• Percival Puggina
  • 08/09/2015
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"DILMA ADMITE QUE AÇÕES DO PRIMEIRO MANDATO LEVARAM À CRISE"


(O título deste artgo é a Manchete de capa de O Estado de São Paulo, edição de hoje, 8 de setembro)


O jornal cita integralmente trecho da fala presidencial: "As dificuldades e os desafios resultam de um longo período em que o governo entendeu que deveria gastar o que fosse preciso para garantir o emprego e a renda do trabalhador, dar continuidade dos investimentos e dos programas sociais".

 Agora, só falta a cúpula da CNBB e sua assessoria fazerem o mesmo ato de contrição. Quero lembrar, para não parecer implicante, que, dois meses depois de o Santander ter demitido aquela assessora de investimentos que anunciou a crise que estava por vir, a assessoria da CNBB serviu à Conferência um parecer no qual afirmava textualmente o seguinte:

"A sensação de um clima inflacionário espalhado pela mídia, baseando-se sobre os gastos ditos excessivos, sobretudo sociais, visa difundir um temor da volta da inflação, temor que é responsável por uma difusão da inflação. Entretanto, a taxa de inflação de agosto pode ficar mais baixa ou próxima daquela de julho (0.01%), contrariamente às previsões dos analistas do mercado financeiro. A aproximação das eleições acirra a disputa econômico-financeira entre governo e especuladores. A imprensa não está contribuindo para o debate político-econômico, substituindo a informação pela ideologia da crise permanente. A mídia, porta-voz das elites financeiras, informa que o Brasil está indo à falência. As manchetes dos jornais (impresso e TV) não param de denunciar erros na política governamental que teriam provocado ondas de desconfiança."

Os assessores da CNBB que subscreveram esse bestialógico não foram demitidos. E duvido que reconheçam o que Dilma reconheceu em sua manifestação do dia de ontem. A cúpula da CNBB que três dias antes das manifestações do dia 15 de março foi ao Planalto afirmar não haver qualquer indício que pudesse justificar pedido de impeachment da presidente, tampouco mudou de opinião. Ou seja: a CNBB está mais fechada com o governo do que o próprio governo.

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* Percival Puggina (70), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de Zero Hora e de dezenas de jornais e sites no país, autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia e Pombas e Gaviões, integrante do grupo Pensar+.
  


Gustavo Pereira dos Santos -   11/09/2015 00:29:19

Comentário atrasado.. O Brasil perdeu o grau de investimento (S&P). Comunista mente demais da conta.

Genaro Faria -   10/09/2015 17:42:09

Com a cidade sitiada pelos otomanos, os teólogos de Constantinopla discutiam o sexo dos anjos em suas torres de marfim. Teriam sido eles mais patéticos do que nós, que discutimos filigranas jurídicas sobre o impeachment de uma governante que afunda na rejeição de quase a totalidade da população? Seriam eles mais alienados do que nós, que não estranhamos a coincidência entre a Máfia e o PT, cujos membros preferem correr o risco de sofrer as duras penas da lei a denunciar um outro membro da organização, pois o castigo que sua família sofreria pela traição é muito maior do que os benefícios que receberia pela delação premiada? Com os sucessivos rebaixamentos da nota de crédito do Brasil, que acaba de perder o que ainda restava de credibilidade para receber investimentos, com os juros em alta, a produção, o comércio e os serviços em baixa, o desemprego crescente e a violência atingindo níveis de uma guerra civil não declarada, do que mais precisamos para substituir a "democracia" de uma minoria insignificante por uma democracia de fato e de direito, em que a maioria da população é que elege e sustenta os governos? De quantos mais escândalos precisaremos para nos cuidarmos de que vivemos uma crise incontornável e que somente poderá ser resolvida com a saída do PT de onde ele jamais deveria ter entrado? Teriam razão aqueles que clamam por uma nova intervenção militar, porque não acreditam no funcionamento regular de nossas instituições, que dirá num momento de crise como este? Será que este país de dimensões continentais vai se deixar afogar num copo d'água, em vez de abrir os olhos para ver a realidade que nos magoa, nos humilha, nos empobrece moral e fisicamente num país devastado pela corrupção e pela má gestão de uma governante que parece não saber onde fica a ponta do próprio nariz? Ou será que não temos escolha e o melhor que podemos fazer é "dançar um tango argentino"? (Manuel Bandeira) Brasil: decifra-me ou te devoro.

Luiz Felipe Salomão -   09/09/2015 15:15:09

Caro Professor Puggina, É muito importante lembrarmos, inclusive, da OLIGARQUIA DOS BANQUEIROS que se faz impor, extraindo elevadas taxas de juros do desgoverno comunista, o qual as paga, de muito bom grado, com o dinheiro retirado dos bolsos do já massacrado contribuinte brasileiro. Essa foi a boa notícia. A notícia ruim é que essa gente, por vontade própria, não vai parar com esse assalto e que só tende a recrudescer. Saudações.

Carlos Edison Domingues -   09/09/2015 03:17:36

A CNBB referendou não apenas a política econômica do governo petista, mas silenciou frente ao "pacto com o diabo" para que Dilma, pela mentira e a irresponsabilidade, conseguisse vencer a eleição e alcançar o momento desastroso que todos nós estamos sofrendo. Carlos Edison Domingues

Ricardo Moriya Soares -   09/09/2015 00:22:01

Quem são os inimigos declarados do povo brasileiro? 1. O Foro de São Paulo - Movimento Comunista (que não tem fronteiras!), aqui no Brasil encabeçado pelo PT e seus partidos lacaios (PSOL, PCdoB, PSTU, PSB, PV e PCO); 2. A OAB, que se tornou um dos principais motores de suporte do Foro de São Paulo - além de ter participado ativamente na infiltração do judiciário; 3. A Grande Mídia (jornais, redes de televisão, redes sociais, etc.); 4. CNBB - sem comentários, são todos comunistas excomungados! 5. As nefastas celebridades nacionais (escritores, músicos, atores, apresentadores, etc.), que se venderam vergonhosamente - existem algumas exerções à regra! 6. MST, MTST, Sindicatos e UNE - não é surpresa nenhuma, sempre fizeram parte do programa de implementação do comunismo; 7. A metade aparelhada do judiciário; 8. Os velhos e conhecidos políticos corruptos de Centro-Esquerda (encabeçados pelo PMDB!). Todavia nosso maior inimigo é por vezes onipresente, pois é aquele mal que subitamente assola milhões de brasileiros, o mal do comodismo.... o mal de jogar a toalha e dizer que ninguém presta!

Odilon Rocha -   08/09/2015 23:47:24

Caro Professor Rápido: quanto a CNBB está levando nessa parada?

Maria Janel de Jesus -   08/09/2015 22:59:41

Boa noite! Repudio veemente a alguns membros da CNBB (evitando o erro de generalizar) diante de sua omissão em evangelizar a verdadeira doutrina católica. Ao contrário, revestem-se de falsos pastores para desviar o rebanho de Deus, tornando-os massa de manobra para vis interesses! Aí, ai de ti, hipócritas, fariseus e algozes , a quem muito foi dado, muito há de ser cobrado.

Ismael de Oliveira Façanha -   08/09/2015 19:36:31

A sra. presidente não crisma as crianças, pois os srs. bispos deveriam se abster de dar palpites na política.

Carmm Andrade Paulino -   08/09/2015 18:51:41

Sou católica,praticante, consciente das minhas obrigações de cristã, mas não consigo entender como a CNBB ainda está na onda da horda petista... Não dá para entender...Aliás, deste jeito, é melhor ela cuidar do rebanho e deixar de se meter na política...

Genaro Faria -   08/09/2015 18:15:10

Muito bem lembrado, professor Puggina . Se a consultoria do banco espanhol foi punida por não trair a sua clientela, os investidores da CNBB, que supostamente é uma instituição financeira, não tiveram a mesma sorte. O Brasil do PT é mais surrealista do que o bufão Salvador Dali. Como disse Schopenhauer: "a vida imita melhor a arte que a arte imita a vida". O desfile de ontem, com a presidente do PT em carro aberto num corredor polonês fechado por militares e cercado por tapumes de aço, confirma a observação de Nelson Rodrigues: "a ignorância perdeu a modéstia"; e o ridículo assumiu a papel principal desta opereta bufa socialista. Já está passando da hora de o país fazer as pazes com a razão, a religião, a ética e a decência pública. Deixar de ser esse misto de sanatório com casa de tolerância. IMPEACHMENT JÁ!