• Percival Puggina
  • 04/12/2023
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Em defesa das escolas cívico-militares

 

Percival Puggina

 

         Como era e se esperar, as escolas cívico-militares estão sendo atacadas por várias frentes. Sou inteiramente a favor delas! E não é por serem “cívicas”, nem por serem “militares”. Eu as quero em todo o país, no maior número possível, simplesmente porque funcionam muito melhor do que as outras. E os motivos são óbvios.

A educação brasileira é um fiasco! E uma tragédia social. Entre os 65 países avaliados pelo PISA ficamos na posição 54. E não é diferente no levantamento mais amplo do World Population Review (posição 90º entre 185 países) ou nas análises da OCDE. Nem nas tantas avaliações internas, como as do Ideb, do Enade ou no que se percebe nas provas do ENEM. Ainda temos 10 milhões de analfabetos e quase 30% de analfabetos funcionais com severas dificuldades para entender o que leem ou perante qualquer problema matemático que vá além das quatro operações.

O incrível disso é não se perceber reação dos setores envolvidos na operação do sistema. As reclamações surgem das famílias, de instituições privadas, de algumas ONGs e até dos setores de recursos humanos de corporações empresariais que informam ser o Brasil um dos países onde é mais difícil contratar profissionais qualificados.

Por quê? Pergunte isso a Paulo Freire e aos pedagogos paulofreireanos! No entanto, faça a pergunta ciente de que vão enrolar na resposta porque apresentarão o responsável bem distante, fora da cadeia produtiva da Educação. Será o capitalismo, será o mercado e será o Governo, sempre que o governo não for petista.

O problema, no entanto, é político e ideológico. Ressalvadas as exceções, as salas de aula foram invadidas por professores que não ensinam e estudantes que não estudam. “Passam” de ano mesmo que não tenham aprendido coisa alguma porque o objetivo do sistema é preparar militantes motivados para combater qualquer coisa que não tenha sido canonizada pela esquerda.

Um sistema assim só pode dar às Escolas Cívico-Militares o mesmo tiro na nuca que dão no homeschooling e em qualquer iniciativa que lhe suprima uma vítima sequer.

Em resumo: contra as Escolas Cívico-Militares operam os defensores das Escolas Político-Ideológicas, moldadas pela pedagogia paulofreireana. Essa pedagogia está alinhada com os objetivos políticos, a visão de mundo, o marxismo e as referências políticas que Paulo Freire encontrou entre os grandes ditadores comunistas de seu tempo e é, hoje, abraçada por seus continuadores.

Cabe às comunidades proteger sua juventude dos fazedores de cabeças e promover uma educação que cultive hábitos de estudo e favoreça o desenvolvimento de talentos.

Percival Puggina (78) é arquiteto, empresário, escritor, titular do site Liberais e Conservadores (www.puggina.org), colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+. Membro da Academia Rio-Grandense de Letras.


Menelau Santos -   06/12/2023 09:20:03

Professor Puggina, parabéns! O Sr. sempre em defesa do que é certo e funciona. Até hoje não entendi porque acabaram com as fases do ensino básico. Era tão bom quando vc tinha o primário, o ginásio e o colegial. Te dava uma sensação de conquista. Assim como nos games, aquele conceito de "passei aquela fase". Agora com o "ensino fundamental" dá a impressão que a criança vê os anos se passarem e não saem do lugar.

Decio Antonio Damin -   06/12/2023 08:09:58

O "Curso Normal" foi quem deu, no passado, aos professores a formação necessária para iniciar as crianças nos primeiros anos...Durou até 1971...Deveria ser repensado...mas, quem quer ser professor com o atual tratamento dado a eles...? A alfabetização é a base, e é o mais importante...! A tabuada, as quatro operações, a leitura e a interpretação...! Depois... todos os caminhos estarão abertos...

Pedro Amaro Ramos Machado -   06/12/2023 00:12:33

Muito bom, Dr Puggina. Quando eu ouço determinados jovens falando, faço minhas reminiscências, lembrando de professores maravilhosos que tive em " meu ginásio" e depois, também no meu "científico", hoje, ensino fundamental e médio. Professores como Agapito Prates Paulo, Profª Marina, prof Moisés, nossa Diretora, Luiza Dias Lai, nosso prof Mandarino, nosso inspetor Alceu!sempre atento! Maravilha! Saíamos realmente preparados para qualquer concurso! Minha homenagem e gratidão a todos aqueles grandes MESTRES daquela época! Um abraço cordial a todos.

MARCO ANTONIO GEIB -   05/12/2023 19:45:11

- Mestre, parâmetro maior na formação educacional de uma pessoa (Escola Cívico-Militar) só mesmo os "Colégios Militares" !!! Mas este tipo de estrutura educacional "esbarra na filosofia Gramsciana, que quer dominar as massas através do controle de suas mentes" !!! O Processo destrutivo, moral, judiciário, social e econômico a qual o Brasil está sendo submetido, por este desgoverno,....está as raias de um caminho sem volta, todos os de bom senso estão perplexos!!!

Danubio Edon Franco -   05/12/2023 17:54:47

Plenamente de acordo. Os colégios militares sempre foram reconhecidos como excelentes. Só não os vê assim a esquerda maldita porque lá não conseguem doutrinar os jovens. O que ali se ensina são as disciplinas fundamentais para a formação intelectual e o respeito e o amor `a Pátria sem coloração ideológica. Estes, por certo, guardadas as particularidades, é o ensino que se está ministrando nas escolas cívicas militares e é o que desperta a raiva das esquerda. Veja o que está ocorrendo na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (novamente, tentam afastar o reitor que não se guia pela cartilha esquerdista). Com eles, o que importa é o quanto pior melhor (as empresas estatais que eram superavitárias, já estão acusando déficit no primeiro ano de governo deles). Essa gente semeia miséria para distribuir esmolas e angariar votos que os mantém no poder. Retomando o tema da educação, para a esquerda é uma falácia, é um assunto que não lhes interessa, salvo como retórica. Em vez de qualificar o ensino e possibilitar ao aluno egresso do ensino público igualdade de condições com os egressos do ensino privado, eles criaram as cotas e o resultado está aí, salvo raríssimas exceções, são alunos que não conseguem acompanhar o desenvolvimento do curso superior; muitos nem sabem do que estão falando. E o pior de tudo, se vangloriam disso. E continuam, cotas e mais cotas.

Manoel Luiz Candemil -   05/12/2023 11:27:11

O surgimento de professores, como referido no artigo, não foi ocasional e tem participação política, na qual a esquerda desponta, em especial o PSOL.

Eloy Severo -   05/12/2023 09:50:06

As escolas cívico-militares são excelentes. Tb deveriamos ter mais escolas profissionalizantes.

Sergio Augusto kerber Jardim -   05/12/2023 08:03:25

BURRO BURRO BURRO FAZ O QUE. BAIXA A CABEÇA E PASTA. AI TUDO PT AI TUDO PAULO FREIRE. UM ABRAÇO.

Ricardo Agostinho Nedir Dornelles -   05/12/2023 07:54:16

No Brazuka, tudo é podre! Inclusive as escolinhas desses corajosos"jenerais".

Ricardo Agostinho Nedir Dornelles -   05/12/2023 07:51:11

No Brazuka, tudo é podre!

Sérgio Delgado -   05/12/2023 07:47:52

Triste Puggina. Pior, não vislumbro luz no fim do túnel.