• Percival Puggina
  • 12/01/2014
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NÃO É POR FALTA DO QUE FAZER

NÃO É POR FALTA DO QUE FAZER Percival Puggina A ministra Maria do Rosário completou, no início deste mês, três anos à testa da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República. A SDH/PR tem status de ministério e isso permite à ministra desfrutar de vasto elenco de facilidades e recursos oficiais para cumprir, segundo seu bestunto, ao sabor do que lhe der na telha, aquilo que julga ser tarefa de sua pasta. E olha que não lhe falta o que fazer num país como o nosso! Raros são os municípios brasileiros que não disponibilizem, a cada dia, notícias sobre violações de direitos humanos. O bestunto da ministra, no entanto, lhe determina um roteiro bem específico, bem com jeito de PT, para ocupar seu tempo, ou seja: cuidar dos companheiros, inibir a ação policial, prestigiar a Comissão das Mentiras e denigrir as Forças Armadas. Assim, pode uma menina ser incendiada dentro de um ônibus, famílias podem ser chacinadas, facções esquartejarem-se reciprocamente num presídio do Maranhão, agricultores sumir em áreas de conflitos com índios, bandidos ser encarcerados em condições repugnantes e bandidos soltos fazer o diabo país afora, a prostituição infantil pode ser mote publicitário no país da Copa - nada disso suscita o interesse de Sua Excelência. Querem ver a ministra sair da poltrona e subir nas tamancas com ares de quem está fazendo o máximo pela dignidade humana dos brasileiros? Arrumem para ela alguma ossada para desenterrar. A ministra só se interessa por casos concretos, se as vítimas forem companheiros ou camaradas. Ora se ela via se meter no Maranhão do Sarney, aquele nobre amigo do peito do Lula e da Dilma!