• Percival Puggina
  • 01/05/2015
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IRRESPONSÁVEL USINA DE CRISES!

 

 Neste Dia do Trabalhador, a presidente não falará em cadeia nacional, talvez porque haja companheiros seus em cadeia federal. Ou porque suspeitou que a notícia do dia seguinte fosse um formidável panelaço interestadual. Falará, então, às redes sociais. Que tantas redes são essas e como elas se interconectam de modo a gerar uma comunicação de amplo alcance, não entendo. O que importa é o fato: estamos sob uma presidência que não pode aparecer em público, que só se comunica com os seus. E em recinto fechado.

É sobre as razões disso que escrevo. Faz sentido o isolamento. O governo, afinal, jogou o país num jamais visto conjunto de crises.

CRISE MORAL – tem sua face mais visível no assalto à Petrobras e nos esquemas de propina organizados em relação às obras públicas, mas inclui inúmeras práticas reprováveis. Entre outras: a) o assassinato de reputações; b) a utilização de agentes provocadores e militantes violentos para produzir objetivos políticos; c) parcerias traçadas dentro do Foro de São Paulo, que sugerem crime de alta traição; d) uso de fundos públicos para apoiar ditaduras e governos violadores de direitos humanos.

CRISE DE CREDIBILIDADE – determinada pelo destampado emprego da mentira, da mistificação e da falsificação de dados oficiais para fins eleitoreiros, criando na sociedade a ilusão de que tudo ia bem quando tudo já ia irremediavelmente mal. A crise de credibilidade do governo tem reflexo interno e externo de vastas proporções.
CRISE FISCAL – determinada pela insolente e pretensiosa tese segundo a qual o partido governante, pela nobreza de suas intenções sociais, recusa a “lógica neoliberal”, segundo a qual o governo não deve gastar mais do que arrecada. O governo, então, jogou na privada a Lei de Responsabilidade Fiscal. Gastou demais para garantir a reeleição, esbanjou irresponsavelmente, no Brasil e no exterior, e está sem recursos para atender as mais urgentes demandas nacionais.

CRISE DA INTELIGÊNCIA – talvez seja a que mais inibe nosso desenvolvimento. O mundo vai na direção das liberdades econômicas, da criatividade, da liberdade, dos avanços tecnológicos, da valorização do trabalho, do mérito e da qualificação dos recursos humanos. O petismo e seus intelectuais orgânicos se empenham, há décadas, na direção oposta. Dedicam-se a tornar hegemônica uma ideologia do atraso, semelhante à de seus parceiros do Foro de São Paulo, que viola o direito de propriedade, desqualifica o mérito, cria dependências em relação ao poder público, mitifica o Estado e desfavorece a iniciativa privada.

CRISE ECONÔMICA – produzida com sucessivos desarranjos na estrutura do gasto público. Entre os muitos equívocos, se incluem condutas simbolicamente irresponsáveis como as que privilegiaram a “conquista” da Copa do Mundo e dos Jogos Olímpicos. Com consequências ainda mais graves, envolvem os elásticos financiamentos privilegiados, concedidos por compadrio. Tem sido negligente com a infraestrutura nacional, criando gargalos até mesmo para o desenvolvimento do agronegócio. Manipulou as tarifas de energia e os preços dos combustíveis como explícitas plataformas eleitorais. Com consequências já medidas na redução dos postos de trabalho e da massa salarial, concedeu incrementos aos salários acima da expansão do PIB e pretendeu “aquecer” o consumo endividando a sociedade e desestimulando a poupança.

CRISE DA GOVERNABILIDADE – Desde a segunda metade da gestão Lula II, o governo, como articulador de políticas de interesse nacional, simplesmente acabou. Os gestores petistas têm usado como base de negócios tudo que podem submeter à sua influência. Põe no mesmo carrinho, como num supermercado, os órgãos do próprio governo, da administração permanente e do Estado, sem qualquer unicidade e sem estratégias, exceto as de curtíssimo prazo, ligadas à manutenção do poder. Muito antes de a presidente Dilma terceirizar seu governo nas últimas semanas, ele já fora terceirizado, por Lula, a facções políticas dos partidos da base, muitas das quais, só pelo traje, se distinguem das organizações criminosas que operam no submundo nacional.

CRISE DA INCONFORMIDADE - O que mais incomoda toda consciência bem formada e todo cidadão esclarecido é saber que não precisávamos passar por tais dificuldades! A conta do estrago, a conta dessa irresponsável usina de crises, como já era previsto há bom tempo, será paga com desemprego, inflação, carestia, mais impostos, redução da massa salarial e falta de recursos para as atividades essenciais de Educação, Saúde e Segurança Pública. É esta última crise, a da inconformidade, que tem levado o povo brasileiro às ruas.

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* Percival Puggina é membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do sitewww.puggina.org, colunista de Zero Hora e de dezenas de jornais e sites no país, autor de Crônicas contra o totalitarismo;Cuba, a tragédia da utopia e Pombas e Gaviões, integrante do grupo Pensar+.


 


luiz parussolo -   03/05/2015 21:31:14

Diferente do assunto em pauta, mas o mesmo assunto. A tradição dos invasores portugueses é mantida com forma, governo e conhecimento, como o próprio Portugal, até aos dias de hoje. Mui especialmente os ensinamentos do glorioso Marquês de Pombal no que tange a refazer as perdas do erário por socorro às oligarquias; os fracassos comuns das administrações; as incorporações de dinheiro e bens público chamados aqui de corrupção; as explorações clandestinas e pilhagens das riquezas dos países sem autonomia, competência e soberania em seu grande território, como o Brasil, por exemplo etc.. Marquês de Pombal - Marquês por afinidade devido ter usado a família alheia casando-se com a descendente muito mais velha, dando o bote e depois abandonando-a em um convento - sabendo que quase toda produção das riquezas em garimpos nas Colônias, principalmente na Terra de Vera Cruz, eram comercializadas com França e Inglaterra, as quais dominavam o mercado local, e todas as vendas às colônias pertencentes à Corte eram monopolizadas pelas duas potências imperialistas, inclusive produzindo dentro de Portugal, até seu único produto tradicional que alguém ensinou produzir, o vinho do Porto, estando como sempre o país pelado e sem ouro e diamantes em suas reservas procurou as autoridades imperialistas francesas e inglesas tentando coibir o livre comércio unilateral promulgado pelas duas. Estas que promoveram as navegações e contrataram os conhecimentos náuticos de Gênova, Florença e Veneza, e bancaram o dinheiro e armas e planejadamente sem ter retorno dos recursos aplicados nem deram ouvidos ao pseudo competente Marquês. Foi então, que o psicopata mandatário do Rei vendo os ricos depósitos das comunidades Jesuítas na Corte conquistados devido às grandes e únicas produções agropecuárias através das Reduções formadas com nativos, instruídos e integrados, formando um império produtivo em cooperação e interação, exportando para a Europa e países vizinhos, não deu outra, lançou mãos dos riquíssimos depósitos das reduções e expulsou os Jesuítas de Portugal e das Colônias e deu cidadania aos nativos que sobraram por proteção daqueles para que os brancos acabassem de exterminar, acabando por consequência comprometendo todas as Colônias, muitas abandonadas, mas fez fundos para os nobres portugueses apossarem-se e equilibrar as finanças parcialmente. Método econômico incorporado às administrações e às oligarquias daqui, é lógico. Quem forma fundos seja público ou privado, logicamente, forma para a unidade constituída e dominante, desde Pombal, e essa é razão e tradição irrevogáveis. Rico sabe disso e desaparece com os dele e toma os públicos e os privados naquilo que alcança, vindo o poder público compartilhar nos fundos privados, ficando o erário e os trabalhadores como responsáveis, hospedeiros e cavalos responsáveis pelas formações juntamente com parte dos empreendedores sem linhagem, principalmente, vindo estes constituírem as reservas de contingência e de socorro de capital de giro e investimento sem retorno daqueles e também todo o suporte burocrático, tecnocrático, político, jurídico etc. do império capitalista, econômico, patrimonial e político dominante e dos poderes constituídos. Conceito econômico e político Marquês de Pombal. Espécies diferentes - também não sei por que do atrevimento - quiseram transformar nossas origens e tradições, os alemães por exemplo que ocuparam o Paraguai, e a Inglaterra, previdente, mandou o Brasil convencer a Argentina e o Uruguai que juntos e em aliança foram até ao território deles e exterminaram quase todo mundo, com suporte do dinheiro, da tecnologia, do conhecimento e das armas dos saxões. Graças aos saxões conseguiram extirpar definitivamente o perigo iminente inimigo. Também outras espécies, porém do nosso território, tentaram fazer um Brasil não brasileiro entre 1964 e 1979 (nossa sorte é que toleraram o economista Delfim Neto que conseguiu jogar em parte terra em seus propósitos, graças a Deus) e construíram coisas nunca vistas nas nossas paragens e que se Deus quiser nunca mais alguém sobrepujará os nossos costumes com princípios subversivos de novo, onde só o parque nacional construído quando devolvido à tradicional formação lusitana e do Marquês, superior à indústria de toda a Europa Meridional e de todos os emergentes asiáticos juntos, inclusive China e Índia. Não contando ainda com a produção agropecuária em sistema capitalista desenvolvimentista, também, de oportunidades, o comércio ativo e a prestação de serviços. Exportações para o mundo inteiro em competitividade e consumo interno. Deus nos livre daquilo outra vez. Até que enfim, tomamos as rédeas do país e a partir de 1985 voltamos a nós mesmos e à nossa gloriosa Colônia, aos poucos e consolidada novamente a partir do Governo Fernando Henrique Cardoso, onde não se precisa pensar e criar quase nada porque isso não cabe a nós e muito menos trabalhar no mundo do criar e desenvolver porque recebemos tudinho pronto e acabado comodamente em nossos poleiros visto retornarem não só os franceses e ingleses, mas também suas criações, como os EUA, toda a Europa desenvolvida, Japão, Israel etc. para fazer tudo o que sempre foi feito e tentaram destruir, para que podemos continuar importantes social e patrimonialmente, nobres lusitanos derivados sem sacrifício algum. Tiram aqui o que acham livremente, tudo in natura, levam, em parte sem passar pelas alfândegas e outras sendo encaminhadas, transformam criam e desenvolvem tecnologias, insumos, produtos diversos e mandam um pouco de volta para nossas necessidades e outras exportam a outros países e consomem também; mantém montadoras aqui e mandam os kits acabados; comercializam e produzem também aqui dentro e operam quase totalmente os serviços e devem ser chamados para explorar e comercializar o restante do petróleo que está com a Petrobras, assim como o Banco do Brasil, a CEF e a Cia. de Resseguro, talvez até o INSS. Do mesmo modo que na Colônia antiga para atender o baixo poder aquisitivo de 180 milhões de nós = eu sou um dos felizardos - sucateiam, adulteram, sonegam, não pagam os financiamentos oficiais com seus próprios recursos etc.para atender solidariamente nossas necessidade. Também e em obediência às nossas oligarquias dominantes, não permitem que a gente seja sacrificado com estudos profundos e metafísicos perdendo a nossa originalidade histórica. Emprestam a juros mais elevados que para o mundo inteiro, no entanto não exigem pagamentos em retribuição ao uso, gozo e fruição de tudo que é nosso em superioridade, inclusive o potencial humano analfabeto funcional que seria ocioso sem as suas presenças e também impondo ensino obrigatório em todas as escolas, inclusive nas universidades, só de filosofia, sociologia e economia do neoliberalismo e do socialismo e asseguram o ensinando nas escolas e em universidades para que não sejamos contaminados com um modelo político, social e econômico próprio, consolidando definitivamente por um ou por outro o comunismo que atende a nov ordem mundial, como também reforçam nossas tendências inatas preservando que a linguagem e as teorias e os conceitos abstratos são produtoras e criadoras materiais e concretas de tudo que existe, como o mundo foi criado por Deus, e só burocratas, tecnocratas, economistas, sociólogos, advogados, juízes, procuradores, promotores, delegados, corretores, picaretas, professores da linguagem, capitalistas espertos, magnatas são profetas indutores do conhecimento real e concreto transferíveis àqueles que formatam e criam para os sentidos externos, por transporte espiritual em transe, e só através desses o país poderá ser grande e independente. E falando em Marquês de Pombal, os fundos criados pelas camadas intermediárias da pirâmide sabe-se também pertencer ao poder público, às elites e `às atividades conglomeradas, exceto as disponibilidades não fruídas por aqueles.. Ainda falta revogar as deformações estruturais feitas através de normas trabalhistas e alguns tratados vis internacionais e os tais direitos individuais da Constituição Federal, estes outro equívoco compulsivo, nada tendo com nossas tradições vindas das origens, e profeticamente foi elaborado projeto de terceirização estando engavetado há anos e, por felicidade, um profeta evangélico, filho do deus, vivo, enviado por ele, acredito, assumiu a Presidência da Câmara dos Deputados e promete sacramentar neste relevante anseio nacional a regressão necessária às origens coloniais.. Por isso, salvo uns 4% da população integral e uns 0,008 de escolhidos, na maioria fora de nosso território que acabaram subvertidos, formamos um país de gericos e geringonças, graças a Deus, e sem sofrer o conhecimento e o trabalho concreto e real, bem como o sofrimento do conhecimento pleno, em todos os três poderes e instituições e esferas e nas atividades destacadas, cultas e nobres e amadas entre nós onde sempre estamos plenamente aptos a gerar nossos recursos e bem-estar sobre os poucos que constroem bens e direitos, também de forma equivalente em maciça maioria, sempre formando através deles nossos patrimônios e saciando nosso utilitarismo e nossa voracidade material, psíquica e sensual em nossas experiências materialistas fisiológicas, utilitaristas, positivistas e ecléticas, de origem sofista trazidas de nossos berços genéticos milenares. O Brasil nestes 20 anos, ao pé da letra, foi transformado em uma prostituta remunerada com suas cafetinas e seus leões de chácara disponibilizada somente às grandes nações e os dogmatismos e pragmatismos empíricos banais sendo injetados em um povo excluído do conhecimento, da criação científica e técnica e até da formação de seus descendentes.

Gustavo Pereira dos Santos -   02/05/2015 22:25:35

Dr. Percival, nenhum brasileiro não petista discorda do péssimo currículo do pior governo dos mais de 120 anos da República. Acho que esse governo terminará antes de dezembro de 2018. É um caminho sem volta. A atual discussão é como e quando. Não acredito na 1ª opção: a renúncia da ANTA, haja vista o inferno causado pelo PMDB. Creio que vingará o inevitável impeachment em janeiro ou fevereiro de 2017. Neste caso, like Collor, é possível a renúncia da ANTA em dezembro de 2016. Um abraço, Gustavo.

Sérgio Alcântara, Canguçu RS -   02/05/2015 13:48:03

Concordo com o senhor Robson Nunes da Silva quanto ao sucesso da investida cultural gramsciana. De fato, não apenas as instâncias do poder do Estado estão impregnadas desta ideologia, mas também a sociedade civil como um todo, em suas diversas instituições, aprendeu a acreditar nessas "verdades", ardilosamente disseminadas. Por outro lado, ficou também demonstrado que tais ideias foram instaladas na mentalidade coletiva de maneira mais superficial que imaginávamos e que os mentores do marxismo-gramscismo gostariam. Não só as gigantescas manifestações de rua mas, principalmente, o surgimento de tantas jovens lideranças, dispostas a contrapor o que muitos achavam que era inquestionável e invencível, me deram uma injeção de ânimo em relação a um possível futuro político de nossa nação. Portanto, é possível sim sairmos deste fosso ideológico em que fomos jogados, é bom que se diga, com a colaboração de quem deveria e poderia nos defender. Mas isto é assunto para outra oportunidade.

Data Venia -   02/05/2015 06:20:30

Vejam a importância que ganhou a MARCHA PELA LIBERDADE do Movimento Brasil Livre. APÓS REUNIÃO, CUNHA SINALIZA ACEITAR PEDIDO DE IMPEACHMENT O Planalto acendeu a luz amarela após reunião de última hora entre o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, e líderes aliados, na noite desta segunda. Deputados saíram com a certeza que o impeachment de Dilma não está sepultado, como Cunha tem dito à imprensa. Nenhuma decisão sobre o assunto deve ser tomada antes de 27 de maio, quando é esperada marcha contra Dilma em Brasília. Depois de Eduardo Cunha, os “aliados” se reuniram com a oposição. E Carlos Sampaio (PSDB-SP) deve aumentar a pressão sobre Cunha. A oposição já chama de “Marcha dos 100 mil” a caminhada entre São Paulo e Brasília de defensores do impeachment. http://www.diariodopoder.com.br/noticia.php?i=30921424788 ATENÇÃO HABITANTES DAS CIDADES PRÓXIMAS A BRASÍLIA: o grande protesto vai acontecer no dia 27 de maio, quando os participantes da MARCHA PELA LIBERDADE chegarem à capital federal. Reúnam os amigos e familiares, aluguem uma van, e ajudem o Movimento Brasil Livre a gritar mais forte “Fora Dilma, Fora Lula, Fora PT”. Peçam informações no site do MBL sobre o local de concentração. Se você mora em cidades distantes, seria mais econômico alugar um ônibus de turismo. Neste caso, obviamente, torna-se necessário formar um grupo maior (30 ou 40 pessoas). Quem tiver tempo e grana, ajude. A manifestação de 27 de maio é DECISIVA! Vamos colocar mais de 100 mil pessoas em Brasília. Além de gente vinda dos quatro cantos do Brasil, tenho certeza que os brasilienses que participaram dos protestos de 15/3 e 12/4 estarão nas ruas outra vez! DIVULGUEM COMO NUNCA NAS REDES SOCIAIS. Acompanhe o Diário da Marcha: http://reaconaria.org/reacablog/

Robson Nunes Da Silva -   02/05/2015 00:59:32

Penso, ao analisar a atual conjuntura, que não há mais jeito. A guerra cultural parece bem sucedida e bem adiantada em todas as suas estratégias. É bem verdade que a Polícia Federal ainda age e o MPF também, mas os inimigos do povo não estão quietos. Eles também agem, aparelhando o Estado onde for preciso para que continuem a se manter no poder e, o pior, neutralizar a ação dos investigadores. Só mesmo a força das ruas, numa espécie de "intervenção popular", poderia mudar esse estado de coisas e seria otimismo em dose exagerada esperar que as pessoas aderissem a uma greve geral e fossem para Brasília (aquele Olimpo inatingível, como bem disse o Prof. Olavo de Carvalho), exigindo a renúncia da Presidente e seu vice e também a dissolução do Congresso com novas eleições gerais acompanhadas de perto por observadores e pela imprensa internacionais. É óbvio que isto NUNCA vai acontecer. Vale ressaltar: dos militares não se pode esperar nada. Eles estão divididos. De cinquenta anos para cá, muita coisa mudou, inclusive as cabeças de muitos generais e oficiais de alta patente. Muitos deles simpatizam com o os ideais de Gramsci, ainda que não tenham consciência disso. Os únicos militares que aqui e acolá se pronunciam são os que já estão na reserva e não têm mais poder algum de influência. Portanto, daqui em diante, salve-se quem puder...

Sérgio Alcântara, Canguçu RS -   01/05/2015 17:59:51

Esta greve, pra lá de suspeita, dos professores dos estados do Paraná e de São Paulo faz jus ao que nosso mestre Puggina bem identifica como CRISE MORAL. Como podem, cidadãos e cidadãs que deveriam portar-se como verdadeiros agentes do Estado Democrático de direito e, portanto, dar exemplo de civilidade e democracia, fazer uso de paus e pedras para tentar avançar sobre um cerco policial? Será mera coincidência o fato de que quem está nos respectivos governos são "eles" e não "nós"? Parece que tais manifestações pouco ou nada tem a ver com a justa reivindicação por melhores salários e demais direitos do magistério daquelas jurisdições. O que realmente está importando aí, é demonstrar ao público em geral que a direita só sabe bater nos "trabalhadores" e nos "educadores" da nação e que, portanto, o povo está enganado quando vai para a rua gritar "Fora Dilma!", Fora Lula" e "Fora PT!".

Ricardo Moriya Soares -   01/05/2015 14:42:56

Mestre Puggina, parabéns por mais um ótimo artigo! Dentre todas as CRISES acima mencionadas, uma em especial me salta aos olhos, a bem detalhada CRISE DE INTELIGÊNCIA. Eu particularmente acredito que o típico brasileiro de classe média, que consegue ler e até interpretar textos mais complexos, padece de um mal crônico chamado 'Statolatritis Agudis' - ou seja, é viciado em Estado Babá! Gostaria de um dia poder empreender uma pesquisa definitiva para melhor compreender este fenômeno; tudo bem que já sabemos de antemão as razões para tal comportamento: décadas de doutrinação ideológica. Porém, quero ir mais fundo e estudar quais 'razões' levam um indivíduo inteligente e bem nutrido a continuar com tal dependência psíquica (estatolatria é sim uma forma de dependência psíquica, que assim como por exemplo a jogatina, produz algum tipo de reação química cerebral que leva à total dependência!). O bombardeio ideológico é tão intenso que até mesmo milhares de pessoas que se identificam como liberais-conservadores se veem defendendo algum tipo de intervenção estatal na economia, na saúde, na educação, e até na manutenção das relações familiares tradicionais. O caso mais gritante de esquizofrenia ideológica foi o ataque sofrido recentemente pelo blogueiro Rodrigo Constantino (não estou defendendo ninguém, apenas relatando fatos já consumados!), que sendo liberal assumido (mas não tanto conservador!) apoiou o Projeto de Terceirização, mesmo ele estando já bem deformado pelo PSDB, pois logicamente criaria mais empregos e seria uma alternativa mais viável para que empresas não mais fechassem por causa de absurdas reclamações trabalhistas - o projeto em si não resolve o problema da existência de um paquiderme chamado CLT, que precisa sim ser extinto de vez para que finalmente adentremos o Século 21! Bom, não resolve mais alivia o sofrimento! E o mais bizarro de toda essa controvérsia foi a origem dos ataques; todos eles vieram de leitores habituais de seu blog - e todos eles liberais de carteirinha! Não é estranho? Que liberal defenderia algo monstruosamente arcaico e asqueroso como a Justiça do Trabalho? Naturalmente os reclamantes a defenderiam, os advogados em geral, os servidores da mesma, os juízes trabalhistas... e só! Porque então estariam auto-proclamados liberais defendendo o indefensável? A resposta é bem simples: todo o cidadão nascido depois de 1950 acha perfeitamente natural coexistir com um 'BUG' na Justiça Brasileira, que apesar de ser notadamente inconstitucional, pois privilegia um grupo em detrimento a um outro, está regulamentado na CF de 1988 - em suma, é legal! Se o brasileiro alfabetizado, com boa renda e capacidade de leitura, é incapaz de perceber tamanha contradição, o que podemos esperar de um amanhã sem o PT, sem o PCdoB, sem o PSOL, ou mesmo qualquer partido comprometido com o Foro de são Paulo? Podemos esperar mais do mesmo... teríamos os mesmos e recorrentes problemas com um governo do DEM, do PSDB, do Partido NOVO, etc. Bom, a esquizofrenia coletiva derivada da dose pesada de doutrinação diária é apenas parte do problema maior; por isso gostaria de mais profundamente esse comportamento auto-destrutivo e nada inteligente do grupo populacional acima citado... esse fenômeno merece mais discussões.

Odilon Rocha -   01/05/2015 14:03:35

Caro Professor Usina, sim, e atômica!, prestes a explodir. Tudo pelo 4I: Irresponsabilidade, Incúria, Imprevidência e Incompetência. Incrível essa da 'noviça rebelde' sumir e não dar as caras. Creio que seja caso único no mundo. Como o volume de ilícitos! Só falta o Guiness Book nos incluir. Pode ser que, por despeito, queiram parecer-se com a Suíça; país onde poucos sabem quem é o presidente. Mas sabem que tem. Temos presidente, Professor?

Genaro Faria -   01/05/2015 03:38:31

"A conta do estrago, a conta dessa irresponsável usina de crises, como já era previsto há bom tempo, será paga com desemprego, inflação, carestia, mais impostos, redução da massa salarial e falta de recursos para as atividades essenciais de Educação, Saúde e Segurança Pública." Seja esta a fatura a ser lançada para nós pagarmos e estará de bom tamanho, professor Puggina. Aliás, ela já chegou ao nosso bolso para pagamento em prestações diárias sujeitas a aumento progressivo, mas suave, para não assustar o freguês.. Mas, infelizmente, nós estamos longe de nos garantirmos contra o mal maior, que é o de perder os direitos e garantias individuais do cidadão, na dicção do legislador constituinte.