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  • 05/04/2009
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Grupo de Dilma planejava sequestrar Delfim em 1969

O grupo guerrilheiro do qual fazia parte Dilma Rousseff tramou o sequestro de Delfim Netto. Ocorreria em dezembro de 1969, num s?o assentado no interior de S?Paulo. Deve-se a informa? ?ep?r Fernanda Odilla, da Folha. Ela ouviu o depoimento de Antonio Roberto Espinosa, 63 anos, doutorando em Rela?s Internacionais na USP. Espinosa revelou um segredo que, segundo disse, sonegara aos torturadores da ditadura: foi o coordenador do plano de sequestro de Delfim. Era, ?poca, militante da VPR (Vanguarda Popular Revolucion?a) e da VAR-Palmares (Vanguarda Armada Revolucion?a Palmares). Um companheiro de armas de Dilma Rousseff, ent?uma brasileira clandestina. Que escondia a identidade sob cinco codinomes: Lu?, Estella, Wanda, Marina e Patr?a. Segundo Espinosa, cinco pessoas estavam informdas sobre o plano de levar Delfim ao cativeiro. Ele pr?o, Dilma e outros tr?dirigentes da guerrilha. Delfim seria um trof?vistoso. Era ministro da Fazenda. O civil mais poderoso do regime dos militares. Em 1969, ano do quase-sequestro, Delfim entregou aos generais um ?ice de crescimento econ?o not?l: 9,5%. Desfrutava de visibilidade inaudita. Ouvida, a ex-guerrilheira Dilma, agora ?voltas com as atribula?s de ministra e de candidata, negou Espinosa. Dilma declarou que n?se lembrava do plano de sequestro de Delfim. Disse duvidar “que algu?se lembre”. Informada sobre o depoimento que Espinosa dera ?ep?r, a ministra afirmou que o ex-companheiro “fantasiou”. Em seguida, Dilma encareceu ?ep?r que registrasse sua “negativa perempt?”. De resto, disse que sua cabe?mudou. Al?das palavras de Espinosa, a reportagem obteve uma evid?ia documental –um mapa do local em que Delfim seria capturado. Traz o nome –“Gramad?—e a localiza? do s?o, pr?o ?cidades de Itu e Jundia?Pertencia a Mario Nicoli, cunhado e amigo de Delfim. O mapa foi recolhido por agentes da repress?em batida num “aparelho” utilizado pelo grupo de Dilma, em Lins de Vasconcelos, no Rio. O im? varejado pela pol?a –uma casa de dois andares— era coabitado tr?integrantes da guerrilha. Entre eles Espinosa. Recolheram-se, al?de pap?, armas, muni? e explosivos. Quanto ao mapa, Espinosa acha que ?e sua lavra: T?amos o endere? sab?os tudo. Era um local em que ele [Delfim] ia sem seguran?porque imaginava que ningu?soubesse. Enviou-se uma c? do mapa para Delfim. O ex-ministro confirmou que era frequentador de s?o na regi?indicada em vermelho na folha de papel. Delfim disse que recebera recomenda?s do regime para redobrar o cuidado com a seguran? Mas desconhecia o plano de sequestro que se armara contra ele. Um plano que s?o foi adiante, segundo a vers?de Espinosa, porque seus idealizadores desceram ao calabou?antes. O pr?o Espinosa, que se autoatribui a coordena? da a?, foi em cana no dia 21 de novembro de 1969. 1uela altura, conta ele, a conclus?do plano de sequestro “ainda levaria 15 ou 20 dias”. “Aconteceria por volta de dezembro. O comando nacional sabia, n?houve nenhum veto [...]. Havia uma prepara? militar que n?estava conclu?. Decorridos quase 40 anos, Delfim e Dilma, unidos pelos sortil?os do destino, compartilham os ouvidos de Lula. O ex-czar econ?o da ditadura ?gora um dos mais ass?os conselheiros do presidente. ?tamb?um entusiasta da candidatura presidencial de Dilma. Num presente assim, t?amistoso, a hist? acaba mesmo virando mero viaduto a ligar os vest?os esmaecidos do real aos ind?os vivos da conveni?ia. Escrito por Josias de Souza ?06h02