• Percival Puggina
  • 19/11/2023
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Infiltrados!

 

Percival Puggina

         Rejeito os brasileiros que desprezam seu país. Talvez esse sentimento avulte em mim por ser conservador ou por ter bebido água limpa nas fontes em que me abasteci, ou ainda por ter convivido sempre com pessoas que amam o Brasil e não pisoteiam nem queimam nossa bandeira. O identitarismo sempre me pareceu vigarice ideológica pensada para dividir a sociedade num fracionamento que consome a nação. Por igual motivo, sou contra os separatismos. Sobre eles, certa ocasião, ouvi de meu mestre, o constitucionalista Prof. César Saldanha Souza Júnior: “É só o que falta para essa geração infiel: acabar com o Brasil.”

Não obstante, vejo atividades corrosivas sendo conduzidas no mar da Cultura, aquele onde navega ou perde o navio da Política segundo a imagem de Olavo de Carvalho.  

Assim como o Hamas se infiltrou nas comunidades palestinas e nela se desenvolveu como um câncer terrorista, assim também os agentes da guerra cultural se infiltraram organicamente na sociedade brasileira. Controlam os meios culturais cujo declínio é evidente. Meus anos de vida me coagiram a testemunhar o consequente suplício da bondade, da beleza, da justiça e da verdade. Vi número crescente de brasileiros se tornar vítima passiva de uma intolerante guerra movida contra seus princípios e seus valores, mutilando sua esperança. Assisti muitos atos acadêmicos de formatura e o que vejo é cada vez mais desolador.

A ignorância produzida, infiltrada nos espaços que deveriam difundir o conhecimento, derruba as projeções do crescimento econômico. A maior riqueza de um país é seu povo, como nos ensinam os coreanos do sul. Em 1980, o PIB per capita da Coreia do Sul era igual ao do Brasil; passadas quatro décadas, esse valor é 3,5 vezes superior ao nosso. E a Coreia não achou petróleo, nem ouro, nem descobriu novas fronteiras agrícolas. Os coreanos usaram a Educação para o bem dos coreanos e o país enriqueceu!

Estas considerações que já se alongam me veem do vaidoso anúncio feito pela ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, falando ao jornal Metrópoles: “Estamos muito confiantes de que é um ministério que veio para ficar. Tanto que a gente fala que o nosso ministério é considerado o ministério internacional por toda a amplitude e por todo esse trabalho que os povos indígenas fazem, não só para nós, mas para o Brasil e para o mundo”.

Segundo ela, seu ministério trabalha com organizações não governamentais (ONGs), tem audiências com embaixadas, cumpre missões internacionais. Tal movimentação levou o senador Márcio Bittar, relator da CPI das ONGs, a apresentar requerimento para ouvi-la sobre lobby que teria feito para atrair pressões externas sobre a questão do marco temporal.

Surge então a interrogação: e se o empenho para revogação do marco temporal for uma ação infiltrada, induzida, a serviço da internacionalização da Amazônia, tão desejada por diversos governos e organizações ambientalistas? Um ministério como o dos povos indígenas deveria ter entre suas prioridades a Amazônia Brasileira sob absoluta soberania nacional.

Percival Puggina (78) é arquiteto, empresário, escritor, titular do site Liberais e Conservadores (www.puggina.org), colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+. Membro da Academia Rio-Grandense de Letras.

 


Paulo Antônio Tïetê da Silva -   22/11/2023 17:10:32

Ela é cacique, de alguma tribo? Está sempre portandoum cocar exlusivo de chefe de tribo. É como se o ministro do trabalho só aparecesse em público, vestindo macacão; o da educação, portando um capelo de formatura; o da justiça, uma toga. O das forças armadas, vestindo uma farda da aeronáutica, do exercito e da marinha, a cada dia. Só kkkkkk

roger santos araujo -   20/11/2023 21:15:18

Enquanto deixarem a educação, portanto, as escolas nas mãos de comunistas, apenas veremos a decadência de inteligência e econômica tomar conta do país.

marisa van de putte -   20/11/2023 13:52:33

Afinal, o que sao as ONGs? Quem as financia? Em 2016 havia no Brasil 237 mil fundacoes privadas e associacoes sem fim lucraticos. Quem as financia? Sabemos que se mantem de doacoes, mas" pera ai," nao existe no Brasil uma cultura de doacao significante, entao de onde vem o financiamento? No Brasil elas foram criadas por FHC, foi ele tambem que plantou a semente e criou o Frankstein. Desculpem, mas assusta pensar nesse "quebra-cabeca."

DANÚBIO EDON FRANCO -   20/11/2023 11:22:58

A interrogação que suscitas tem toda a procedência. Só não vê quem não quer: a Amazônia está na mira dos países europeus. Já disseram que a Amazônia não pertence ao Brasil, mas ao mundo, que é internacional, ou seja, é todos e de ninguém. Infelizmente, por ignorância, ingenuidade ou má intenção gente nossa se presta a isso. Agora, o que impressiona são as declarações da dona Sônia Guajajara. Que ministério atuante, hem! Nesse ritmo as coisas só podem piorar. Vamos continuar denunciando, alguém há de ver e ouvir. Meus cumprimentos pelo trabalho que fazes!

Dagoberto L Godoy -   20/11/2023 10:22:50

O internacionalismo é princípio da estratégia comunista.

Eloy Severo -   20/11/2023 09:55:17

SÓ VERDADES.

Odilon Rocha -   20/11/2023 09:20:32

Caro Professor, bom dia! Não há o comentar sobre verdade insofismável . Assino embaixo.

ADEMIR BISOTTO -   20/11/2023 09:02:17

SEMPRE PERFEITO. PARABÉNS E GRATO POR SER NOSSA VOZ, POR TANTOS ANOS.

Gerson Carvalho Novaes -   20/11/2023 08:46:02

Em minha busca incessante pela verdade através do pensamento descobri que os espíritos que me aborreceram a vida inteira agora governam o meu país…

José Luiz -   20/11/2023 08:27:54

De fato e uma situação muito preocupante, e estão num estágio avançado de infiltração em vários setores da sociedade. Como temos visto na maioria das universidades do país, essa infiltração já vem de longa data, e muitas vezes com violência. A probabilidade de chegarmos a extremos, uma guerra civil por exemplo, existe.

Menelau Santos -   20/11/2023 08:00:30

Prezado Professor, o Sr. tocou num ponto muito importante que observo há anos. Quando um médico comete algum erro deliberado ou sua conduta é repulsiva dizemos que o CRM deve puni-lo. Taxamos de mau médico, mas nunca atacamos A MEDICINA, nunca dizemos que medicina é podre, que ela não presta, ou coisas do tipo. Eu não sei o que acontece com o Brasil, muitos atacam o país em vez que condenar os maus brasileiros que o desonram. A história da Igreja Católica é muito parecida. Muitos a atacam por causa do comportamento e conduta de alguns de seus membros, e esquecem seu méritos.

Marcus Borelli -   19/11/2023 15:11:03

Mestre Puggina num país onde 1/3 da população é analfabeta funcional, onde 10 milhões são analfabetos plenos e o QI médio é de 83 não podemos esperar que daí saia alguma coisa positiva mas desistir não é uma opção, pelo menos para mim nos meus 63 anos. Mesmo que sejamos poucos a luta vale a pena pois o Brasil tem muito potencial basta que os bons brasileiros não fiquem de braços cruzados.