• Percival Puggina
  • 22/11/2015
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MARXISMO CULTURAL, A JIHAD VERMELHA

 

A atração da peça, por falta de coisa melhor a apresentar, é proporcionada pela nudez dos atores, dedicados a entreveros e diversidades... Eles giram pelo palco, se enroscam e desenroscam, se movimentam em círculos e chegam ao clímax: o círculo se fecha e os "atores", uns nos outros, metem o dedo exatamente lá onde você está pensando. E esse "lá" é o sentido de todas as cenas. A mais recente apresentação do dito espetáculo ocorreu na 17ª Mostra Sesc Cariri Culturas, em Juazeiro do Norte, no último dia 18.

A apresentação contou com patrocínio do Sesc, que recebe recursos do governo federal, que se lambuza com os frutos do suor do nosso rosto. Chamado às falas, o Sesc cearense informou que a peça, em virtude de seu conteúdo sexual, foi interditada para menores. Pela linguagem da manifestação se pode identificar a ideologia de quem aprovou e promoveu o evento. A nota oficial - veja só, leitor - informa que o entidade tem como seu dever o incentivo ao "fazer artístico, respeitando a pluralidade e a formação crítica e autônoma do ser”. Fazer cultural, formação crítica e autonomia do ser, aplicados a Macaquinhos, valem por assinatura da jihad cultural vermelha que assola o país.

Há mais informações no jornal A Tribuna do Ceará. Recomendo a leitura da matéria com imagem para saber até onde vai o deboche. Também vale buscar alguns registros no Google sobre a apresentação da peça durante o Festival Mix Brasil, ao custo de R$ 1,00, no centro municipal de cultura de São Paulo, em 2011, gestão Kassab.

A ostentação pública do despudor, a vulgarização do humano, a tentativa de tomar os valores pelo avesso e a estratégia que transforma aberrações em atos de exaltação da liberdade, estão a serviço de uma causa: destruição das barreiras que esses valores ainda antepõem à penetração do movimento comunista internacional no Ocidente. É o humanismo desumano do materialismo e do relativismo. Eles podem existir por si mesmos, claro. No entanto, quando se transformam em "causa" e ocupam espaços públicos, é porque estão alinhados com algum objetivo político, com algum projeto de poder.

Não é apenas o terrorismo islâmico que pretende destruir o Ocidente. Também o marxismo cultural tem sua jihad. O fato de que ela, politicamente, vá noutra direção, não lhe reduz a periculosidade. Afinal, seu longo braço, em nome do "fazer cultural", não poupa nem a terra do Padre Cícero.

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* Percival Puggina (70), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de Zero Hora e de dezenas de jornais e sites no país, autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil, integrante do grupo Pensar+.

 


Talita Maria -   25/11/2015 14:43:20

Excelente artigo, mas em 2011 o prefeito de São Paulo era Gilberto Kassab, cuja gestão eu também não gostei. O lixo do Haddad foi eleito em outubro de 2012 e assumiu a prefeitura em 2013.

Luiz Felipe Salomão -   25/11/2015 12:46:34

Após esse 'teatro', financiado com recursos do contribuinte, ter enfiado o dedo "lá", esperamos todos pelo ato de desagravo e ver a lava-jato meter o dedo no "lula-lá". Saudações.

Paulo Baez -   24/11/2015 23:34:47

A ostentação pública do despudor, a vulgarização do humano, a tentativa de tomar os valores pelo avesso e a estratégia que transforma aberrações em atos de exaltação da liberdade, estão a serviço de uma causa: destruição das barreiras que esses valores ainda antepõem à penetração do movimento comunista internacional no Ocidente. Exatamente como ocorreu na antiga Alemanha Weimar! A democratização na Alemanha, com a queda do Império absolutista e autocrático de séculos, foi recebida com euforia e grande otimismo, mas logo as coisas se deterioraram: o regime democrático foi utilizado para desencadear a deterioração dos costumes que rapidamente transformou a República de Weimar num asilo onde imperava a psicose, tanto individual quanto institucional. As crenças religiosas entraram em declínio com o incremento das práticas ocultistas e a conseqüente amoralidade imperando soberana. As classes abastadas perderam totalmente os controles e se corromperam. Desejos, atitudes e comportamentos aberrantes, há muito reprimidos, vieram à tona e não havia nenhum limite para a satisfação hedonista. Por sua vez, o povo, já sofrido pela derrota, pelas perdas e mutilações de familiares durante a Grande Guerra e pelo pagamento extorsivo das indenizações de guerra aos Aliados, perdeu o referencial das classes que deveriam dar o exemplo de austeridade necessária para a reconstrução do país, pois a corrupção tornou-se a norma no mundo dos negócios e da política. Os políticos se candidatavam muito mais para obter lucros pessoais e poder de influência do que para servir à Nação. Com o poder de decisão nas mãos e a perda dos sentimentos morais, da retidão e da honra, faziam leis em proveito próprio e o povo que se esfalfasse de trabalhar para pagar extorsivos impostos enquanto os ricos se divertiam e pagavam aos políticos para obter vantagens. Qualquer semelhança com o quadro atual no Brasil não é mera coicidëncia!

fabrice -   24/11/2015 19:50:48

Não me lembro mesmo se em Totem e Tabu, do Freud, ou em algum antropólogo pesquisador de tribos africanas, que eu li há tempos sobre a existência de uma dança de macacos exatamente como a que se descreve aqui e entendida pelo autor como um ritual de solidariedade e coesão do grupo. De macacos! Entretanto, parece que sobre a miséria humana básica do norte e do nordeste, “artistas e intelectuais” devotos de Gramsci passaram a investir também na decadência moral: há um post hoje do Reinaldo Azevedo/Veja – “No Amapá, dinheiro público financia oficina de “siririca e chuca” - que denuncia um seminário universitário no Amapá sobre a tal diversidade de gênero em que um dos painéis é um laboratório sobre certas práticas sexuais que lá se pretende devam ser propagadas publicamente. É o fundo do poço!

angelo vidigal -   24/11/2015 16:16:34

Perfeita descrição do que vivemos, sobre uma falsa democracia, onde os valores morais e Cristão são desrespeitado sobre a égide dessa falacia de liberdade do fazer artístico. Esquecendo de avisar, que esse fazer artístico, é somente a demonstração da subversão da arte, do bom senso e da moralidade.

maria-maria -   23/11/2015 23:32:45

Quando me deparei com a primeira informação sobre a peça "cultural", não quis acreditar e busquei fontes que confirmassem a notícia. É assombrosa a desfaçatez dos desviados, a baixeza de suas obras (no sentido escatológico), a facilidade com que pisoteiam nos valores que presidem nossa formação, tudo isso referendado por uma mídia apodrecida por alugada.

Genaro Faria -   23/11/2015 11:05:28

Off topic: Ou melhor, acima do assunto tratado aqui no artigo sobre a jihad vermelha que "não ousa dizer o nome" comunista, esta semana começou com a notícia auspiciosa que veio do sul do nosso continente. Los hermanos resolveram sair do submundo do crime e do atraso cultural. Romperam a armadilha sinistra da esquerda e centro esquerda social democrata. Mudaram para não sucumbirem na maré vermelha dos psicopatas do Foro de São Paulo, nome neutro que esconde a verdadeira sede que coordena as esquerdas - Havana - da América do Sul, Central e Caribe. Sim, por que não? CAMBIEMOS TAMBIÉN!

Alessandro Gusmão -   23/11/2015 11:04:56

Subversão. Eis o antigo e eficiente meio para se dominar uma nação. Por isso a cultura é o principal caminho para ancorar os planos e ações desses grupos.

E. junior -   22/11/2015 23:54:04

E eles ficaram rindo da cara dos cearenses horrorizados com a nhaca de fezes que subiu...

Genaro Faria -   22/11/2015 23:24:06

Não foi à toa que a governanta Rousseff provocou um escarcéu diplomático com a Indonésia por causa de um narcotraficante. Também não foi por descuido que essa valente criticou o ocidente pela falta de diálogo com os terroristas do califado islâmico. Ao contrário, madame foi coerente com o pensamento marxista, com a degeneração cultural e o descalabro da economia baseada na liberdade. Convencer pessoas de que o orifício anal é uma fonte inesgotável de produção cultural não é uma façanha maior do que transformar Cristo num ativista político da luta de classes, como faz a teologia dita da libertação.

Odilon Rocha -   22/11/2015 20:58:18

E o pior, caro Professor, é quem se presta a assistir esse lixo. Ou será que isso serve para em certa medida verificar o grau de consevadorismo do povo? Como ocorreu com a novela global em que Diretor Denis Carvalho se disse chocado com a caretice do povo (agora o povo é careta, é?) (sic). Nossa! Quanta discriminação!