Há quem creia que o "politicamente correto" tem algo a ver com convívio social respeitoso. No entanto, não é assim. Respeitar, e mais do que isso, amar o próximo, é o segundo maior mandamento afirmado pelo cristianismo. Surrupiar essas qualidades e virtudes sociais para o âmbito do "politicamente correto" é uma fraude praticada por quem, de hábito, não lhes dá a mínima e chama fascistas os cristãos e conservadores que as pregam e praticam.
O "politicamente correto" é uma fórmula esperta de ação política. Manifesta-se como produto de sistemática construção por incessante repetição, para:
Trata-se, portanto, de algo político no sentido mais ladino e enganoso dessa ciência. E não por acaso, a tarefa de construir postulados "politicamente corretos" é pretensão exclusiva dos partidos e grupos à esquerda, rotulando como incorreta toda a divergência. O politicamente correto tem sido uma trincheira para:
Todas as reações contrárias ao Queermuseu foram carimbadas por jornalistas corregedores da opinião pública como "politicamente incorretas". Chegava a ser bisonho. Diante das portas fechadas do Santander Cultural, manifestantes nuas defendiam a sacralidade do profano enroscadas em práticas sexuais. No interior do recinto fechado pelo proprietário, o realmente respeitável (a infância em todas as suas dimensões) e o realmente sagrado (uma religião e seus símbolos) haviam sido profanados e vilipendiados. E o vilipêndio cobrava para si exibição pública!
Não é contraditório? O mesmo critério político, legislativo e jurídico que, em nome do respeito "politicamente correto", tenta inibir humor e piadas de gosto duvidoso, não se sente minimamente desconfortável - ao contrário, não raro se assanha - quando o ataque se dirige a quem recebe, através dos séculos, o amor e a adoração de bilhões de pessoas.
Mal virou a semana, novamente em Porto Alegre - cidade sob assédio, bem se vê - um monólogo exibido com patrocínio público (essas drogas não sobrevivem da bilheteria) apresenta Jesus Cristo como um travesti e "Rainha do céu". A tentativa de sustar-lhe a exibição por via judicial trombou contra o ... "politicamente correto". Entendeu o magistrado do feito que não precisa citar lei para negar a medida solicitada "porque todos somos iguais". Questão que não estava em causa. Fosse a pessoa exposta em situação aberrante alguém vivo, poderia certamente requerer a proteção de sua imagem. O magistrado é, por certo, respeitabilíssimo, mas esse tal Jesus Cristo? Quem por Ele?
A convergência dos assédios contra o cristianismo e os cristãos, contra a infância e quem busca protegê-la, fica claramente percebida quando nos lembramos das palavras de Jesus: "Deixai vir a mim as crianças, não as impeçais porque o Reino dos Céus pertence aos que se tornam semelhantes a elas" (Mt 19:14). Para muitos isso é simplesmente intolerável.
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* Percival Puggina (72), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A tomada do Brasil. integrante do grupo Pensar+.
Brenda Fernandes Aprigliano - 24/09/2017 23:20:09
Se somos todos iguais, por que o Lula ainda está solto? Outros já estão condenados e na cadeia e o chefão continua solto. Se somos todos iguais, por que eles acham que precisam de foro privilegiado? Se somos todos iguais, por que só se ensina Marx nas escolas e não se abre o debate? Se somos todos iguais, por que alguns têm direito a cotas? Se somos todos iguais, por que eles podem ser, nem diria ateus, mas defensores do uso indiscriminado da pornografia em público, e nós não podemos ser cristãos? Se somos todos iguais, por que os homossexuais não podem procurar tratamento para as suas angústias como as outra pessoas? Quanta hipocrisia, quanto banditismo!joao jose fogolin - 24/09/2017 19:54:43
o bebe com fome diante de um peito materno não distingue a cor, o credo, a posição social. Ele mama... o resto é invenção nossaPERCIVAL PUGGINA - 22/09/2017 20:56:00
Apenas para que não fique dúvida, senhor Alceu José Pinto, eu não disse na TV que "se acabar com o PT está tudo resolvido". Bem ao contrário, eu enfatizei a importância da eleição de 2018 e sugeri uma grande faxina eleitoral na Câmara e no Senado, sem explicitar, fosse para incluir, fosse para excluir, qualquer dos partidos existentes.Paulo Onofre - 22/09/2017 19:23:39
Prezado Professor Puggina. Acontece o mesmo com os maconheiros, que não querem ser chamados de maconheiros, apesar de serem maconheiros - consumidores de cannabis sativa. Aconteceu, também, com a substituição, especialmente no Rio e SP, do termo "favela" pelo termo "comunidade". Só que, como as subcondições de vida, de saneamento, e a falta da presença do Estado nas "comunidades" persistem, apesar da nova nomenclatura, em alguns anos também será politicamente incorreto chamar aqueles locais de "comunidade". E chamar alguém de "comunitário" soará tão ofensivo quanto hoje o é ser chamado de "favelado". Esse tal de "politicamente correto", no meu entendimento, é somente o antigo "me engana que eu gosto".Odilon Rocha - 22/09/2017 17:09:22
Caro Professor Qualquer hora a cidade vai se chamar Porto Triste. Não por coincidência, ao invés de POA, PT. E não é só por causa dessa revoada de urubus do topete vermelho esquizofrênicos, não! As administrações, e suas decisões, não tem sido lá grandes coisas, não. Mas, ...nada que uma calibre doze ( a caneta, Professor, a caneta!) não possa impedir urubus de assediarem a capital.Genaro Faria - 22/09/2017 03:02:56
O chamado politicamente correto é uma vigarice criada e difundida pelo movimento comunista internacional. Tornou-se um dogma da principal arma da revolução cultural: a mídia. Sua substância ativa atua de modo a imunizar, mediante o constrangimento imposto aos adversários, os prosélitos da seita marxista de sorte a que tudo o que digam não possa ter a devida resposta. Por exemplo: chamar um candidato ou um militante do PCdoB de comunista é uma escandalosa agressão ao politicamente correto. Correto seria chamá-lo de democrata progressista. Mas chamar um conservador ou um liberal de fascista é ser, impecavelmente, politicamente correto. Esse truque linguístico é que deu pernas longas ao caudal de mentiras propagadas pelos órgãos de informação das massas e propiciou à esquerda a hegemonia cultural do Brasil.Ismael de Oliveira Façanha - 22/09/2017 01:18:12
Esses malucos odeiam as igrejas cristãs, que não os aceitam.Não aceitam porque não podem aceitar o que as Escrituras condenam. Ninguém é perfeito,ou tem culpa de seus desvios da maneira natural de ser. Mas deve ser DISCRETO. Deve RESPEITAR AS CRENÇAS ALHEIAS.A maioria dos porto-alegrenses e brasileiros, é de católicos, então o prefeito, os governos estadual e federal, não podem usar o dinheiro deles próprios para financiar ataques a sua própria crença. Os católicos e cristãos somos uns bananas, porque se a coisa fosse com os islâmicos, tudo seria muito, muito diferente...alceu jose pinto - 21/09/2017 23:35:49
Caro doutor Puggina Aos meus 81 anos, vejo que todos esses Políticos investigados e Ladrões ANTES DE ELEITOS ((NÃO ERAM DESONESTOS )) Porque o Poder corrompe o homem e o homem corrompe o Poder por ser da natureza humana -> O senhor nos incentiva á votar nas próximas Eleições, como se não fosem elas, que apodrecem nosso voto, quando chegam aos ((GABINETES MILIONÁRIOS)) de nossos Políticos Eleitos -> A J U D E- N O S DOUTOR á curar esses Gabinetes dos Eleitos ((LOTADOS DE EMPRESÁRIOS)) com á chave do nosso cofre, com imunidade Parlamentar, LEGISLANDO ((((((DESONESTIDADES))))))) EM ((((CAUSA P R Ó P R I A )))))) -> e - R e e l e g e n d o - s e á vida toda. CONFIAMOS NO SENHOR DOUTOR, neste 21 set.2017 Obs. Recem o senhor disse no ar de que se ACABARMOS COM O PT está tudo resolvido ((Doutor de Deus)) As próximas Eleições vão gerar mais DESONESTOS neste 21 set.2017