O QUE PRETENDEM AS FARC COM AS LIBERTA?ES UNILATERAIS?
Correu um mar de saliva e de tinta em todos os meios de comunica? em torno da liberta? unilateral de seis seq?rados em poder das Farc. ?o que tem acontecido no sangrento conflito colombiano, gerado pelo terrorismo comunista. Pululam os estrategistas de escrit? e os analistas que pontificam sobre o divino e o humano, sem ir ao centro do assunto, e sem determinar com exatid?qual ? verdadeiro objetivo visado pelos terroristas.
Outros libertados enfatizaram a urg?ia de um acordo humanit?o. Desta vez, esses 3 policiais e o militar, uniformizados, falando diante de Uribe, n?tiveram medo e fizeram duras cr?cas ?Farc chamando-as de terroristas. Veremos o que dir?os dois pol?cos que em breve ser?libertados.
Desde os tempos da pol?ca de concess?do ex-presidente Pastrana diante das Farc, comentaristas moderados tem insistido que Alfonso Cano ? cabe?vis?l da ala mole, enquanto Jojoy e outros bandidos encarnam a linha dura. Esta afirma? ?alsa. Alfonso Cano ? cabe?vis?l da chamada segunda gera? fariana, integrada por quadros com s?a forma? pol?co-terrorista no seio do Partido Comunista, enviados pelos “camaradas” da cidade para educar as bases combatentes e manter intactos os lineamentos marxistas-leninistas dentro das diversas estruturas armadas e log?icas da organiza? terrorista.
Deste grupo fazem parte Pablo Catatumbo, Pastor Alape, Pacho e Beatriz (os dois filhos de Jacobo), Iv?M?uez, Alberto Rubio, Marcos Calarc?Olga Mar? Iv?R?, Tomas Lince, Carlos Lozada, Jer?o, Byron etc.; cuja principal caracter?ica ? convencimento ortodoxo de que as FARC chegar?ao poder mediante a combina? de todas as formas de luta, estimulada pela a? terrorista, com base naquilo que ?ara eles inalter?l, o Plano Estrat?co, sobre o qual tanto insistia Tirofijo.
E at?oje n?h?enhum ind?o ou sinal claro que demonstre que as Farc, em m? da fan?ca gera? de Cano, tenham mudado de objetivos ou deixado de pensar assim. A ?a coisa que t?feito a esse respeito, depois das mortes de Reyes, R? e Tirofijo, ?xplorar outras op?s, mas sem deixar de ser fi? ?inha ortodoxa imposta pelos princ?os extremistas do Partido Comunista.
Taticamente, todos os terroristas j?eferidos mudaram a concep? de luta, de guerrilha camponesa escondida nas montanhas e selvas, para entrar no narcoterrorismo e na guerra aberta, com blocos de frentes [1] e grupos de for? especiais chamadas companhias m?s, treinadas por delinq?es estrangeiros. Atuam a par com o fortalecimento do Movimento Bolivariano e do Partido Comunista Colombiano Clandestino[2], no qual militam ocultamente v?os dos que se autodenominam intelectuais amigos da Col?a.
Estrategicamente, n?houve mudan? substancias frente aos projetos hist?os do Partido Comunista Colombiano e seu bra?armado. Houve uma mudan?de meios. Dado o desprest?o dos governos da Venezuela e Equador nessa quest? com habilidade recorreram ?umplicidade do governo de Lula da Silva no Brasil e ?alculada loquacidade de Piedad C?ba. De Lula, para que os legitime na ordem internacional; e de Piedad, para que se converta em candidata presidencial que permita fazer a transi? para o socialismo do s?lo XXI impulsionada pelo “meu comandante Ch?z”.
N??erto que estas liberta?s tenham surgido de uma troca de correspond?ia espont?a entre as Farc e os que se autodenominam amigos da Col?a. Fazem parte de um arranjo urdido pelos “camaradas” legais e clandestinos, em aras de ressuscitar o cad?r pol?co das Farc.
E em meio a esse estratagema se encontram alguns “inocentes ?s”, que ca?m na armadilha de participar das trocas de correspond?ia com os membros das Farc, e que sempre negaram ter nexos conspirativos com os terroristas. A trama ?erfeita: eles n?ap? as Farc, apenas defendem um acordo humanit?o e a busca da negocia? pol?ca. Nada de novo debaixo do sol. ?o velho que retorna. A repeti? da repetidora, sem que na apar?ia, nem a academia nem os meios de comunica? tenham notado que os ardis s?os mesmos de sempre.
Esse estratagema explica o show e a manipula? feita por Piedad C?ba no processo de liberta?, que chegou at? extremo de jogar com a compreens?l ansiedade dos familiares das v?mas em conhecer os nomes dos poss?is uniformizados [policiais e militares] libertados, assim como o acompanhamento do jornalista Botero (admirador confesso das Farc) e de outros personagens, que n?desperdi? ocasi?de exaltar a luta revolucion?a e insurgente das Farc.
Todos esses elementos servem para demonstrar que com a medi?ca liberta? dos seis seq?rados, as Farc pretendem colocar o eleitorado em d?a frente ?ventual reelei? de seu arquiinimigo lvaro Uribe V?z; e que buscam cen?os mais de di?go do que de verdadeira negocia?, com interesses pol?cos e busca de reconhecimento internacional que lhes retire o r?o de terroristas.
Tentam recompor a estrat?a armada, restabelecer a doutrina? dos guerrilheiros e voltar a jogar com o tempo, enquanto seus c?ices em Caracas, Man?a e Quito se recuperam do golpe pol?co que lhes produziu a abertura dos computadores de Ra?eyes.
Isto tamb?explica por que libertam os pol?cos Alan Jara e Sigifredo L?, enquanto conservam em cativeiro todos os oficiais e suboficiais da For?P?ca que est?em seu poder, com o fim de atrair a m?a internacional e, com o eco multiplicador dos “camaradas” do PCCC infiltrados nos Amigos da Col?a, reviver a id? de troca de prisioneiros, mas com status pol?co e sem o r?o de terroristas.
Para esse efeito contam com a bobeira de Sarkozy, a ambi? eleitoreira de Ingrid Betancur e do P?Alternativo, a imbecilidade de Eladio P?z que lhes deve o favor de o terem libertado para que promova o show chavista; a loquacidade calculada de Piedad C?ba; a difus?midi?ca do jornalista Jorge Botero; a moral dupla de Carlos Lozano; a estupidez verbal do professor Moncayo, o qual, como a mam?de Ingrid, em vez de incriminar as Farc, fustiga o governo colombiano; e o af?ublicit?o dos meios de comunica? e dos jornalistas ansiosos de ganhar os pr?os e os galard?do seu setor de atividade.
No atual cen?o de guerra e paz na Col?a, o Estado tem a iniciativa estrat?ca e a vantagem t?ca, mas n?pode ceder. Nem pode repetir o que fez a administra? de L? Michelsen, logo ap? hist?a Opera? Anor?ontra o primeiro Ex?ito de Liberta? Nacional (ELN), quando o Ex?ito colombiano aniquilou todas as quadrilhas de bandoleiros lideradas pelos irm? V?uez Casta?Nessa ocasi? gra? a um acordo engambelado e politiqueiro urdido por Alfonso L?, seu ministro sem pasta e demagogo de Cartagena, o ELN reviveu, depois de estar ?eira da extin?.
No xadrez do conflito, as Farc acabam de realizar uma jogada audaciosa. O governo nacional est?brigado a jogar suas fichas no mesmo tabuleiro. Do contr?o, poderia se repetir o vergonhoso epis? de Cagu?e a conseq?e continua? de combates e a?s terroristas sem fim, com uma guerrilha que se tornou cr?a, com chefes fi? ?inha ortodoxa comunista, convencidos de que o socialismo est?m vias de implanta?, em particular pelo est?lo que recebem de Daniel Ortega, Hugo Ch?z, Evo Morales, Rafael Correa e de determinados setores do PT de Lula da Silva.
Extra? do site www.sacralidade.com
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NOTAS DO TRADUTOR:
[1] As Farcs atuam formando blocos; por exemplo, o bloco Jos?aria C?ba que re?as frentes 34, 36, 36 e 58, atua nos departamentos de Antioquia e Choc?
[2] O PCCC ?m partido comunista ilegal na Col?a, politicamente ligado ?Farc, que fundou o partido em 2000, e liderado pelo guerrilheiro Guillermo Le??z, tamb?conhecido como “Alfonso Cano”.
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* Publica? original em castelhano:
http://www.eltiempo.com/