• Percival Puggina
  • 16/08/2014
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MARINA SILVA? CUIDADO!

 

 Denunciar os terríveis malefícios prestados à Igreja Católica pela Teologia da Libertação (TL) faz parte dos deveres cívicos e religiosos que me impus desde que comecei a escrever para jornais, nos anos 80. A TL é uma versão comunista da teologia cristã, que serve ao comunismo e desserve á Igreja. Já levo 29 anos tratando, periodicamente, desse lastimável mas necessário tema.

 Passadas quase três décadas, não encontrei motivo para corrigir uma linha sequer do que escrevi a respeito, muitas vezes incluindo no rol das minhas execrações vastos setores da hierarquia da Igreja instalados na CNBB, em alguns de seus órgãos e em segmentos de sua assessoria. Esses setores, nos anos 80, estavam mais preocupados com promover o PT e suas pautas. Agora estão mais preocupados com proteger os efeitos políticos sobre o PT das estripulias que esse partido promove com cotidiana dedicação.

 Pois foi nesse mal coado e azedo caldo de cultura, cozido em água benta, que se formou Marina Silva, a senhora acreana que a morte de Eduardo Campos traz à ribalta desta eleição. Cuidado! A fala mansa da ex-vice de Eduardo Campos não se harmoniza com a rigidez e o radicalismo de suas posições. O dever cívico de conhecê-las não se cumprirá ouvindo o meigo discurso eleitoral que vem por aí. Há informações muito mais precisas e irrefutáveis na biografia da candidata.

Seu primeiro alinhamento político deu-se com filiação ao Partido Comunista Revolucionário (PRC), célula marxista-leninista albergada no PT onde militou durante uma década. Foi fundadora da CUT do Acre e lá, filiada ao PT, conseguiu o primeiro de uma série de mandatos legislativos: vereadora em Rio Branco, deputada estadual, senadora em dois mandatos consecutivos. Em 2003, no primeiro mandato de Lula, assumiu a pasta do Meio Ambiente, onde agiu como adversária do agronegócio. Sua gestão deu-lhe notoriedade internacional e conquistou ampla simpatia de organizações ambientalistas europeias que agem com fanatismo anti-progressista em todo mundo, menos na Europa...

Foram cinco anos terríveis para o desenvolvimento nacional. No ministério, Marina travava projetos de infraestrutura, impedia ou retardava empreendimentos públicos e privados, aplicava a torto e a direito um receituário avesso às usinas, aos transgênicos, ao agronegócio, principal motor do desenvolvimento nacional e responsável pela quase totalidade dos superávits de nossa balança comercial. Os pedidos de licenças ambientais empilhavam-se, relegados ao descaso. Empreendimentos eram cancelados por exaustão e desistência dos investidores. Sempre irredutível, Marina incompatibilizou-se com governadores, com os setores empresariais e com a então ministra chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff. Foram cinco anos terríveis!

Quando se sentiu politicamente firme, largou a Igreja Católica, mudou-se para a Assembleia de Deus e para o PV. Depois, largou não sei que mais e se mudou para o projeto da Rede. Mas isso não a fez menos alinhada com as trincheiras de combate às economias livres, ao agronegócio, e ao evangélico domínio do homem sobre os bens da Criação. A ecomania de Marina Silva inverte a ordem natural nesse convívio, submetendo os interesses da humanidade às determinações que diz extrair do mundo natural. No fundo, vestido com floreios ecológicos, é o velho ódio marxista à propriedade privada dos bens da natureza.

De um leitor, a respeito da animosidade de Marina Silva para com o agronegócio: "Ela é uma praga de gafanhotos stalinistas reunidos numa pessoa só".

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* Percival Puggina (69) é arquiteto, empresário, escritor, titular do site www.puggina.org, colunista de Zero Hora e de dezenas de jornais e sites no país, autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia e Pombas e Gaviões, membro do grupo Pensar+.

 



 


edward -   28/08/2014 17:19:49

Marina é um paradoxo. Foi contra as fontes de energia, que hoje se estivessem em falta levaria o País ao caos. É ambígua, pois atualmente contraria tudo que pregou, máxime dizendo que não irá ser contra a agropecuária, nem contra os industriais, nem contra os bancos, mas seu passado nega tudo que agora está querendo assumir. Marina é uma incerteza para todos, sejam capitalistas, sejam socialistas, sejam ambientalistas. Todos. Hoje está no PSB, já esteve no PT e no PV. Onde diabo ela irá? Penso que poderá ser um grave problema para o País se eleita. E aí temos que ter o máximo de cautela em tudo, pois estando em partido socialista (PSB), está acariciando a direita, prometendo coisas que jamais em sua vida fez. E se trair a direita, voltando-se a sua origem, a ambientalista extremada, trará fome e miséria ao nosso País. Seu artigo é muito bom, pois nos traz uma alerta. Marina brigou com Dilma no governo Lula, pois esta é desenvolvimentista. O que Marina irá aprontar como presidenta? Aécio, claramente, é muito melhor candidato que Marina, pois tem coerência e seu passado não envolve incertezas. Sabemos como é e o que pode ser. Marina é um ponto de interrogação. Dá para confiar?

jorge luiz de souza -   27/08/2014 21:41:18

o golpe comunista esta batendo em nossas portas.

Mauricio -   24/08/2014 16:32:13

Quem governa é partido politico e não politico eleito.

Waldemar -   23/08/2014 19:21:24

Concordo com cada palavra, o perigo é bem maior do que as pessoas imaginam!

Alef Pinto -   23/08/2014 13:12:15

Fácil falar de " combate às economias livres, ao agronegócio, e ao evangélico domínio do homem sobre os bens da Criação". Difícil é ter passado a vida no meio do povo do norte, vivendo e convivendo com as contradições de decisões políticas (e aqui não defendo o PT!): com a manipulação da economia nessa região pelo dinheiro; pelo impacto não só ideológico mais material do agronegócio, famílias com pouca terra pro seu roçado, e latifundiário com hectares de terra para gado e monocultura. Difícil é explicar prum ribeirinho que ele não pode jogar malhadeira para suprir sua necessidade de alimento diante de tanto agrotóxico lançado nos rios. Literalmente é domínio sobre a natureza, não somente domínio evangélico (teológico), mas, e muito pior, hoje é domínio ateu: se Deus criou o universo, agora é o homem que cria seu mundo através da extinção da natureza que lhe é sua negação (ex. disso é a dialética hegeliana, dominadora e mantenedora do status quo). Bom, numa estrutura sócio-política de "economias livres, [...] agronegócio, e [...] evangélico domínio do homem sobre os bens da Criação" que vivemos desde 1492 ("descobrimento" da Ameríndia e colonização violenta) serem instaladas em nossas terras. Descordemos sim! Mas de ideias, e não da dignidade das pessoas (nem da dignidade da natureza).

Alfrêdo Oliveira -   22/08/2014 23:12:42

Importante alerta em época de messianismo.

Fausto Araújo Santos -   20/08/2014 21:31:53

Ela cresceu muito. Foi e é apoiada por empresários jogadores como Natura e outros e sua equipe econômica é toda neo-liberal. Acho muito melhor que a atual política, totalmente voltada para uma partidarização do Estado. Ela ou Aécio são melhores que a situação atual, na minha modesta opinião.

ETELVINO PILONETTO -   20/08/2014 00:57:28

Mas, esta Marina, trocou de partido duas ou tres vezes, mas ela nunca deixou o PT, pois não é possível te-lo diexado uma vez que seu marido erá secretario doe governo do estado do Acre, governa pelo PT. Acho quase impossível marido e mulher, estarem tão distanciados que ela quer dar de entender quando marido e mulher, vivem juntos e ao mesmo tempo taõ distante, como ela quer dar a entender que estaria do PT. Estamos bem no Brasil, de repente, por uma desgraça qualquer, o eleitor brasileiro ter que escolher entre dilma e marina. Para onde vamos,? O que vamos fazer? Povo brasileiro....

BARUCH -   19/08/2014 12:59:17

PREZADO PERCIVAL PUGGINA, Concordo muito com o que o senhor afirma em seus artigos. Acho que devemos ter cuidado com todos eles (sem exceção). Entretanto, só não quero - em nome desse neoliberalismo nefasto, medonho e maléfico, implantado pelo senhor FHC, que vários jornalistas insistem em dizer que foi bom para o país - trazer o modelo americano para cá e, muito ao contrário do que está na nossa Constituição, nos transformar em um Estado de maiorias completamente sem ter a quem pedir socorro (não que elas estejam bem, mas sempre se pode piorar), pois teremos setores essenciais privatizados (educação, saúde, justiça, etc.) nas mãos de quem só se preocupa com lucro (ao atingir determinado nível de patrimõnio passam a desprezar Deus e o universo, além de demitirem por qualquer bobagem), em um Estado ausente que só se interessa e se ocupa de três coisas: arrecadação, política e forças armadas...! Não é esse o Estado proposto pela atual Constituição Federal, ainda que dilacerada por tantas emendas...! Grato pela oportunidade!

Robson La Luna di Cola -   19/08/2014 00:58:02

No outro extremo do pensamento da maluca Marina Silva, temos o outro lado da mesma moeda: os defensores do hiper capitalismo, ou do capitalismo selvagem. Esquecem-se da mensagem cristã da MODERAÇÃO, do privilégio das opções ESPIRITUAIS em nossa vida, e da contemplação. Afinal, o mundo não é um estoque de matérias-primas, como querem alguns. Os animais não são apenas fonte de alimentação ou cobaias a serem martirizados visando a produção de medicamentos lucrativos para a indústria farmacêutica. E São Francisco de Assis? Será "deletado" da nossa tradição católica, substituído pela Pfizer?

Fransa -   18/08/2014 02:27:34

O PT é melhor? A Marina seria capaz de autorizar/aceitar um "Mensalão"? A situação atual do Brasil não faz por merecer "tiros" para todos os lados para nos vermos livres dos piores 12 anos de governos que o o país já teve? Ou o senhor prefere a arrogância dos melhores representantes da "sabedoria da ignorância".

juracy P.Barbosa -   17/08/2014 22:44:45

LI com muita atenção, a conclusão que chego é esta não tem ninguém que preste !!. Votar em quem? é complicado e fica o nosso amado Brasil .tendo um povo tão humano e humilde aceitando tantas mentiras e sem poder tomar atitudes, homens de valor nós temos, mas nada podem fazer, não andam armados.Haja vista a causa dos professores, o que aconteceu. manifestações as quais muita violência, não dos professores uns loucos a quebrar tudo, incendiar etc. recuamos e nada foi resolvido.Basta!!!