• Percival Puggina
  • 27/06/2015
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JOÃOZINHO, MARIA E A IDEOLOGIA DE GÊNERO

Nota oficial do Conselho Regional de Psicologia do Rio Grande do Sul, braço freudiano do PT, informa que se a ideologia de gênero não for incluída nos planos decenais de educação, Joãozinho e Maria estarão sob forte possibilidade de se tornarem agentes ou vítimas de "discriminações, exclusões e iniquidades decorrentes das relações de gênero e sexualidade". Leia a íntegra aqui: www.crprs.org.br/noticias_internas.php?idNoticia=2971.

Estou à espera de que alguém me indique o motivo pelo qual, numa sala de aula onde o bullying faz sofrer o aluno mais gordo, o mais baixo, o gago, o de óculos, o que tem maiores dificuldades de aprendizagem, a única forma de discriminação que causa rebuliço nos legislativos e suas galerias é a discriminação por motivo de conduta sexual. Pergunto: o respeito não é devido a todos, sempre? Por que eleger o sexo como essência do convívio respeitoso, num espaço onde há tanto desrespeito, inclusive ao professor? E note-se: o preconceito e muitos outros males se instalaram nas escolas precisamente quando elas se assumiram como lugares de "construção da cidadania" ou de revolução social.

A partir do momento em que o Congresso Nacional suprimiu do Plano Nacional de Educação as referências a gênero, adotando preceito corretíssimo "(...) erradicação de toda forma de discriminação", certas organizações foram à loucura. Através do Ministério de Educação, manietaram a lei e criaram um hospício legislativo, obrigando estados e municípios a deliberar novamente sobre o assunto.

O que não dizem, e só é conhecido por quem acompanha os debates nacionais e internacionais sobre as ditas questões de gênero, é que essa ideologia pretende ensinar crianças e adolescentes que não existe aquilo que existe - a homossexualidade masculina e feminina, e o sexo com o qual se nasce. Não satisfeitos, afirmam, lisamente, que o gênero é uma construção e que convencer as crianças disso faz parte indispensável da "desnaturalização dos papeis de gênero e sexualidade" (leia a nota, está tudo lá).

Ora, incutir tal disparate na cabeça das crianças da mais tenra idade, mediante imposição legislativa, usando a sala de aula e a autoridade do professor, é uma fraude à biologia e à experiência humana. Introduzir esse conteúdo em cartilhas e figurinhas com o intuito de formatar mentes infantis, afronta sua inocência e invade os direitos educativos dos pais. É perversa manipulação e agressão ao ECA. Combata-se o bullying, ensine-se a igual dignidade de todas as pessoas independentemente de suas diferenças naturais, mas não se obrigue crianças e adolescentes, como parte da atividade escolar, a aprender errado sobre sua própria natureza.

Diferentemente do que pretende o Conselho Regional de Psicologia do Rio Grande do Sul, retirar esses conteúdos dos planos estaduais e municipais de Educação não é "excluir o respeito à diversidade sexual". Ao contrário, colocar foco exclusivamente nessa pauta é discriminar o universo dos desrespeitados. Quem merece respeito é a pessoa humana, sempre. A escola deve ensinar a não discriminação em quaisquer circunstâncias. E ponto. O resto é, deliberadamente, criar grave desorientação e ensinar errado, por ideologia ou perversa intenção.

* Percival Puggina (70), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de Zero Hora e de dezenas de jornais e sites no país, autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia e Pombas e Gaviões, integrante do grupo Pensar+.
 


Lexio -   06/07/2015 03:56:06

Vejam isso: https://www.youtube.com/watch?v=e8y-wtgULQE&ab_channel=SanctusAngeleDomini

Rick -   05/07/2015 04:02:33

Excelente texto!! https://www.youtube.com/watch?v=26k-E9dCyBk&ab_channel=OPensador1001

Nícolas Guarese Garske -   30/06/2015 22:53:13

Olá, descordo totalmente de tudo que foi colocado. Não acredito que CRP-RS trate como um pedestal as questão dos gêneros nas escolas, apesar de ser um assunto muito importante, como muitos outros... Acredito que o pedestal é para os Boticários da vida que estão lucrando as custas desse tema. Quem sofre pelas questões de gênero, é aquele menininho que não pode comer a merenda, porque o prato é rosa. Que quando adulto, vai viver sua sexualidade quadrada, se alguma coisa sai do lugar, vem os problemas de impotência, ejaculação precoce etc (que enchem os consultórios dos psicólogos do CRP-RS). Quem sofre as questões de gênero, é as mulheres que ainda recebem um salário menor que os homens , mesmo com as mesmas qualificações. Entre outros problemas causados por certezas estagnadas, como as que Percival Puggina comenta, mas não cria uma crítica. Acredito que único jeito de combater esse desrespeito, como qualquer outro, é através do diálogo e da intimidade.

Luiz Felipe Salomão -   29/06/2015 16:07:43

Caro Professor Puggina, primorosa essa sua frente em defesa do direito das famílias de vetar a intervenção do estado em assuntos que não lhe dizem respeito. Em nenhum momento o artigo faz supor a existência de uma falácia do tipo ‘straw man’, como alguém, menos afeito à lógica, poderia suspeitar.

Gustavo Pereira dos Santos -   29/06/2015 07:49:19

Fala sério, temos um esquerdopata assexuado a bordo. Abraços, Gustavo.

Cesão Enorme -   29/06/2015 05:37:35

Com referência ao comentário do Daniel. Discordo de você e penso que há qualquer tipo de interesse de sua parte em perverter o que foi escrito de ambos lados. O Autor não fez "salada " nenhuma. Incutir educação sexual nas escolas ,por si só , já é intromissão do Estado no seio familiar. Não pode ser um direito do Estado essa questão, porquanto o Estado não é pai ou mãe. Leia isso aqui e aprenda, ou não se faça de imbecil: "desnaturalização dos papeis de gênero e sexualidade" . Esquerdopatas são facilmente identificáveis. Não passarão!!

João Jorge Ledur -   28/06/2015 21:14:03

de JOÃO JORGE LEDUR , em 28 JUNHO 2015 Continuando comentário sobre as matérias ESTADO, NÃO SE META! . ( de 21 JUN 2015 ) - e - JOÃOZINHO, MARIA E SEUS GÊNEROS ( de 27 JUN 2015 ) . Parabéns ao Sr. PUGGINA pela garra em “contribuir no processo civilizatório” . Fui estudante de Primário , Ginásio – e – Colegial . Não sofri bullying . Não me recordo de alguma ocorrência de briga , de surra de várias crianças batendo em uma só criança . Não me recordo de alguma ocorrência de um aluno, ou mais alunos , agredir fisicamente um professor . Alunos agressores seriam expulsos da Escola , por merecimento . E os pais concordavam com as punições . As pessoas tinham limites de comportamento . Os erros tinham limites . A humanidade tem conhecimento dos “Dez Mandamentos” , que norteiam normas de conduta . A minha família , de formação Católica , tinha mais um Mandamento : “Não faças aos outros o que não gostarias que fizessem contigo “. Pronto , o respeito mútuo em apenas um mandamento . Delegar para a Escola , para os professores , a formação integral das crianças , é passar “procuração em branco” , um perigo intolerável .

Jaime Andrade -   28/06/2015 11:10:13

Homo Sapiens, Mulher Sapiens. Em tempos "coloridos" discute-se os fatores externos de produção e prazer. Entretanto, conforme estudiosos do tema, a origem das neuroses não está na repressão do desejo sexual, e sim na rejeição dos apelos da consciência moral.

Odilon Rocha -   27/06/2015 21:38:08

Caro Professor Os que gostam de brincar de Deus não desistem! Modelo hegemônico estabelecido? Aquele que vem desde o tempo das cavernas? O que povoou o mundo? Aliás, a nota tem um tom totalitário. Eivada de citações carregadas, como se os que se contrapõem fossem contra o Estado de Direito, a liberdade e a vida, a argumentação é fajuta e vazia. Como sempre. Parabéns pelas suas argumentações consistentes e muito bem colocadas que desconstroem esse crime, essa perversidade, essa total inversão de valores. Um embuste!

Daniel -   27/06/2015 20:31:00

O autor atacou um espantalho criado por ele próprio e não pelo Conselho. Fez uma salada com coisas absolutamente distintas, cujas definições e significados ele demonstra não conhecer. O Conselho, para começo de conversa, não fez nenhuma menção à ideologia de gêneros, mas à igualdade. E nenhuma dessas duas coisas, por si só tão distintas, tem a menor relação com homossexualidade ou orientação sexual.

Ismael de Oliveira Façanha -   27/06/2015 18:27:26

Parabenizo Percival por comentar a TEORIA DE GÊNERO, pois o assunto me escorrega pelos neurônios, tamanhas as contradições da tal "Teoria". Tratam de colocar o homossexualismo no rol da normalidade? Dizem ser essa uma OPÇÃO, algo voluntário mas, aí teríamos um absurdo, porque sempre se viu pela vida que o gay o é por manifestação pervercional das pulsões de libido profundas, de essência genética, incurável como o alcoolismo, que afloram mais cedo ou mais tarde. FREUD, MELANIE KLEIN, ALFRED ADLER, os grandes da psicanálise, sempre afirmaram ser o homossexualismo, a pedofilia, o fetichismo, a necrofilia etc, DESVIOS DO OBJETO SEXUAL NORMAL, PERVERSÕES PORTANTO. A partir daí, as perversões devem ser toleradas sob o ponto de vista dos direitos civis, exceto a NECROFILIA por envolver o crime de vilipêndio de cadáver, e a PEDOFILIA, por motivos óbvios. Essa tolerância, contudo, termina na porta das Igrejas, Protestantes ou Católica.

Genaro Faria -   27/06/2015 17:36:54

A civilização cristã ocidental , chamada de "infiel" pelos fundamentalistas islâmicos, está sendo erodida adrede e insidiosamente por grupos de ativistas que apenas na aparência são desconexos, independentes entre si. Nada disso, eles obedecem a um comando que, aqui em nosso país, responde pelo nome de Foro de São Paulo. Cada grupo cuida de destruir um pilar dos alicerces que a sustentam, até que desabe todo o edifício, uma obra que vinha sendo construída há dois mil anos, e que agora projeta o futuro na franca decadência. A assim denominada ideologia de gêneros dinamita o pilar da família tradicional, base da sociedade cristã, e com isso pavimenta melhor o caminho para a teologia da libertação, sua coligada na rede internacional que tece a trama e urdidura com linha e agulha de confecção ateísta. Que outra civilização resplandeceria para a humanidade, em substituição a esta que surgiu da consciência de que o homem é a imagem e semelhança de Deus? Não é preciso ser um profeta nem adivinho para saber a resposta a essa pergunta. Os países comunistas já responderam a essa indagação. Sem a dignidade que lhe confere a consciência de que é um ser divino, não há como deixar de ser um animal, na melhor das hipóteses, racional. Ora, Hitler, Stalin, Mao não eram irracionais. Nem Robespierre, Marat ou qualquer outro líder revolucionário da história humana. "Mas as paixões cegam nossos olhos/E a luz que a experiência nos dá/É de uma lanterna na popa/Que apenas ilumina as ondas deixamos para trás." (Samuel T. Coleridge, poeta inglês)

paulo de carvalho filho -   27/06/2015 16:56:16

Chegamos em um momento em que é extremamente importante limpar os conselhos e os sindicatos de diversas categorias profissionais, desses psicopatas esquerdistas e suas pretensões absurdas de impor a sua ideologia e idéias aberrantes, que sem dúvida são uma pequeníssima minoria, e que não representam a vontade da grande maioria dos profissionais que são pessoas de bem, normais. É preciso desalojar o mal que se instalou como um câncer dentro das milhares de entidades de classe do país.