LAVANDO ESTÁTUAS DE BARRO
LAVANDO ESTÁTUAS DE BARRO
Percival Puggina
Nessas denúncias da Record contra a Veja, o que chama a atenção não é o que a Record apresentou como se fosse a versão patropi do caso Murdoch. Aliás, diante do que vi e li até este momento, cabe perguntar: a revista induziu seus leitores a algum erro? Cometeu algum crime? Não há erro em receber informações de um contraventor ou mesmo de um criminoso. A polícia faz isso todos os dias! Criminosos são admitidos em juízo como testemunhas. Até a CPI do Cachoeira quer ouvi-lo como testemunha. Por que não poderia a Veja buscar informações junto a ele? Que ele as tinha está mais do que evidente.
A presidente Dilma teria incorrido em pusilanimidade se tivesse demitido seus ministros diante de acusações em que não vislumbrava fundamento algum. Apenas diante de notícia de jornal. A grande maioria das denúncias que levaram à queda de ministros dos governos petistas já eram objeto de antigas investigações dos órgãos de controle e da PF.
O que, de fato, chama a atenção é o modo como a imprensa chapa branca e os jornalistas lulistas, dilmistas e petistas fanáticos (gente que gosta de estadistas, bem se vê), aproveitam-se dessas notícias para tentar lavar e enxaguar a honra de quem não tem. Estão lavando estátuas de barro. Quando terminarem de lavar não ficou coisa alguma.