• Percival Puggina
  • 15/09/2016
  • Compartilhe:

O FORA TEMER E A ESQUERDA GOLPISTA

 

 Alguém pode me citar um presidente com mandato posterior à fundação do PT que não tenha sido alvo de campanhas semelhantes à que presentemente se dirige contra Michel Temer? Parece-me que a infinita reiteração denuncia insubmissão a toda autoridade não alinhada ao partido. Não por acaso, essa é uma conduta radical muito semelhante à do Islã político, merecedor de persistente proteção da esquerda mundial.

Apenas para comparar, lembro que somente após 12 anos de sucessivos governos petistas a sociedade brasileira foi às ruas. E o fez com a intenção - perceba-se a diferença - de cobrar das instituições uma solução para a tragédia em moto contínuo e para os encordoados escândalos proporcionados pela organização criminosa que operava no governo e em sua base de apoio. É importante ter em vista essa diferença. Uma coisa é o direito popular de se manifestar às instituições. Outra é mobilizar milicianos e militantes para ações típicas de agitprop (agitação e propaganda, no melhor estilo da KGB) com a intenção de promover convulsão e prejudicar o país, interna e externamente. Flagrada numa pichação "Fora Temer", a deputada comunista Jandira Feghalli explicou que aquele era um ato subversivo. E, claro, "democrático". Em recente manifestação promovida pela CUT e pelo MTST, Luíza Erundina afirmou que "não sairemos das ruas até esse governo cair".

Cair como, dona Luíza? Tipo Tomada da Bastilha? Se estamos sob um governo constitucional, golpeá-lo reunindo milicianos, esbravejando bandeiras vermelhas, espatifando vidraças, queimando pneus e estimulando o caos, não é ... golpe?

No Estado de Direito existe um modo legal de fazer as coisas. Até para ir às ruas pode-se sair de casa dentro da lei e fora da lei. As manifestações contra o governo Dilma e contra a corrupção ocorreram com prévia notificação às autoridades da segurança pública indicando local e percurso, solicitando proteção e acompanhamento policial. Opiniões foram expressas e soluções reivindicadas dentro da ordem, com legitimidade formal. Fora do Estado de Direito, temos o que está sendo promovido pelos partidos de esquerda, com inequívoco intuito subversivo, na sincera expressão da candidata do PCdoB à prefeitura do Rio de Janeiro. Se querem destituir Temer, busquem fundamentos constitucionais e peçam seu impeachment.

Não entendo, mas admito como possível e legítimo que pessoas amem Dilma Rousseff, exaltem sua gestão, tenham e mantenham adoração religiosa pelo PT, desconheçam as manifestações das ruas pelo impeachment, considerem que a ex-presidente seja de uma correção sem par e que, para ela, a verdade se imponha como grande soberana das próprias manifestações. Acredito que existam pessoas convencidas de que seu impeachment ocorreu sem justa causa, fruto de tenebrosas maquinações da direita. Juro que acredito!

Creio, também, na possibilidade de que, para muitos, Lula seja outro modelo de virtudes. Admito que outros tantos não atribuam qualquer importância a seus desvios de conduta e ao vertiginoso enriquecimento de toda família Lula da Silva. Mas me permito, pelo viés oposto, não atribuir qualquer importância às suas opiniões, crendices e critérios de juízo moral. Na linha de tiro das minhas opiniões continuam todos os corruptos e corruptores, todos os fora da lei, todos os subversivos e todos os golpistas inglórios.

___________________________________
* Percival Puggina (71), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de Zero Hora e de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A tomada do Brasil. integrante do grupo Pensar+.

 


Brenda Fernandes Aprigliano -   17/09/2016 16:01:18

É interessante que existam pessoas que ainda tentam fingir que não entendem que o petismo foi pego com a mão na botija e por isso está sendo classificado de organização criminosa. O que caracteriza o tamanho da reação é a insistência contumaz da ação criminosa, portanto, a reação se torna indispensável para colocar freios à perpetuação do ilícito. Quem pode admitir que não vê o que essas ações trouxeram de insegurança e desesperança ao povo brasileiro! Tornaram-se comuns as insinuações de que a vítima tem responsabilidade pelas motivações do criminoso. A impunidade campeia para dar voz ao bandido, dito de forma falaciosa como produto da sociedade, e aí ele pode sentenciar você à morte quando bem entender e você será punido se tiver sucesso em matá-lo antes. Querem desconhecer e deslegitimar o direito à defesa da própria vida. Quem começou a "convulsão social" foi quem saqueou a Nação, com o discurso cínico de "arautos do bem" e entranhou nas Instituições públicas o veneno da corrupção e do aparelhamento manipulador para seus deleites pessoais e ideológicos. Quem ainda acredita que o desarmamento da população honesta, não foi um presente para a criminalidade?

Joma Bastos -   16/09/2016 12:39:53

Lembro que foram 12 anos de sucessivos governos PT em casório com PMDB, cuja aliança começou no primeiro mandato de Lula em 2003 e seguiram governando em harmonia até 2016. Não podemos esquecer de que o PMDB foi cúmplice com o PT na hecatombe lulopetista que levou à derrocada do país, abandonado o barco quando este estava na iminência de naufragar. O Brasil vai precisar de muito tempo para se recuperar destes terríveis anos de governação petista em sintonia com o PMDB, e sendo assim, não acredito que o governo do presidente Temer, com alguns dos seus membros a serem investigados por corrupção, consigam uma apreciável mudança econômica/social nesta Nação. E para se começar uma limpeza política neste Brasil, há que fazer com que todos aqueles que já foram condenados por qualquer crime, não possam exercer para toda a sua vida qualquer cargo político ou público, e aqueles que estejam indiciados ou a responder judicialmente por qualquer crime, sejam imediatamente suspensos de seus cargos até à conclusão definitiva do respetivo julgamento.

Genaro Faria -   16/09/2016 01:28:39

O Jararaca sem Rabo do sítio de Atibaia trocou de figurino. Na entrevista de hoje, cercado por uma plateia de devotos, Lula envergou a fantasia de Pierrô Apaixonado e chorou no palco das perdidas ilusões. Mas não perdeu a ocasião para advertir a polícia, o ministério público e a justiça federal da enrascada em que se meteram por blasfemar contra santa Madre Tereza do Guarujá. Lembrou que universitário que assume cargo público através de concurso não entende nada de política. E fez uma convocação, ou melhor, uma intimação pública e notória da classe mais honrada e honesta do país - os políticos. Quer uní-los contra os arrogantes servidores concursados, que se acham independentes e estáveis em suas carreiras, como quem diz: "Hoje sou eu, amanhã serão vocês". Eduardo Cunha deveria reclamar de plágio.

Ismael de Oliveira Façanha -   15/09/2016 22:24:36

Na Democracia, um partido legalmente registrado não pode ser acoimado de "organização criminosa" como certos setores radicais estão praticando, sob pena de se acharem em patamar semelhante. A política encarniçada de destruição movida contra o PT, é um atentado à Democracia que poderá inviabilizar as instituições republicanas; e introduzir a convulsão social no País, com consequências imprevisíveis.

Ismael de Oliveira Façanha -   15/09/2016 22:24:35

Na Democracia, um partido legalmente registrado não pode ser acoimado de "organização criminosa" como certos setores radicais estão praticando, sob pena de se acharem em patamar semelhante. A política encarniçada de destruição movida contra o PT, é um atentado à Democracia que poderá inviabilizar as instituições republicanas; e introduzir a convulsão social no País, com consequências imprevisíveis.

Genaro Faria -   15/09/2016 21:50:19

Argumentar com comunistas é o mesmo conversar com as paredes. Eu prefiro conversar com uma parede pois, pelo menos, sei que ela não tem culpa nenhuma de não me ouvir. E eu não ficaria revoltado com seu cinismo. "Fool me once, shame on you; fool me twice, shame on me" diz o provérbio americano. (Engane-me uma vez, vergonha sua; engane-me outra vez, vergonha minha.) Será uma vexame para o nosso país acreditar, mais uma vez, que esses vigaristas pretendam participar do jogo democrático, que sustenta o princípio da alternância do poder. Comunista só quer o poder para nele se eternizar e, assim, jamais poder ser responsabilizado pelos golpes sucessivos que aplicou às instituições e ao erário. Partido não é quadrilha. Que o PT e seus congêneres sejam para sempre proscritos da vida política brasileira.