• Percival Puggina
  • 27/12/2019
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NO PÉ DE ABRAHAM WEINTRAUB

 

 Décadas de uma Educação que prioriza o alinhamento com a visão esquerdista da história, da sociedade, da economia e da política colocou o Brasil no underground dos indicadores internacionais de qualidade. Aliás, no caso brasileiro, o indicador é de ruindade.

 O tema da Educação se inclui entre aqueles que me tiram o sono porque frustra meu desejo de ver o Brasil ingressando num patamar superior a esse em que se desdobrou minha vida. No viver aprendi que, em sociedades livres, o progresso social, político e econômico ocorre na razão direta da riqueza e das virtudes de seu patrimônio humano.

A imprensa está “pegando no pé” do ministro Abraham Weintraub. Tudo se passa e muita coisa é dita como se o ministro carregasse as culpas pelo péssimo desempenho da Educação em nosso país, onde raras e pontuais exceções são exatamente isso – pontuais e raras exceções. A quem não sabe, informo: 1) os dados do PISA, recém-divulgados, se referem ao ano de 2018 e o ministro nada tem a ver com eles, portanto; 2) a melhoria dos indicadores ocorrerá no tempo e é tão necessária quanto lenta será.

Acusa-se o ministro de ter excessivas preocupações ideológicas. Quem não as tem, contemplando o que acontece na Educação nacional? O pensamento freireano, o construtivismo, o marxismo e o esquerdismo permanecem como referências pedagógicas e foram sacralizados na concessão do título de patrono a Paulo Freire. Como haver futuro para nossa Educação se a imensa maioria dos professores crê estar num bom caminho, e que as dificuldades são todas financeiras? Mais dinheiro será, mesmo, o combustível para o foguete que nos levará ao topo?

Em 2015 gravei um vídeo sobre esse tema (1). Com quase 400 mil visualizações, ele colheu perto de 2 mil comentários cuja maioria relata experiências que comprovam a doutrinação. São evidências da falta de pluralismo e do esquerdismo que se fez hegemônico. Chegou-se a isso através do bem conhecido processo de tomada de posições nos centro de decisão (motivo, aliás, da revolta contra a gestão de Weintraub). Transcrevo, a seguir, alguns desses testemunhos:

Sou professor há 35 anos e esperei, todos os dias de minha vida, por alguém que não concordasse com Paulo Freire. Sempre fui discriminado por divergir dele. Hoje posso morrer em paz. Paulo Freire nunca foi um educador. Parabéns professor pela postagem deste vídeo.

Sr. Percival, estou com 73 anos de idade, aposentado, resolvi ocupar meu tempo fazendo licenciatura em matemática, estou em um instituto federal. Outro dia, após ouvir muita lengalenga sobre Paulo Freire, pedi à professora que me indicasse um país desenvolvido e/ou com boa classificação no PISA que tenha utilizado ou que utilize o Método Paulo Freire, não obtive resposta e para agravar argumentou que nosso baixo nível se dá por culpa das elites políticas, intelectuais e empresariais que impedem sua aplicação.

Sou Pedagogo, discordo de Paulo Freire e já estou começando a sofrer represálias.

Puggina! Lindo e triste vídeo... Sou uma professora de Sociologia e História que não segue livros... Que não tem voz em meio a tanta doutrinação dentro da escola. Mas dou o meu recado e vou na contramão. Amo o meu país e ainda espero por mudanças... Um abraço fraterno!

Experimente criticar Paulo Freire em qualquer curso de licenciatura no Brasil e você vai ser comido vivo. É impressionante como o discurso manso e democrático some e eles mostram sua verdadeira natureza intransigente (já aconteceu comigo).

Ótima reflexão Professor. E como futuro professor que serei, que pedagogias utilizarei se não as conheço, se elas não me foram apresentadas? Procuro muito metodologias que fogem do socioconstrutivismo, mas está difícil.

Comentário perfeito. Sou historiador. Fiquei fora de instituições por sempre discordar do lixo. Não raro, os sequelados e patrulheiros levantam-se, em palestras e cursos meus, e vão embora. É um prazer quando ocorre. Meus compromissos são com a História, a seriedade, a verdade. Não com besteiróis ideológicos.

Sou professor de escola pública e sinto o efeito devastador de Paulo Freire e toda a massa esquerdista. é muito triste e cansativo.

Comecei uma licenciatura e o que vejo é que eu tenho que dar sempre crédito ao "libertário". As perguntas das provas me obrigam a concordar com Paulo Freire. Questionei e fui atacado e quase reprovado. Contem comigo pra desmistificar essa fraude libertária.

Sou professor e infelizmente posso comprovar que esse tumor ainda prolifera.

Isso é verdade. Sou estudante do ultimo ano de Pedagogia e só rasgam elogio a Paulo Freire, e eu não posso nem dar minha opinião na sala!

Na escola sempre me foi ensinado: a culpa é do sistema! Hoje, como professor que estudou em escola pública, vejo a pedagogia ser trabalhada para massacrar o aluno e justificar que sua condição não é melhor por causa do sistema...

No referido vídeo há conteúdo para horas de leitura de testemunhos análogos a esses. A imprensa, que ao longo de décadas não se importou com a doutrinação nem com a ruindade do ensino brasileiro, agora se volta contra o ministro que viu o problema e está agindo contra ele.

1) https://www.youtube.com/watch?v=biAVF3PUbBI&t=286s
  


Edson de Medeiros -   31/12/2019 00:50:08

Quase sempre concordo com o Percival Puggina e gostaria muito de concordar também no seu comentário sobre o atual Ministro da Educação. Acontece que não consigo entender nada do que ele fala, quando aparece na TV...

Dalton Catunda Rocha -   30/12/2019 22:05:13

Causas reais do sucesso econômico e educacional da Coreia do Sul: 1- Ditaduras militares completamente de direita, controlando todo o país, por cerca de trinta anos (1961 – 1988). De 1961 até 1988, existiram dois generais-ditadores com mão de ferro governando a Coreia do Sul. Não houve espaço político para possíveis clones coreanos de Jango, Sarney, FHC, Lula, Dilma, etc. 2- Um modelo econômico completamente de direita, sem espaços para getulhismos do tipo monopólio estatal do petróleo ou reservas de mercado. 3- Dos anos 1950 ao final dos anos 1980, havia punição brutal a professores que ousassem pregar marxismo e esquerdismos em geral, nas aulas. 4- Dos anos 1950 até o final dos anos 1980, haviam castigos físicos para alunos que faltavam às aulas, conversavam nas salas de aula, tiravam notas baixas. Estes castigos físicos existiam desde a pré-escola, até o final do segundo grau. 5- O governo da Coreia do Sul obrigava e tinha na educação, o objetivo maior do país, ao lado dos gastos militares. No Brasil, de Sarney para cá, apenas os gastos com a ciranda financeira superam mais do dobro de todos os gastos restantes, em conjunto, sendo o espaço de defesa + educação sempre inferior a 5% do gasto público de Sarney (em 1985) para cá. 6- Ao contrário da lenda, os professores da Coreia do Sul ganhavam pouco, nos anos 1960 e 1970, mas eram altamente cobrados, pelo seu desempenho. 7- As escolas da Coreia do Sul, não tinham lugar para badernas, greves, pichações e preguiça. 8- O ensino superior foi reduzido, mas moldado ao modelo americano, sendo os professores trazidos das melhores universidades americanas. Sul-coreanos que foram estudar nos Estados Unidos e, voltaram para ensinar na Coreia do Sul, conforme o melhor ensino superior do mundo. 9- Os pais que deixavam seus filhos foram da escola eram presos. E aqueles que mandavam seus filhos pedirem esmola na rua além de presos, perdiam a guarda das crianças. A mendicância era e é um crime, na Coreia do Sul. Em suma. Na Coreia do Sul, se criminalizaram a ignorância e a mendicância, enquanto aqui se chama de "vítima do capitalismo", aqueles que mandam seus filhos pedirem esmolas, lá na Coreia do Sul, eles foram tratados como criminosos, já na década de 1950. 10- A Coreia do Sul se fez uma firme aliada dos Estados Unidos. 11- A Coreia do Sul não tem riquezas naturais. Sem espaço para slogans vazios do tipo "O petróleo é nosso!". 12- Se impôs o ensino de inglês, que é a língua franca de todos os ramos do conhecimento humano, em todos os colégios. Aqui, o Lula impôs o ensino do inútil espanhol e dos nocivos sociologia e filosofia, que são cadeiras cativas de fracassados marxistas, em todos os colégios. Tornando assim nossos colégios em fábricas de comunistas, incompetentes e imbecís. ****** O resultado? Em 1979, a renda per capita do Brasil era similar àquela da Coreia do Sul. Também em 1979, a renda per capita da Coreia do Sul era inferior à metade da renda per capita da Venezuela. Hoje, a renda per capita da Coréia do Sul é semelhante à renda per capita dos Estados Unidos. Para ver um vídeo sobre este assunto, eu lhe peço, que veja a palestra que começa aos seis minutos e vários segundos do site https://www.youtube.com/watch?v=axuxt2Dwe0A ******************** Outros vídeos, sobre este mesmo assunto: "A ocupação do aparato estatal brasileiro pelo comunobanditismo levou MEIO SÉCULO. Se querem livrar-se dela, preparem-se para um esforço igualmente longo em vez de cobrar do governo milagres instantâneos." > https://www.youtube.com/watch?v=RyNdh1OgioE "ABRAHAM WEINTRAUB: PISA, MEC E O QUE PODE SER FEITO" > https://www.youtube.com/watch?v=4S-SrH-Indg "V ESCOLA & DESINFORMAÇÃO CONTRA MIN WEINTRAUB" > https://www.youtube.com/watch?v=BUMljVmH6Vg "A Direita se Destruindo" > https://www.youtube.com/watch?v=4WxLd1Kt89Y

Menelau Santos -   30/12/2019 19:31:24

Em vez de Paulo Freire, os brasileiros deveriam considerar o Prof. Pierluigi Piazzi, a Prof. Branca Alves de Lima, ou a Prof. Deborah Pádua Mello Neves. Esses sim, os grandes patronos da nossa educação.

Adilson -   30/12/2019 18:08:43

Esse enlace é poderoso.Se levantar a cabeça corre se sério risco de perde lá.Das ladainhas costumeiras,passa se ao modo killer em segundos.E o rosnado aumenta no modo defensivo.Fecham se e agridem,espere retaliações.Muito tempo condescendente com e eles ficaram poderosos.

José Nei de Lima -   30/12/2019 14:09:14

Concordo plenamente com o Relator, de todos os sentidos, não sou adepto de Paulo Freire, principalmente pelos seus pensamentos divergentes, vê o estrago que a esquerda fez no Brasil, um ótimo dia meu amigo.

GILBERTO RIGOBELLO -   29/12/2019 23:16:38

Discordo do pessoal que deu o titulo de Patrono da Educação ao Paulo Freire . Ele não merece e esse título deveria ser cassado. O titulo de Patrono é dado às personalidades que fizeram alguma coisa pelo País com resultados positivos. Exemplos: - Alberto Santos Dumont como Patrono da Aeronáutica Brasileira. Inventou o avião. - Francisco Rodrigues Saturnino de Brito Patrono da Engenharia Sanitária no Brasil, com relevantes trabalhos na área sanitária e ambiental no Brasil. Entre outros. Agora, qual foi o trabalho do Paulo Freire que trouxe resultados positivos à o Ensino no Brasil? Nenhum. O PISA que o diga. Publicou um método para alfabetizar adultos. Tipo Mobral. Seu livro Pedagogia dos Oprimidos é uma apologia ao Marxismo. Por isso é adorado pelos esquerdopatas: PT, PSOL, PCdoB, REDE, PSB, Soliaridade, outros penduricalhos.

Artur Rodrigues Vieira -   29/12/2019 15:14:10

O complexo de vira-lata é latente no meio acadêmico. Pois se contentam com um pseudo pensador que faz joguinho de palavras, e não diz nada. Isso para eles é bastante. A intelectualia brasileira fede. Há exceções graças a Deus.

Menelau Santos -   28/12/2019 15:01:43

Há um filme muito antigo chamado "Antro de Desalmados" estrelado por um ator baixinho de faroestes (hoje chamados Westerns) de nome Audie Murphy. No filme, o mocinho não porta armas e mesmo assim consegue vencer a bandidagem. Pois é, o Brasil de hoje parece esse filme. É só mau-caratismo, malandragem, casuísmos e safadezas. A diferença dos desalmados do Brasil para os do filme é que os daqui são enrustidos. São perfumados (deduzo), bem vestidos, cabelos bem penteados, elegantes e gentis. Lá no filme não. São todos perversos, cruéis e sanguinários. E fazem questão de exibir sua perversidade. E o Presidente Bolsonaro é o nosso Audie Murphy que não porta armas, isto é, não faz barganhas. Vamos torcer para que o final do filme seja igual ao destino do Brasil, ou seja, que o mocinho vença.

Luiz R. Vilela -   28/12/2019 12:52:24

Em educação, o meu conhecimento é de mínimo para nulo. Mas como bom brasileiro que acha que entende de tudo, também gosto de dar minhas "trombonadas" em assuntos adversos. Acho que a educação no Brasil, é tão boa, mas tão boa, que o lula acabou presidente da república por duas vezes. Foi a glorificação da ignorância num pais que forma anualmente bacharéis semi alfabetizados, e que para ser advogado, ainda precisam fazer o exame de admissão na OAB, que não acredita no sistema educacional do pais. O tempo que se perde ensinando marxismo nas universidades, é o que falta para o ensino de matérias de real importância para os cursos. Mas o esquerdismo inserido no ensino superior, serve bem para dar razão ao que dizia o falecido ex ministro da economia, Roberto Campos: "Se quando jovem, você não foi socialista, é porque não tinha coração. Mas se foi, e continuou depois de velho, é porque não tem juízo". É isso ai, quando jovem e despossuído, deseja dividir o que é alheio, então é socialista. Mas depois de anos trabalhando e adquirindo seus bens e sem querer dividir com ninguém, ai passa a ser capitalista, abraçado ao seu capital. Dai vem o lado do "sem juízo". Se passou toda a juventude e nada conseguiu, continua a ser socialista, sonhando com a distribuição do que é alheio. O dinheiro é que faz diferença, quem o tem, é capitalista, quem não tem, é socialista. Bem esta seria a regra geral, mas neste meio, também tem os "fariseus", tipo Chico Buarque de Holanda e outros, que mesmo ricos, se dizem comunistas. Não são capazes de iniciar o socialismo com os bens próprios, tem que ser com os dos outros. Então acho que ensinar marxismo ou qualquer outra forma de esquerdismo em escola, é um delírio, o sujeito só é comunista enquanto esta "duro". Ganhou dinheiro, a conversa é outra. A não ser que o "socialista" passe a vida toda sendo empregado do governo e ganhe só para sobreviver, ai vai morrer socialista, não tem jeito, e vai tentar que seus "discípulos" compreendam a sua ideologia.