• Estadão
  • 06/01/2009
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Pelot?de fronteira v?ser c?las de vigil?ia

T?a Monteiro, BRAS?IA O Minist?o da Defesa vai quase dobrar o n?o de pelot?de fronteira na Amaz?, mas a diretriz de instala? dos novos postos mudar?adicalmente. Ser? prioritariamente, c?las de vigil?ia militar, deixando em segundo plano a velha preocupa? com a chamada vivifica? das fronteiras - o povoamento da regi?-, o que sempre levava ao traslado de familiares dos militares para a ?as dos pelot?e ?ria? de pelo menos uma vila no entorno. Atendendo ?ecomenda? do decreto assinado pelo presidente Luiz In?o Lula da Silva em julho do ano passado, o Ex?ito vai instalar 28 novos pelot?em terras ind?nas e em ?as de conserva? da Amaz?. O projeto, batizado com o nome de Amaz? Protegida, ampliar?e 23 para 51 o n?o de pelot?de fronteira e refor??rioritariamente a Regi?Norte, ?a mais rarefeita de prote? militar. Pelo projeto, as novas unidades de defesa ser?constru?s ao longo dos pr?os nove anos, estendendo-se at?018, e com um or?ento de R$ 1 bilh? A meta ?umentar o n?o de militares do Ex?ito presentes na ?a de 25 mil para 30 mil. O projeto prev?inda a moderniza? dos quart? que j?xistem na fronteira, ao custo de R$ 140 milh? O Amaz? Protegida foi concebido j?om base na Estrat?a Nacional de Defesa, lan?a em dezembro por Lula. Nessa nova concep?, os 28 novos pelot?de fronteira servir?para monitorar e reagir imediatamente a qualquer amea? Ser?a ponta de um sistema estrat?co de defesa. Ter?menos gente e mais equipamentos. Ao contr?o do que ocorre hoje, quando com a instala? dos pelot?s?constru?s vilas residenciais para abrigar os familiares dos militares, na nova concep? filhos e mulheres n?ir?mais para a fronteira com seus maridos, permanecendo nos centros urbanos. Os soldados servir?nos postos de fronteira em sistema de rod?o. RADARES De acordo com um general, o novo pelot?constituir?ma esp?e de c?la de vigil?ia e, quando todos os postos estiverem instalados, a dist?ia entre eles ser?e 200 a 250 quil?ros. Tudo ser?oberto pelos radares de vigil?ia a?a e terrestre, que estar?conectados ao sistema de comando e controle da unidade central. O Amazonas ser? Estado que mais receber?ovos postos de fronteira, sete, seguido de Roraima, com seis. No Amazonas eles ficar?em Demini, Jurupari, Maraui?Tunu?Tra?, Puru? Bom Jesus. Em Roraima, ser?instalados em Entre Rios, Jacamim, Vila Cont? Serra do Sol, Eric?Uaiac? Os demais Estados da Amaz? receber?quatro postos, dos quais tr?em Rond? (Surpresa, Rolim de Moura e Pimenteiras do Oeste). No Amap?eles ser?constru?s em Vila Brasil, Queriniutu, Jari e Amapari. No Par?em Tiri?Curia?afuni e Trombetas. No Acre, em S?Salvador, Marechal Thaumaturgo, Jord?e Iaco. Apesar de a implanta? dos novos pelot?n?ter mais a fun? de povoar a Amaz?, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, tem dito que a regi?precisa ser ocupada e desenvolvida. Jobim disse aos parlamentares, em audi?ia p?ca no Congresso, no fim do ano, que o desenvolvimento e a prote? da Amaz? s?r?eficazes se tiverem a vertente civil, com a presen?e o envolvimento de todos os segmentos do Estado na regi? Sem isso, n?amos gastar, investir, vamos proteger a Amaz?, mas a dificuldade ?ue os il?tos ser?praticados por aqueles personagens que, por falta de op? econ?a para garantir sua sobreviv?ia, s?empurrados para a ilegalidade, avaliou Jobim, citando como exemplo os que acabam praticando o desmatamento. Afinado com a tese dos militares, ele considera que a regi?n?pode ser um jardim para deleite de europeus que destru?m suas florestas, mas um local em que os brasileiros possam se desenvolver. A Amaz? n?pode ser mantida como um parque de recreio para europeus e americanos apenas, insiste. L?o, o turismo ?mportante, mas reduzir a Amaz? a somente isso ?uito ruim. Jobim avalia que plano n?criar?onflito com ?ios Bras?a O ministro da Defesa, Nelson Jobim, n?acredita que a decis?de construir os novos pelot?de fronteira crie pol?ca com os ?ios, apesar de muitas das unidades ficarem em reservas ind?nas. Quem vai reclamar s?as ONGs (organiza?s n?governamentais). ?dio n?reclama, disse o ministro ao Estado. Vamos come? com os postos de fronteira do lado direito, chegando at?orte Pr?ipe da Beira (RO), percorrendo inclusive Tiri?que passa pela Raposa Serra do Sol, afirmou Jobim, referindo-se a uma das ?as mais pol?cas e cuja demarca? est?m discuss?no Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo o ministro, ser?ecess?o dobrar o efetivo da regi? mas, em uma primeira etapa, ele ser?mpliado de 25 mil para 30 mil homens. Al?das unidades do Ex?ito, o planejamento prev?ue essa expans?tamb?atinja os postos da Marinha e da Aeron?ica. O problema ? tamanho do investimento, que exige um cronograma de at?ove anos para a instala? dos pelot? ?necess?o criar um sistema log?ico brutal, j?ue ?reciso carregar tudo para l?lembrou Jobim. At?edra vai de avi? Ao defender a tese de que o refor?tem de ser n?apenas nas fronteiras, mas tamb?nos rios, Jobim explicou que, desde a aprova? da Lei do Abate pelo Congresso, o movimento do tr?co feito pelo ar foi reduzido e transferido para as vias fluviais, aumentando a entrada de drogas pelos chamados rios penetrantes. O Minist?o da Defesa est?por causa disso, articulando o refor?dos postos da Marinha nesses rios. No plano de prote? ?maz?, Jobim defende ainda a regulariza? fundi?a e o controle das entidades que operam na regi? N?emos uma s?e imensa de ONGs na Amaz?, sem nenhum controle. Ele admite que algumas trabalham em parceria com o Ex?ito. Mas outras a gente nem sabe o que fazem, ressaltou. A ?a medida adotada no ano passado, em nome desse controle, foi a obriga? de as ONGs obterem registro e autoriza? do Minist?o da Justi?para operar na Amaz?.