• Ricardo Bergamini e dados do IBGE
  • 12/02/2009
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Em dezembro, emprego industrial recuou 1,8%

Pesquisa Industrial Mensal de Emprego e Sal?o – Fonte IBGE Base: Dezembro de 2008 Em dezembro, emprego industrial recuou 1,8% Foi a maior queda na compara? com o m?imediatamente anterior (com ajuste sazonal) desde o in?o da s?e, em 2001. Confrontado com dezembro/07, o indicador registrou a primeira taxa negativa (- 1,1%) ap?9 meses consecutivos de expans? Contudo, no acumulado no ano, o resultado ficou positivo (2,1%). Em 2008, o n?o de horas pagas cresceu 1,9%, mas recuou tanto na compara? com o m?imediatamente anterior (- 1,7%) - s?e ajustada - como tamb?frente a dezembro/07 (- 1,8%, a menor taxa em cinco anos). A folha de pagamento real fechou o ano de 2008 com ganho de 6,0%, mas recuou 0,7% no confronto com novembro/08 (s?e ajustada), assinalando, na compara? com dezembro/07, a 36a alta (4,1%) consecutiva. PESSOAL OCUPADO ASSALARIADO Em dezembro de 2008, na s?e livre de influ?ias sazonais, o emprego na ind?ia recuou 1,8% em rela? a novembro, maior retra? observada na s?e hist?a com in?o em 2001. Esse resultado foi o terceiro negativo consecutivo, per?o em que acumulou perda de 2,5%. Com isso, o ?ice de m?a m? trimestral em dezembro (-0,8%) acentuou o ritmo de queda frente ao m?anterior (-0,2%). No confronto com dezembro de 2007, o pessoal ocupado registrou a primeira taxa negativa (-1,1%), interrompendo uma sequ?ia de 29 meses de crescimento, com o menor resultado desde janeiro de 2004 (-1,2%). O indicador para o fechamento do ano ficou em 2,1%, abaixo do resultado acumulado at?etembro (2,7%), antes da altera? no cen?o econ?o mundial. Na an?se trimestral, o quarto trimestre de 2008 registrou varia? positiva de 0,3% frente a igual per?o de 2007, mas na compara? com o trimestre imediatamente anterior - s?e ajustada sazonalmente - recuou 1,1%, interrompendo uma s?e de dez trimestres de expans?nessa compara?. No indicador mensal, o contingente de trabalhadores foi 1,1% menor do que em dezembro de 2007, com redu? em onze dos quatorze locais e em nove dos dezoito ramos pesquisados. S?Paulo (-0,8%), Santa Catarina (-3,2%), Paran?-3,1%) e regi?Nordeste (-2,0%) exerceram as press?negativas mais significativas no total do pa? Nesses Estados, os segmentos que mais contribu?m para a redu? do emprego foram: vestu?o (-11,3% e -14,2% nas ind?ias paulista e catarinense, respectivamente); madeira (-21,0%) na ind?ia paranaense; e t?il (-8,3%) na ind?ia nordestina. Vale destacar que S?Paulo, que responde por aproximadamente 35,0% do emprego industrial, n?mostrava queda nesse indicador desde abril de 2004 (-0,8%). Neste local, os setores de meios de transporte, m?inas e aparelhos eletroeletr?os e de comunica?s e m?inas e equipamentos, que vinham liderando o crescimento nacional at?etembro, apontaram clara redu? no ritmo de expans?frente aos resultados de meses anteriores. Em termos setoriais, no total do pa? os principais destaques negativos na m?a global foram vestu?o (-8,4%), cal?os e artigos de couro (-8,7%) e madeira (-11,9%). Em bases trimestrais, o emprego industrial vem sustentando resultados positivos h?ez trimestres consecutivos, com desacelera? na passagem do terceiro (2,5%) para o quarto trimestre (0,3%), ambas compara?s contra igual per?o do ano anterior. A perda de dinamismo observada entre esses dois per?os atingiu a maioria dos locais (11 dos 14) e dos setores (16 dos 18). No corte setorial, as perdas mais significativas, entre julho-setembro e outubro-dezembro, foram as de m?inas e equipamentos, que passou de 10,9% para 5,8%; produtos qu?cos (de 9,4% para 1,4%), meios de transporte (de 8,7% para 4,1%) e m?inas e aparelhos de comunica?s (de 11,1% para 5,8%). Entre os locais, os destaques foram: S?Paulo (de 3,1% para 0,5%), Minas Gerais (de 6,1% para 3,0%), Paran?de 1,1% para -1,6%) e Rio Grande do Sul (de 3,1% para 0,8%). No ?ice para o fechamento do ano de 2008, o contingente de trabalhadores registrou expans?de 2,1%, praticamente repetindo o resultado de 2007 (2,2%), com destaque para as contribui?s positivas de onze locais e de doze ramos. S?Paulo (3,0%), Minas Gerais (4,2%), regi?Norte e Centro-Oeste (2,6%) e Rio Grande do Sul (2,1%) exerceram as influ?ias mais relevantes sobre a taxa geral. A lideran?na m?a global, em termos setoriais, ficou com m?inas e equipamentos (10,4%), meios de transporte (8,5%), m?inas e aparelhos eletroeletr?os e de comunica?s (10,6%) e alimentos e bebidas (2,3%). Vale destacar que os tr?primeiros setores citados mostraram clara perda de ritmo frente ao acumulado no ano at?etembro, influenciados pela desacelera? que se deu de forma mais acentuada no ?mo trimestre do ano. Em sentido contr?o, cal?os e artigos de couro (-8,7%), vestu?o (-6,1%) e madeira (-8,7%) permaneceram apontando os principais recuos de 2008 e, entre os locais, Santa Catarina (-1,4%), Pernambuco (-0,9%) e Esp?to Santo (-0,4%). N?ERO DE HORAS PAGAS O n?o de horas pagas aos trabalhadores da ind?ia, em dezembro, recuou 1,7% pelo segundo m?consecutivo, no confronto com o m?imediatamente anterior, na s?e livre dos efeitos sazonais. Com isso, o indicador de m?a m? trimestral que, em outubro, interrompeu a trajet? de crescimento presente h?uatro meses e assinalou -0,4% em novembro, intensificou o movimento de queda em dezembro (-1,2%). Ainda na s?e com ajuste sazonal, no confronto com o trimestre imediatamente anterior, o quarto trimestre de 2008 mostrou redu? de 1,7%, ap?umento de 0,9% no per?o anterior. No confronto com igual m?do ano anterior, o n?o de horas pagas recuou 1,8% em dezembro, menor taxa desde dezembro de 2003 (-1,9%). Com isso, o indicador acumulado em 2008 ficou em 1,9%. Na an?se trimestral, os ?mos tr?meses do ano apontaram varia? negativa de 0,2% frente a igual per?o do ano anterior. Na compara? com dezembro de 2007, o n?o de horas pagas caiu 1,8%, com decr?imo em onze dos quatorze locais e onze dos dezoito ramos pesquisados. Em termos setoriais, as principais contribui?s negativas vieram de vestu?o (-8,7%), madeira (-11,5%) e t?il (-7,8%). Em sentido contr?o, minerais n?met?cos (6,2%), refino de petr? e produ? de ?ool (12,3%) e metalurgia b?ca (4,3%) exerceram as press?positivas mais importantes. Vale destacar que os setores de m?inas e aparelhos eletroeletr?os e de comunica?s (-3,0%), meios de transporte (-1,2%) e m?inas e equipamentos (0,7%), que vinham liderando em termos de magnitude de crescimento, mostraram clara desacelera? no n?o de horas pagas frente aos resultados de setembro e outubro. Ainda no indicador mensal, os locais que assinalaram os maiores impactos negativos no resultado nacional foram: S?Paulo (-1,4%), Paran?-3,8%) e regi?Norte e Centro-Oeste (-3,5%). No primeiro, oito segmentos reduziram o n?o de horas pagas, com destaque para borracha e pl?ico (-11,1%) e m?inas e aparelhos eletroeletr?os e de comunica?s (-8,4%). Na ind?ia paranaense, madeira (-23,7%) e vestu?o (-19,4%) exerceram as maiores influ?ias negativas, assim como na regi?Norte e Centro-Oeste (respectivamente, -17,6% e -13,9%). Na an?se trimestral, com a varia? de -0,2% no per?o outubro-dezembro, o n?o de horas pagas interrompeu sequ?ia de onze trimestres consecutivos de taxas positivas. Entre o terceiro (2,5%) e o quarto (-0,2%) trimestre de 2008, ambas compara?s contra igual trimestre do ano anterior, os quatorze locais e dezessete atividades apontaram perdas entre os dois per?os. Entre os setores, os destaques ficaram com m?inas e equipamentos (de 12,3% para 5,4%), meios de transporte (de 9,4% para 2,7%) e m?inas e aparelhos eletroeletr?os e de comunica?s (de 10,3% para 1,2%), enquanto entre os locais sobressa?m Minas Gerais (de 6,8% para 3,0%) e S?Paulo (de 3,2% para 0,0%). O indicador acumulado no ano cresceu 1,9% em 2008, praticamente repetindo o resultado observado em 2007 (1,8%). Onze locais aumentaram o n?o de horas pagas nesta compara?, com destaque para S?Paulo (2,8%), Minas Gerais (4,6%) e regi?Norte e Centro-Oeste (2,5%). No corte setorial, doze segmentos apontaram expans?no n?o de horas pagas, com as seguintes contribui?s mais relevantes: m?inas e equipamentos (11,0%), meios de transporte (8,9%) e m?inas e aparelhos eletroeletr?os e de comunica?s (8,4%). Por outro lado, as press?negativas mais significativas foram exercidas por cal?os e artigos de couro (-9,2%) e vestu?o (-6,1%), entre os ramos, e por Santa Catarina (-0,9%) e Pernambuco (-2,1%), entre as ?as pesquisadas. Em s?ese, a mudan?do quadro macroecon?o a partir de setembro teve impactos negativos sobre a atividade industrial e, consequentemente, sobre o n?o de horas pagas e o emprego. A desacelera? nestes indicadores ficou evidente nas compara?s mensal e trimestrais, com reflexos no fechamento do ano. Outro sinal de menor dinamismo foi observado nas compara?s livres de influ?ias sazonais, onde o emprego e o n?o de horas pagas mostraram, pelo terceiro m?consecutivo, taxas negativas frente ao m?anterior, o que levou a compara? com o trimestre imediatamente anterior a apontar recuos recordes para as duas vari?is (-1,1% no pessoal ocupado e -1,7% no n?o de horas pagas). FOLHA DE PAGAMENTO REAL Em dezembro, o valor da folha de pagamento real dos trabalhadores da ind?ia ajustado sazonalmente recuou 0,7% em rela? ao m?imediatamente anterior, assinalando a terceira taxa negativa consecutiva, acumulando uma perda de 3,6%. Com estes resultados, o indicador de m?a m? trimestral decresceu 1,2% entre novembro e dezembro, ap?irtual estabilidade (-0,1%) no m?anterior. Ainda na s?e com ajuste sazonal, no ?ice trimestre contra trimestre imediatamente anterior, o valor da folha de pagamento real apontou queda de 0,7% no ?mo trimestre do ano, interrompendo dez trimestres consecutivos de taxas positivas. Nos confrontos com iguais per?os do ano anterior, os resultados continuaram positivos: 4,1% no indicador mensal, 4,3% no quarto trimestre e 6,0% no acumulado no ano. O indicador mensal da folha de pagamento real cresceu 4,1%, assinalando a trig?ma terceira taxa positiva consecutiva. Para este resultado contribu?m doze dos quatorze locais pesquisados, cabendo a S?Paulo (6,0%) a maior press?positiva, em fun?, principalmente, de meios de transporte (8,3%), m?inas e equipamentos (8,2%) e produtos de metal (14,4%). Em seguida, vale citar Minas Gerais (4,1%) e Paran?5,4%). Estes locais apresentaram, respectivamente, os principais ganhos salariais em meios de transporte (31,6%) e m?inas e aparelhos eletroeletr?os e de comunica?s (24,9%); e m?inas e equipamentos (15,3%) e alimentos (8,4%). Por outro lado, somente Rio Grande do Sul (-1,1%) registrou perda, por conta, principalmente dos setores de alimentos e bebidas (-12,9%) e cal?os e artigos de couro (-4,3%). Setorialmente, ainda no indicador mensal, o valor da folha de pagamento real aumentou em quinze dos dezoito setores fabris. As maiores influ?ias positivas vieram de meios de transporte (10,5%), m?inas e equipamentos (8,2%), produtos de metal (10,2%) e m?inas e aparelhos eletroeletr?os e de comunica?s (7,1%). Em sentido oposto, as principais retra?s foram verificadas em vestu?o (-14,0%) e madeira (-9,9%). Na an?se trimestral, o valor real da folha de pagamento industrial sustenta taxas positivas h?inte per?os consecutivos, na compara? com igual trimestre do ano anterior, mas desacelera entre o terceiro (7,1%) e o quarto (4,3%) trimestres de 2008. Doze locais e treze ramos reduziram o ritmo de crescimento da folha real entre os dois per?os, com destaque para produtos qu?cos, que passou de 17,8% para 3,5%, meios de transporte (de 12,4% para 7,7%) e metalurgia b?ca (de 15,0% para 8,1%), entre os setores; e Paran?de 10,0% para 6,0%), Minas Gerais (de 11,9% para 8,2%) e S?Paulo (de 8,4% para 4,8%), entre os locais. O indicador acumulado no ano fechou em 6,0%, com incremento da folha de pagamento real em todos os locais pesquisados. Os maiores impactos positivos vieram de S?Paulo (7,0%) e Minas Gerais (9,0%), sobressaindo, respectivamente, os aumentos de meios de transporte (11,2%) e produtos qu?cos (15,1%); e meios de transporte (17,8%) e minerais n?met?cos (19,1%). Em termos setoriais, das treze atividades que registraram expans?na massa salarial, meios de transporte (11,7%), m?inas e equipamentos (8,1%) e produtos de metal (13,0%) exerceram as principais influ?ias. Do lado negativo, as principais press?vieram de cal?os e artigos de couro (-6,1%) e papel e gr?ca (-2,4%). Arquivos oficiais do governo est?dispon?is aos leitores.