Certamente o leitor destas linhas assistiu e leu alguma coisa do que a extrema imprensa, sindicalistas da Educação e políticos oposicionistas disseram sobre a manifestação do ministro Ricardo Vélez incentivando o orgulho e o respeito aos símbolos da pátria nas escolas do país.
Ao longo de décadas, junto com um impressionante desprezo ao discernimento alheio, essas pessoas cultivaram em si mesmas uma enorme autoestima que vinha de sua inequívoca capacidade de influência nas salas de aula, na mídia formal, na vida sindical, no ambiente cultural. Sentiam-se como espertos cercados de idiotas. Foi exatamente nesse estado de espírito que passaram a lidar com a importante manifestação do ministro como se fosse ato criminoso.
Se você que lê este artigo tiver mais de 50 anos, compare seu amor ao Brasil, sua conduta como cidadão, com o que lhe dizem e revelam os jovens que convivem com você. Observe seus filhos e seus netos. Ouça o que, sobre isso, lhe contam os amigos. Aí você terá o quadro completo do estrago produzido por uma conveniência política e uma pedagogia que condena as intenções e manifestações do ministro Ricardo Vélez. Para tais educadores, sindicalistas e jornalistas, cantar o hino nacional, prestar reverência à bandeira é crime hediondo, loucura sectária, atraso no tempo.
É bom que saibam, porém: aquele Brasil marginal, descivilizado, caótico, mal amado, desconhecido de seus filhos, dividido entre oprimidos e opressores, devedores e credores, ignorante sobre sua própria identidade, com complexo de inferioridade, vai se reencontrar consigo mesmo. A casa caiu para os defensores de bandidos, para os estados paralelos, para os fazedores de cabeça, para o Foro de São Paulo, para o fã clube do chavismo, para os que vicejam na desgraça e precisam dos miseráveis em sua dependente miséria.
Passaram mais de uma década trocando os pés pelas mãos. Nos últimos quatro anos, perderam os anéis, a credibilidade, os votos e as lideranças. Estão visivelmente desnorteados com isso. Não havendo fatos, precisam de factoides.
No caso do e-mail enviado pelo MEC às escolas, uma falha de revisão foi denunciada como ato de má fé. Em lugar do novo lema – “Brasil, pátria amada” – apareceu a frase da recente campanha eleitoral. Pronto! Era o tempero que faltava para que a usina de factoides produzisse as matérias que produziu e os irados discursos ouvidos no Congresso Nacional. Tentaram apresentar como se ordem fosse, o que era mera sugestão. Como de hábito, aferraram-se ao acessório, deixando de lado a importância de retomarmos o amor ao Brasil, o respeito a seus símbolos e o orgulho de sermos brasileiros.
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* Percival Puggina (74), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+.
** Atuaizado às 16h55min do dia 26/02/2019.
Dalton C. Rocha - 28/02/2019 15:30:58
Comentários a um artigo, sobre educação e, publicado na Folha de São Paulo de 27/11/18: “Afinal, o modelo vigente é tão "extraordinário" que faz com que o Brasil lidere - de trás pra frente - os rankings de avaliação do ensino no mundo, que tenhamos altos índices de abandono escolar e de jovens em séries desproporcionais a sua idade. Uma mudança radical neste curso idiotizante precisa ser implantada. As esquerdas fazem pose de bonzinhos e de vítimas, mas a radicalização vinha se agravando, parindo o famigerado kit gay e enfurecendo pais, pastores, padres e outros educadores. A cada reação ocorre reação em sentido contrário, e assim, a origem dessa radicalização de Direita, que se generaliza, é a própria ação cultural da esquerda há muitos anos, que não faz autocrítica e culpa sempre os outros. A esquerda tentando relativizar seus crimes. Não existe diálogo em muitos ambientes escolares, mas doutrinação simples. Como resultado temos a disparada de gravidez precoce (20% de partos de adolescentes) no Brasil, acompanhando de modo extremamente paralelo a ascensão do marxismo cultural no País e suas pregações em sala de aula, de sexualização precoce, banalização do ato sexual e glamorização do uso de drogas. Isso são fatos reais e comprováveis e não serão acobertados com blá-blá-blá. Como a Sra afirma que existe diálogo nas nossas escolas? Eu as conheço e afirmo que não. Ademais, a disparada de gravidez precoce acompanha de modo extremamente paralelo a ascensão do marxismo cultural no Brasil e suas pregações, em sala de aula, de sexualização precoce, banalização do ato sexual e glamorização do uso de drogas. Você está invertendo fatos reais e comprováveis. De um lado, País e parlamentares tentando impedir doutrinadores esquerdistas ensinar o que aprenderam sob a cartilha comunista. De outro, parlamentares e doutrinadores querendo conservar os alunos com suas presas. Com relação ao colégio Dom Pedro II, numa exposição esquerdista, país foram coagidos por militantes terroristas. Vá no YouTube e vejam as imagens. Não é escola sem partido. É escola sem doutrina esquerdista. Ser representada por instituições como estas explica a decadência da educação brasileira. Sindicatos e fanáticos ideológicos tentando barrar a limpeza da sujeira deixada pelo PT e sua gangue. Eu sou a favor da escola sem partido, sem pregações religiosas ou qualquer outro meio que, infelizmente, alguns pseudo- educadores tentam impor aos nossos filhos adolescentes. A tarefa educacional, quer ideológica, religiosa ou outras similares, incumbe à família. Como pai de adolescentes que já foram vítimas de predadores marxistas em sala de aula, exijo o meu direito de saber exatamente tudo, on line, o que acontece realmente com minhas filhas quando na responsabilidade de terceiros, inclusive do Estado. Qualquer intenção de me privar disso é crime óbvio, clara demonstração de má fé e indício de ilegalidade e imoralidade por parte de aproveitadores de seres humanos emocionalmente frágeis. Se você quiser checar o quanto esta reportagem é mentirosa e tem o objetivo de te desinformar (e se não tiver sido doutrinado pelo marxismo) poderá facilmente confirmar a verdade que acontece nas escolas brasileiras apenas conversando com alunos ou assistindo uma dessas gravações "criminosas"; tentam tão somente criminalizar a prova de sua sordidez, da mesma forma que tentaram criminalizar Sergio Moro e o MP do Paraná. Sr Guilherme, não se comporte como um ignóbil. É óbvio e ululante que me refiro a ambiente profissional e não íntimo, onde seres humanos frágeis e com personalidade em formação estão sob tutela de adultos que podem ser, definidos por estatística simples, psicopatas, abusadores, etc. Todos os pais tem o direito absoluto de saber exatamente o que os tutores e o Estado estão fazendo com seus filhos, isso é viver numa sociedade com o mínimo de liberdade. Marxistas acham que não. Nesta reportagem vemos os agressores marxistas usando a mesma tática que em salas de aula, de vitimização e agressão moral, invertendo os fatos e se fingindo de agredidos. Se na sala de aula adultos predadores marxistas disfarçados de professores humilham estudantes liberais, postos como egoístas perante a turma, na reportagem os agressores tentam passar a ideia de que o Escola sem partido quer censurar ao invés de querer proteger crianças e adolescentes de uma doutrinação covarde. O Guilherme mente loucamente. Minha fé não é religiosa, é liberal, acredito na liberdade do indivíduo como pré requisito da existência humana digna, e a descrição que ele cita do que ocorre nas escolas é falsa e pode ser facilmente desmentida com averiguação simples.” > https://comentarios1.folha.uol.com.br/comentarios/6091841?skin=folhaonline e outro site. Várias correções ortográficas feitas, por mim.Jennifer Barg - 27/02/2019 20:08:51
Eu tenho 42 anos e cantava o hino nacional semanalmente na escola estadual que estudava quando criança. O que torna um cidadão patriota, posso garantir, não é cantar o hino nacional. Para termos orgulho da nossa pátria, é preciso apreciar as cidades sem ter medo de caminhar, é ter garantia de segurança pública, é ter poder de escolha de transporte coletivo, é ter um país com instituições sólidas, os 3 poderes independentes, segurança jurídica, pib de respeito, renda per capita decente, é ter dignidade. Um país tão bonito como o Brasil onde o turismo é legitimamente afetado pela falta de segurança e infra estrutura, um país sem grandes desastres naturais, um país sem projetos...como se ter orgulho? Cantar o hino nacional não me torna orgulhosa do país em que vivo. Eu quero mais. Eu quero que o Ministro da Educação traga as mudanças pelas quais eu votei e não venha com demagogias e medidas medíocres. E sabemos muito bem que a repercussão midíatica foi em prol de querer filmar crianças cantando o hino, ferindo o Estatuto da Criança e Adolescente. Não me venham comparar essa ação com ações passadas da arte da esquerda pois isto é querer "nivelar" por baixo. Queremos mudanças profundas, sabe-se que elas precisam ser feitas, enquanto houver um séquito de pessoas cegas que aceitam qualquer migalha sem um mínimo de crítica, os governantes continuarão a fazer esse tipo de ação inapropriada, amadora. Um administrador público precisa saber que não pode divulgar slogan de campanha, ainda mais citando Deus. Estamos num país laico. Parem de apoiar idiotices. Boa tarde.Ulrich - 27/02/2019 16:45:24
Puggina nota 100! Tenho mais de 70 e como voce sinto falta de gente honesta e patriota, nao de analfabetos idiotas, que so pensam em se aproveitar das ruquezas do Brasil e conseguiram deixar o pais quase no buraco. Um pais onde o presidente leva a amante para viajar no mundo com o aviao do governo nao pode chegar a nenhum lugar, so na quebradeira economica, etica e moral.Maria R S Farjallat - 27/02/2019 16:33:04
Parabéns ! É sempre bom ler alguém que nos dá voz. Nós, eleitores do Bolsonaro, queremos isto mesmo: patriotismo, civilidade e justiça ! Por favor, não pare nunca de ser nosso porta voz ! Grata !Janete - 27/02/2019 13:41:12
Excelente!!! E olha... que não tenho 50 anos...vou compartilhar na minha rede social, posso??? Avante Brasil! Pátria amada Brasil!!!Gilberto Leocádio de Souza - 27/02/2019 13:07:17
Tem que enviar esse texto para aquele pseudo economista e comentarista político Sens da Tv Cultura. Oh sujeitinho sem noção.Regina Cruz e Creuz - 27/02/2019 05:47:35
Como me entristece toda essa celeuma. Quando estudante, desde pequena, cantava nosso hino, e outros pátrios, com muito orgulho. Quando fiz a Escola Normal, tínhamos, na grade curricular, 2 disciplinas: Canto Orfeônico (que fora muito incentivado por Villa Lobos) e Música para nos preparar na docência. Interessante ler https://caetanistas78.blogspot.com/2012/02/maestros-e-canto-orfeonico-na-escola.html?showComment=1551245035540#c739844349953568023Saul - 27/02/2019 00:09:22
Parabéns Puggina, tenho mais de 50 anos, o que você escreveu é pura verdade. Um abraço.Cláudia Magalhães - 26/02/2019 23:52:15
Ok, Puggina, mas vamos parar de bater na tecla de que as pessoas não gostaram da execução do hino, porque não foi. Ninguém criticou isso. O problema é que a "sugestão" descumpria, ao menos, DUAS leis. O próprio ministro, ao ser chamado ao Senado, reconheceu isso. 1. Filmar crianças na escola requer PERMISSÃO DOS PAIS. 2. Ler slogan de campanha é ler conteúdo político-partidário em evento dentro de estabelecimento escolar, o que fere o princípio de neutralidade do ministério. Esses são os problemas, porque lei é para ser cumprida por PT, PSL ou qualquer outro partido, certo? Escola sem partido é escola sem QUALQUER partido. É muito simples... Cantar o hino? Ok. Filmar os alunos sem permissão de todos os pais e ler slogan de partido antes do hino, é descumprir a lei. Ele já corrigiu os erros, mas sem a gritaria, inclusive de eleitores do Bolsonaro, não teria corrigido. E é assim q deve ser.josé paulo - 26/02/2019 20:51:18
Excelente. Cantar o Hino Nacional nas quadras de futebol, é correto, nas escolas é crime, segundo os ¨entendidos¨Menelau Santos - 26/02/2019 20:22:20
A loucura é tanta neste país que quando aparece um cara sensato, todo mundo pensa que o louco é ele. Artigo maravilhoso.Ronaldo - 26/02/2019 16:27:29
Muito bom Puggina. Tenho mais de 50 anos e o que disse é pura verdade. O mal destes tempos é a Internet dando voz aos idiotas.