• Percival Puggina
  • 18/12/2014
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OBAMA E RAÚL ESQUECERAM O PRINCIPAL

"Ahora, llevamos adelante, pese a las dificultades, la actualización de nuestro modelo económico para construir un socialismo próspero e sostenible". Raúl Castro, em discurso ao povo cubano no dia 17 de dezembro de 2014.


 Num dia de outubro do ano de 2012 - já contei isso antes por aqui - enquanto caminhava ao longo do Malecón habanero, eu ia observando o incessante bater das ondas contra os molhes que protegem a cidade. Retornara a Havana, passados 10 anos da minha visita anterior, para conhecer as mudanças que se dizia, então, estarem ocorrendo no país. Gastara os dias anteriores perguntando às pessoas sobre essas mudanças. "Câmbios? No hay cambios!", asseguravam-me aqueles com quem falava. De fato, tudo parecia apenas dez anos mais velho, dez anos mais deteriorado, exceto pela novidade dos telefones celulares. "Mas um dia o mar vencerá o muro", eu ia pensando enquanto contemplava a baía de Havana.

 Lendo os jornais de hoje, 18 de dezembro de 2014, me pergunto: será este o momento? Será agora que Cuba tomará a decisão certa, o caminho da democracia sonhado por tantos cubanos, exauridos de sua liberdade e criatividade por um governo comunista, de feitio leninista? A frase com que abro este comentário, feito em cima dos acontecimentos, deixa margem para muitas dúvidas. O ditador Raúl Castro pretende instalar-se sobre uma contradição - "socialismo próspero". Ora, isso não existe. O que pode existir é uma ditadura com capitalismo, tipo chinesa.

 Diante disso, vê-se que Obama acaba de prestar um desserviço ao povo cubano. Se era para fazer acordo, que o acordo previsse a abertura política. Ao isolar das negociações o povo da ilha, Obama reproduz a conduta brasileira, que socorre o ditador em suas necessidades materiais ajustando o estribo para que ele possa continuar cavalgando a nação cubana. Huber Matos, um dos principais comandantes da revolução, no livro "Cómo llegó la noche", relata uma conversa que teve com Fidel, indagando-o sobre quando iriam cumprir a promessa de permitir aos trabalhadores a participação no resultado das empresas. Na resposta, o Líder Máximo afirmou que isso seria impossível porque quando o trabalhador adquire independência econômica logo vai atrás da independência política.

Se tal entendimento os manteve no poder durante 54 anos, não vejo razão para que tenham mudado de opinião. A longa experiência certifica a correção da tese. Ademais, o modelo político cubano, segundo a própria definição de Fidel Castro, é marxista-leninista, ou seja, tem total desapreço à democracia e às liberdades que normalmente a acompanham. Se a questão política interna de Cuba não faz parte da pauta negociada entre Raúl e Obama com as bênçãos de Sua Santidade o Papa Francisco, então esqueceram o principal. Cuba não é um negócio da família Castro & Castro Cia. Ltda, com a qual Obama faz acertos, mas uma nação insular onde, há mais de meio século, 11 milhões de pessoas trabalham como escravas do Estado. Um dia, contudo, o mar vencerá o muro.

* Percival Puggina (69), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de Zero Hora e de dezenas de jornais e sites no país, autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia e Pombas e Gaviões, integrante do grupo Pensar+.

 


Dirceu Guerra -   30/12/2014 22:17:49

Novamente brilhante, Percival. Decerto que em algum momento os decrépitos cairão e os cubanos terão que aprender a viver em liberdade. O caso deles é o mesmo da paródia de como se fecham porcos selvagens.

josé P.maciel -   22/12/2014 15:07:14

É interessante como a questão "CUBA" promove tantos comentários , profecias,apaixonadas opiniões,enquanto definha nas mãos dos dois irmãos tiranos e já com os pés na cova.As tres intervenções do Vaticano,duas visitas papais,a última com o Papa Francisco intemediador,teve como alvo sempre a situação humilhante do povo católico,que só às escondidas praticava.O próprio cardeal de Havana,cardeal Quiroga,recentemente referiu a transformação positiva ocorrida.Hoje qualquer religião pode ser praticada. De outra parte,esta reaproximação com os EE.UU cria situações difíceis de prever,não nos esquecendo dos imprevistos da vida e da História.Pode até ser favorável à derrocada comunista,protagonizada(como deveria ser) pelo próprio povo escravizado e cansado.Se isso ainda não o fez ,depois de 54 anos de ditadura, é motivo de questionamento.O mesmo pode ocorrer na China,talvez não tarde muito. O "sabe tudo" Veríssimo já imagina cassinos,libertinagens, turismo,tudo de volta na badalada iha paribenha.Veremos.

MARIA CRISTINA HOFMEISTER MENEGHINI -   22/12/2014 03:56:05

Parabéns ao articulista sempre preciso. Obama, que hoje se destaca como o pior presidente dos EUA, como títere esta cumprindo agenda subalterna. Aproximação com Cuba e seu ditador ainda depende da posição dos republicanos. De qualquer forma, a ilha presídio nada tem a acrescentar aos EUA, a não ser a miséria dos escravos habitantes daquela nesga de terra. Acho que esta "aproximação" é só marketing.

Lúcio Flávio Lopes -   21/12/2014 10:26:17

Arrisco um palpite: Obama quer colocar em prática os planos de um determinado "Grupo". Talvez até angariar futuros votos cubanos... O Obama é a versão americana do Lula. Tomará que não surja uma versão americana da Dilma. Se surgir, o bicho vai pegar... Temos que acabar com a farra comunista em quanto há tempo. Lúcio Flávio Lopes

Regina Caldas -   20/12/2014 23:11:41

É provável que os Estados Unidos estejam preocupados com o interesse da China e da Rússia no Porto de Mariel. Abaixo transcrevo o comentário do Américasalert, muito bom por sinal. OBAMA-FRANCISCO: ¿RESCATE DEL PUEBLO CUBANO O DE SU DICTADURA? --- La pregunta que se pone es si esa mediación papal, y esa pipa de la paz que podrá ser fumada entre Obama y los hermanos Castro, sui generis mezcla de incienso vaticano con tabaco castrista, servirán para el rescate del pueblo cubano, o de su dictadura comunista --- 1. El miércoles 17 de diciembre de 2014, medios de comunicación del mundo entero anunciaron que como fruto de una mediación del pontífice Francisco, el gobierno de Estados Unidos y el régimen cubano anunciaron simultáneamente el restablecimiento de relaciones diplomáticas y el inicio de negociaciones para restablecer las relaciones comerciales. El presidente Obama y el dictador Raúl Castro hicieron los respectivos anuncios simultáneamente. 2. Recordar algunos antecedentes, aún cuando presentados de manera esquemática y simplificada, pueden ayudar a entender cómo se llegó a la actual coyuntura. 3. La continuidad de la dictadura castrista, que oprime al pueblo cubano desde hace 56 años, es una pesadilla que no termina. Cuando en 1989 cayó el muro de Berlín y, poco después se derrumbó la Cortina de Hierro, los días de la dictadura castrista parecían contados, porque era la Unión Soviética la que financiaba al régimen comunista de La Habana. Pero el gobierno venezolano, primero con Hugo Chávez y después con Maduro, consiguió sustituir el financiamiento soviético. La dictadura castrista consiguió nuevamente sobrevivir y el pueblo cubano continuó esclavizado. 4. No obstante, Venezuela, con la crisis del petróleo y con la crisis política, entró en un proceso de desintegración. Con el precio del petróleo cayendo en picada, el propio régimen venezolano ya no tiene condiciones de sustentarse a sí mismo y, menos aún, a la dictadura castrista. El régimen comunista de la isla nuevamente quedaron en una situación sin salida. O algún gobierno de envergadura financiera pasaba a sustituir a Venezuela, o la dictadura tendría sus días contados. 5. Es en ese contexto, que surge una nueva posibilidad de rescate del régimen comunista, que vendría desde el lugar más vilipendiado por los castristas: el propio “imperio” estadounidense. El restablecimiento de relaciones diplomáticas y comerciales entre Washington y La Habana podrá significar ríos de dinero “imperialista” que el régimen sin duda usará y manipulará para continuar oprimiendo al pueblo cubano. 6. Ahora, se podrá alegar que se cuenta con la “bendición” del propio Francisco para ese acercamiento. Estados Unidos se encargaría de financiar al régimen con apoyo del Vaticano. Al sustento económico se sumaría el sustento “moral”, un tipo de respaldo que la Teología de la Liberación siempre dio a los carceleros de la isla-presidio. 7. Es del caso recordar que los viajes a Cuba de dos pontífices anteriores, Juan Pablo II y Benedicto XVI, sirvieron de una u otra manera para consolidar al régimen cubano, independientemente de las intenciones de tan altos protagonistas. El llamado de Juan Pablo II para “que Cuba se abra al mundo, y que el mundo se abra a Cuba”, se cumplió por la mitad, y aún así de manera sesgada. En efecto, el mundo se abrió al régimen cubano, pero dio las espaldas al pueblo cubano. Un trágico efecto de lo anterior es la continuidad de la dictadura castrista hasta los días de hoy. La Asamblea de las Naciones Unidas, a cada año, condena casi por unanimidad el denominado “embargo” estadounidense al régimen castrista. La ONU condena un efecto, el “embargo” estadounidense, pero no dice una palabra sobre la propia causa del problema, que es el “embargo” de la dictadura comunista desde hace 56 años contra su propio pueblo esclavizado. El viaje de Benedicto XVI a Cuba tampoco trajo los esperados frutos de libertad. “Plazas llenas, cárceles llenas”, sintetizó en su Twitter la periodista opositora Yoani Sánchez, en la ocasión. 8. Ahora entra en escena la mediación diplomática de Francisco. La pregunta que se pone es si esa mediación papal, y esa pipa de la paz que comienza a ser fumada entre Obama y los hermanos Castro, sui generis mezcla de incienso vaticano con tabaco castrista, servirán para el rescate del pueblo cubano o, una vez más, de su dictadura comunista. 9. Aviso importante: estos Apuntes de Destaque Internacional son breves comentarios interactivos y esquemáticos, de carácter oficioso, que no necesariamente representan la opinión de todos los miembros de su consejo de redacción. Esos comentarios se destinan a llamar la atención sobre temas "políticamente incorrectos" y que suelen quedar al margen, a pesar de que son vitales para la sociedad. Nuestra finalidad es la de estimular debates y remover anestesias. Son bienvenidas sugerencias, opiniones y críticas, además de solicitudes de remoción de la lista, a través del e-maildestaque2016@gmail.com Apuntes y editoriales anteriores pueden leerse en el sitio web www.cubdest.org __._,_.___

Juan I. Koffler A. -   20/12/2014 14:43:04

Caro Percival: Seu artigo, como de costume, irretocável. Vejo que você também já esteve em Cuba. Eu estive lá em três ocasiões: a primeira, num congresso de sociologia; a segunda, "disfarçado" (durante a contrarrevolução de 64) e a terceira (mais recente) assessorando uma multinacional brasileira em contratos internacionais (no caso, com Cuba). Em nenhuma das três oportunidades, consegui vislumbrar qualquer possibilidade (por mais remota que pudesse ser) de democratização daquela paradisíaca ilha caribenha. Em realidade, para mim Cuba é uma propriedade da família Castro, transmitida por herança genética e sem certidão passada em cartório. Nada do que existe lá é efetivamente verdadeiro. Tudo o que lhe permitem observar é manipulado, estritamente controlado pelas mentes doentias dos Castro e asseclas. Assim, meu caro Percival, não vejo futuro para Cuba, salvo que haja uma nova (e sangrenta) revolução, ceifando de vez e para sempre o cordão umbilical que os liga ao comunismo há mais de cinco décadas.

Roberto -   20/12/2014 14:29:18

Como de hábito, excelente arrazoado, senhor Percival. Barack Obama é excessivamente liberal — pelo que os norte-americanos entendem como liberalismo, evidentemente —, e suas atitudes primam por aquele romantismo deslocado, típico dos "pensadores" que gostam de exercitar seus dotes intelectuais à custa do sofrimento alheio. Ouvi até dizer, num dos telejornais de São Paulo, que com isso ele fez por merecer aquele incrível Nobel da Paz antecipado! Será mesmo? Esse aval da "potência imperialista" não condena o povo cubano ao presente estado de coisas? Quase um século de experiência já não foram o bastante para que se possa saber o que esperar do socialismo? Não é uma estupidez recusar-se a aprender com a experiência alheia? O Papa Francisco fez bem em imiscuir-se nessa esparrela? Ele tem consciência do tipo de gente envolvida nesse imbróglio? Seja como for, feliz Natal para o senhor e seus familiares; que o ano de 2015 veja desanuviar-se um pouco as cinzentas perspectivas que nós, os "da direita", realistas que somos, não podemos olvidar. Um forte abraço e muito sucesso em todos os seus empreendimentos.

Renato Linhares -   20/12/2014 13:39:28

O que se passa? Algo maior, maior... tão grande que não percebemos estando tão perto. Tando a visão da direita quanto a da esquerda estão tentando interpretar os atuais acontecimentos. A direita agora chama Obama de Socialista. Será que é? Manobra, nunca esta palavra me fez tanto sentido quando une-a ao termo Crise. Isso mesmo, uma crise que não terminou, no centro do capitalismo, está levando os líderes das principais economias a buscarem Manobras. Tudo isso mostrando o quanto ainda, enquanto espécie humana, somos dependentes do Petróleo. Essa gosma preta que brota da Mãe Terra e nós, os filhos ingratos, estamos cuspindo de volta como sangue. Sangue humano e sangue da terra que a cada dia sofre mais. Já diz o ditado: "uma mãe é pra cem filhos, mas cem filhos não são pra uma mãe." EUA com seus problemas financeiros, Europa em crise. Rússia sofrendo sanções da União Europeia, o preço do petróleo caindo, deixando os russos em apuros. O Brasil, junto a Índia, China e Rússia, ambos dependentes do petróleo e da economia mundial criam o BRICS. E o FMI, como fica? Opa... Coisa nova? Ucránia, Síria, etc. Tanta coisa que nos deixam cegos.

Carlo Germani -   20/12/2014 13:25:03

Obama foi planejado,produzido e "eleito" na estufa da Oligarquia Financeira Mundial ("os senhores donos do mundo"). Obama,"está" presidente dos EUA a serviço da insana e satânica Nova (Des)Ordem Mundial (governo único ditatorial e totalitário mundial). Obama ao se aliar aos psicopatas comunistas Fidel e Raul,está presenteando a América Latina com um "cavalo de Troia". Com a abertura e ascensão econômica em Cuba (mas o que tem Cuba para trocar?) o Foro de S.Paulo (comunização do Brasil e de toda a América Latina) terá um reforço na sua estrutura jamais visto. A única alternativa para Cuba é a morte de Fidel e Raul, extinção do partido comunista cubano e a guinada radical para o Estado democrático e de direito,forte economia liberal e o padrão conservador como base governamental (sem agenda nenhuma esquerdista-progressista (que de progressista não tem nada.Um retrocesso total,na verdade). Diferente disso é pura conversa fiada.E a favor dos comunistas de plantão.

marco antônio de carvalho rezende -   19/12/2014 14:32:15

Quem libertou os americanos dos ingleses? Foram os próprios americanos que travaram uma guerra contra a metrópole, tudo começou com indignação contra impostos e culminou com a independência americana. Quem vai libertar chineses da opressão do governo? Os próprio chineses. Quem vai libertar cubanos contra opressão do governo? Os próprios cubanos. A liberdade é algo caro, deve-se pagar o preço de sangue para tê-la, e com isso realmente valorizar seu valor. Os Estados Unidos não pode fazer nada para fomentar a liberdade em outros países, a verdade é que os próprios americanos possuem problemas internos e externos complicados que exigem a acção direta e irrestrita, vide ataques terroristas, crise da Ucrânia, déficit público...Os países da América Latina devem começar a resolver seus problemas sozinhos, a população destes países devem crescer e começar a resolver seus problemas sem a atuação de agentes externos, se não há sempre seremos eternos adolescentes que dependem do irmão mais velho (Estados Unidos) para resolver tudo ou da mãe (Europa) para esconder os problemas. Devemos esquecer fórmulas mágicas e começar a encarar a vida com seriedade e responsabilidade.

J. Falavigna F. -   19/12/2014 11:28:08

Não prosperará tal "acordo" entre o presidente socialista do Norte e o comunista cubano. Obama apressa-se para lançar essa ideia jocosa ao mundo e à latino-américa como sendo a última cartada de grande efeito político do seu mandato, ante a previsível derrocada do regime totalitarista da Ilha dos Sonhos delles e da Venezuela bolivariana, em queda vertiginosa. O governo do tiranete Maduro não produz mais petróleo suficiente para abastecer a pátria do "pajarito azul", muito menos para continuar sustentando a ditadura de Castro & Castro SRL. A Rússia abandonou economicamente o apoio a Cuba e ao Maduro. Sua economia beira o caos. A moeda russa, o rublo, enfrenta desvalorização medonha. O preço internacional do barril de petróleo a US$ 60,00 joga por terra qualquer intenção de ajuda externa. O Brasil, do PT, financiador - a fundo perdido - dos países socialistas (?) da América do Sul, do Caribe e da África quebrou a Petrobrás, a principal fonte de abastecimento. Processos judiciais, aqui e nos EUA, contra os dirigentes da Petrobras e integrantes do seu Conselho, sinalizam que outros "recursos assistenciais" a esses países deverão cair pela manobra. A tudo isso, Raulzito está atento . Agindo com esperteza, e rápido no gatilho - sua habilidade ímpar -, socorre-se ao socialista do Norte, antevendo que o mar está prestes a invadir Malécon e destruir o muro. Será o último suspiro da ditadura castrista? Acredito que sim, posto que o ardil proposto por Raul foi lançado ao povo norte-americano pelo já descartável Obama, que não terá mais a maioria nas duas Casas do Legislativo, a partir de 1º de janeiro. A oposição é total ao "acordo" de compadres, sem que o regime político em cuba se altera para uma Democracia de direito e de fato. Raul fará tudo para não perder a Venezuela, ponta de lança para a infiltração do vírus comunista na latino-américa, sob a égide do Foro de São Paulo. Visualizo, ainda, como a derradeira "obra" do presidente norte-americano (9) engajado no socialismo.

Alexandro Dumke Maciel -   19/12/2014 03:29:42

Teria obama criado uma rede de distribuição de charutos?Tendo em vista que o comercio dos charutos cubanos é proibido no mercado americano a mais de cinquenta anos e essa abertura geraria uma movimentação gigantesca deste. Seria um rentável negocio.

Odilon Rocha -   18/12/2014 21:15:31

Prezado professor Puggina É ficar atento e deixar que os acontecimentos falem por si. Muita coisa ainda vai rolar. E creio não ser tão fácil assim esse tom eufórico de transformação num paraíso. Já pensaste, uma multidão de cubanos - que deixaram para trás seus negócios, família, propriedade, bens, etc. - possivelmente retornando para a ilha e exigindo uma enormidade de direitos que lhes foram arrancados? Um caos! O "bolsa ditadura" deles; nesse caso, legítimo. Sabemos muito bem que os EUA não estão isentos do ‘esquerdismo – nova ordem mundial’. E o governo Obama é uma prova disso. Obviamente as coisas se passam bem diferentes por lá, onde, ainda, o mercado e as leis mandam. Haverá também aí uma certa tentativa de empanar ou esvaziar a imagem comunista perversa que a ilha deixou? Ou são só razões econômicas? Abraço

Paulo -   18/12/2014 18:43:06

Desde o pós-guerra fria entre EUA x URSS até os dias atuais, o mundo teve a chance de experimentar qual é a doutrina que mais atende aos interesses da humanidade e do cidadão em geral, e de longe a democracia se revelou o melhor dos regimes políticos. Há mais de 50 anos os Castro priorizaram a idelogia marxista e Cuba hoje é um retrato acabado de como funciona o comunismo. Se Fidel tivesse optado pelo respeito ao ser humano e adotado a democracia como regime, talvez Cuba fosse um país semelhante à próspera Coreia do Sul hoje, com a ajuda dos EUA logo ao lado. As duas unicas exigencia dos yankees para restabelecerem relaçoes com Cuba sempre foi e continua sendo o respeito as liberdades individuais com o fim da repressao aliada ao fim da ameaça nuclear imediata comtra o terrotorio americano, como ocorreu em 1961 com a crise dos misseis e a imediata desativacao dos silos que abrigariam misseis nucleares sovieticos apontados para os EUA. De resto a pobreza que Cuba vive hoje após há 54 anos, foi uma escolha deliberada do Fidel não dos EUA. Que as viuvas de Stalin brasileiras se mudem para o paraíso caribenho vermelho se nao estao satusfeitas com a democracia.

Ismael de Oliveira Façanha -   18/12/2014 17:55:29

Obama está negociando com Cuba, como Dilma negociou o MAIS MÉDICOS: toma lá, dá cá, que negócios são negócios; questões outras como direitos humanos, os verdadeiros, à liberdade, nem falar, pois o "deal" será com o curral castrista, não com o povo cubano. Diante dos dois figurantes dessa "aproximação" Cuba/EEUU, invoco as memórias de Kenedy, Reagan e São João Paulo II; estamos realmente uma era de decadência, de escatologia, com rápida e profunda deterioração dos padrões normais de boa conduta humana, atingindo as mais vetustas instituições, inclusive.

Jotabe -   18/12/2014 17:14:07

É muito sintomático que OBAMA reate relações com Havana. sem fazer a mínima exigência quando a direitos humanos. Ajuda por ajuda, o Brasil a faz através do BNDES. Pode ser que os EUA fundarão com a ajuda de Lula o Foro de Washington ou de New York., aí então passarão a fazer parte da Grande Pátria. Resta saber agora como os países socialistas da AL que demonizavam tanto os Estados Unidos se tornarão norte-americanos desde criancinhas. Talvez, se o bloqueio tivesse sido rompido há décadas, o comunismo não teria adquirido tanta força no hemisfério sul, após a queda da URSS.