• Luiz Carlos Da Cunha
  • 17/12/2008
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PONTAL – MEDIOCRIDADE TEMERRIA - Enviado ao site

“ O maior empreendimento empresarial do mundo foram as pir?des que at?oje est?produzindo lucros “ Peter Druck ( Famoso economista austr?o ) A arquitetura ?rte que se estriba em volumosos custos para sair do papel, ou da tela do computador. Das pir?des eg?ias de 4 mil anos ao del?o alucin?o da arquitetura de Dubai, onde emulam as mais sofisticadas t?icas da engenharia criativa sobre temas comerciais, alinhe-se o interregno hist?os das catedrais medievais, os pal?os renascentistas, o domus de Miguel ®gelo, ?odernidade dos museus de William Foster Pianno, a Pir?de de Cristal do Louvre, o museu de Bilbao em a?e tit?o de Frank Ghery, as pontes de Calatrava, o est?o Ninho de P?aro em Beijin - o tra?comum da inven?. Atender o objetivo imediato da ?a projetada interessa ao investimento particular, p?co, ou a ambos. Concebida pelo talento art?ico faz o empreendimento ascender, do rudimento necess?o da sustenta? comercial, ao patamar da cultura, que enseja ?bra art?ica, a qualidade respeit?l das coisas utilit?as do presente, promovidas ao g?io do porvir. Em sociedades cultas, e por isso exigentes, o primado est?co ?narred?l de qualquer realiza?, seja comercial ou religiosa. Cidade que ambiciona valorizar-se pela arquitetura, a face do urbanismo, constitui, alem do atrativo comercial, o valor cultural e tur?ico, advindos das obras de originalidade art?ica e t?ica. As obras vetustas e sempre permanentes : o Partenom de Atenas,( 450 AC), a Torre Eiffel ( 1989), o domus de Santa Sofia (1450), o Pal?o dos Doges em Veneza. A poucos privilegiados foi dado contempla-las. Seria admir?l o prefeito que, dispusesse aos porto-alegrenses conhecer atrav?de mostra , a arquitetura moderna mundial. Antes de liberar o Pontal. Trato privilegiado, de potencialidade grandiosa e conseq?e da obra ali feita, percebe-o o mais bisonho caminhante. Ao abrir os olhos sobre aquela ?a adormecida ao abandono, debru?a no espelho l?ido do estu?o impressionante. Porque n?trazer ?xposi? p?ca as obras recentes dos mais expressivos arquitetos internacionais ? Recentes se se pensar nos ?mos trinta anos da Inglaterra, Jap? Espanha, Fran?e Am?ca. A aprecia? do melhor que se faz em arquitetura, encantar? instruir? povo, t?icos, empreendedores privados e p?cos, legisladores e intelectuais citadinos. Quando propus o Plano Porto Alegre 2000, esbocei a necessidade de uma pra?c?ca para a cidade; um quadril?ro de cem por quatrocentos metros, balisado por um renque de reprodu?s escult?as dos grandes mestres mundiais. A chance de o povo se conhecer a arte sublime de Rodin pelo Pensador; Miguel Angelo pelo David; a est?a eq?re de Sforzza de Da Vinci; os grupos nus de Vigland, o noroegu? Indispens?l para conceber par?tros est?cos. Certa feita o magn?co e temido cr?co liter?o Agrippino Griecco, solicitado a opinar sobre um monumento eq?re no Rio da Janeiro, que ali se inaugurava, escorregou os olhos do alto a baixo, e disse ao autor : - ?.. mais um cavalo...Se o prefeito se satisfizer-se com um cavalo arquitet?o de concreto e empilhamento de tijolos, e no seu entender, a cidade merece...assuma . Os grandes erros de constru? numa cidade, se eternizam. Por que a demoli? ?empre de valor incalcul?l. E eterniza-se. Impinge-se aos p?ros a injusti?do fato consumado. * Arquiteto e escritor