioso fanático sobre a pacífica população da faixa de Gaza e não Israel. É o Hamas que está se lixando para os males que afligem a população civil da região sobre a qual impõe sua insensível tirania.

 Com muita razão aliás, o noticiário sobre o conflito observa uma grande desproporção entre as potencialidades bélicas de ambos os lados. Mas é muito difícil entender o tipo de justa proporção que se poderia esperar naquelas circunstâncias. Se o problema do conflito ali travado é a desproporcionalidade das forças combatentes e não a existência de um grupo terrorista islâmico agressor na fronteira de Israel, com o intuito explícito de o destruir, torna-se indispensável definir o que seria uma justa proporção aplicada ao caso.

 Indago: para atender a esse clamor, Israel deveria abandonar o armamento que usa e passar a empregar mísseis de fabricação caseira? Seria isso o que se espera? Ou, quem sabe, Israel deveria adotar atitude passiva enquanto os radicais do Hamas despacham seus artefatos desde os telhados de Gaza? Existem extensas áreas despovoadas ou muito pouco povoadas em Gaza. Por que os terroristas do Hamas se abrigam exatamente nos setores urbanos mais densamente ocupados? E é israelense a responsabilidade pelos danos?

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* Percival Puggina (69) é arquiteto, empresário, escritor, titular do site www.puggina.org, colunista de Zero Hora e de dezenas de jornais e sites no país, autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia e Pombas e Gaviões, membro do grupo Pensar+.
  


Julio -   26/08/2014 12:14:31

Prof. Puggina, como sempre o senhor nos brinda com sua lucidez. Atos do tipo praticado pelo MST e Hamas são criminosos. As crianças que se danem, não é? Eles farão outras... O que importa é vencer a qualquer preço. Mas vencer o quê? Vencer a quem?

Odilon Rocha -   23/08/2014 20:51:38

(meu teclado nao eh ABNT) Prezado Percival Essa tatica, do escudo humano, covarde!, bem como a tortura, eh prevista no Manual de GUERRILHA, do Marighella. Foi traduzido para varias linguas. Chique, nao e mesmo? Muitos, hoje, bem colocados na vida publica e com contas bancarias invejaveis, conhecem ( e praticaram!) bem o teor do mesmo. Eh so o que sabem fazer, por isso o Brasil esta assim. Quanto ao episodio Hamas x Israel, creio que com os mais amplos esclarecimentos (face, internet, jornais internacionais, redes sociais) a verdade vem sendo melhor assimilada por um amplo publico, ate entao ignorante , pondo por agua abaixo essa percepcao distorcida sobre a palestina, propositalmente espalhada pela esquerda global. Abraco

Juan I. Koffler A. -   23/08/2014 19:01:14

Caro Percival: Sua análise está perfeita e clara, sem dúvida. Aliás, o Hamas é reconhecido por sua truculência exacerbada e seu extremismo descabido. É claro que eles buscam esconder tal extremismo sob o manto do justicialismo fundamentado - o que, em realidade, é crime de lesa-pátria. A questão que persiste naquele árido (mas rico) pedaço de terra é a mesma original: o que o Hamas pretende com sua cruzada inominada e infundada? Só eles sabem, porque até o presente ninguém, em sã consciência, compreendeu. Forte abraço e parabéns!

Dante Ignacchitti -   23/08/2014 01:08:53

Como sempre, Puggina condensa em poucas palavras sua análise cristalina e realista da crua verdade entre Israel e Gaza; os terroristas usam a mesma tática dos criminosos enquistados em favelas: em aglomerados urbanos desordenados, densos e inviáveis, usam a população como escudo contra o poder público, que paga alto preço em cada confronto. Por que os criminosos, detentores de muito dinheiro, não moram em bairros normais, com ruas e quadras? Porque torna-se-ia muito fácil cercá-los e prendê-los. O mesmo com os terroristas. São profissionais, querem o fim de Israel e a destruição física dos judeus. Recebem dinheiro de várias partes do mundo e transformaram o terrorismo em um negócio rentável, material e emocionalmente. E seu próprio povo que pague a conta.

Paulo Tietê -   22/08/2014 21:26:22

Os mesmos que acusam Israel de atrocidades, por atacar quem o ataca com foguetes, batem palmas e justificam as execuções, por degola, dos jornalistas, efetuadas pelos terroristas Islâmicos...

ETELVINO PILONETTO -   21/08/2014 23:59:11

Isto que foi posto, quanto aos Hamas e o MST,são atitudes de bandidos e extremistas covardes. São covardes porque se escondem por trás de pessoas inocentes.É uma atitude típica de ideologistas socialistas.