• Estado de São Paulo, editorial
  • 13/03/2009
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MST INVESTE NA IMPUNIDADE

As invas?e depreda?s realizadas por 6,5 mil mulheres do Movimento dos Sem-Terra (MST) e associados, como o Via Campesina, em oito Estados e no Distrito Federal, em comemora? ao Dia Internacional da Mulher e sob o pretexto de protestar contra o modelo de agroneg? brasileiro e a paralisia da reforma agr?a, fazem parte de uma rotina que at?eria mon?a, pela repeti?, caso n?apresentasse sempre maiores abrang?ia e viol?ia. Desde que seu objetivo principal deixou de ser a reforma agr?a, e passou a ser claramente pol?co - mesmo que baseado numa geleia ideol?a revolucionaria de confusa natureza -, o Movimento dos Sem-Terra (MST) tem investido, fundamentalmente, na impunidade. As invas?de fazendas produtivas, as derrubadas de cerca, as depreda?s de sedes, as matan? de animais, as coloca?s de empregados rurais em c?ere privado, assim como os saques e as destrui?s de cabines de ped?o, as ocupa?s e depreda?s de pr?os p?cos, os acampamentos e interdi?s de estradas tudo tem dado margem ?r?ca, pela entidade e seus seguidores, dos mais variados crimes comuns, inclusive os de homic?o. O problema ?ue a maioria esmagadora desses crimes permanece ?spera de julgamento. Os processos envolvendo integrantes do MST e grupos assemelhados, como Via Campesina, Movimento pela Liberta? dos Sem-Terra (MLST) - incluindo a? do not? dissidente emessetista Jos?ainha Junior, dono dos esbulhos possess?s do Pontal do Paranapanema -, t?caminhado a passos lentos demais no Judici?o. Assim, as cr?cas que o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Gilmar Mendes, tem feito tanto ao governo - por repassar verbas p?cas para o MST e assemelhados - quanto ao Minist?o P?co (MP), por n?cobrar o respeito ?ei, s?extensivas ao pr?o Judici?o. Na verdade, temos de sempre eleger prioridades. Esta ?ma quest?que est?e acumulando, que est?e adensando, e que muitas vezes gera, maximiza conflitos - disse o presidente do Supremo. Entendemos, pelas palavras do ministro Mendes, que mesmo sendo a Justi?estruturalmente morosa, h?ertas quest?que merecem grande prioridade de julgamento, sob pena de resultarem nas piores consequ?ias sociais - caso dos investimentos em impunidade que fazem MST e assemelhados. As 400 mulheres que ocuparam o 9º andar do Minist?o da Agricultura, em Bras?a, fizeram quest?de dizer que n?tinham interesse algum em encontrar-se com o ministro. O que queriam era s?otestar contra o modelo agr?la vigente no Brasil. H?ouco tivemos, comandado pelo dissidente Rainha, o Carnaval Vermelho - ele tem, sistematicamente, escolhido datas e meses vermelhos para suas opera?s violentas, cujo ?o objetivo ?esmoralizar as institui?s democr?cas. Nada menos do que 650 processos penais foram abertos contra integrantes do MST, desde 1995. A quase totalidade deles ainda n?teve julgamento definitivo - transitado em julgado: o assassinato do policial Luiz Pereira, em 2005, pelo qual 11 sem-terra foram presos, o Minist?o P?co os denunciou por homic?o triplamente qualificado e o processo aguarda julgamento da Justi?no Recife; a interrup?, no ano passado, da Estrada de Ferro Caraj? no Par?pelo que a Justi?Federal condenou o MST a pagar R$ 5,2 milh??ale - mas, interposto recurso pelo MST, ainda falta o pronunciamento final da Justi? a invas?e destrui?, em 2006, do viveiro da Aracruz Celulose, no Rio Grande do Sul, quando o Minist?o P?co denunciou 37 invasores e o processo aguarda julgamento no Tribunal de Justi?do Rio Grande do Sul; a invas?do Congresso por integrantes do Movimento de Liberta? dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MLST), em que mais de 100 pessoas foram denunciadas pelo MP por les?corporais, crimes contra o patrim? e forma? de quadrilha - e o processo aguarda julgamento na Justi?Federal; os muitos processos - inclusive por crime de morte - tendo como r?Jos?ainha Junior - que aguardam julgamento em definitivo. Eis apenas alguns exemplos. De onde ?ara se concluir que, at?gora, os investimentos em impunidade, feitos pelo MST, s?e t?trazido ?os dividendos.