• Percival Puggina
  • 03/04/2015
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DAVI, GOLIAS E A PÁSCOA

Quem poderia imaginar, há uns poucos anos, algo semelhante ao que está acontecendo no Brasil? Quem poderia antever tanta efervescência política fora dos parlamentos? Quem poderia conceber tantos Davis nas ruas, renegando o que os Golias proclamavam? Pergunto: não parecia irresistível a marcha para a construção de um Brasil socialista, economicamente próspero, socialmente justo, moralmente repaginado e irresistivelmente petista? Seus apoios eram gigantescos na mídia, na esmagadora maioria parlamentar, na CNBB, no movimento sindical. Contavam com a dedicada militância de artistas, celebridades, intelectuais. Funcionava para eles o conjunto das instituições de ensino. De catedráticos a alfabetizadores, quase todos trabalhavam pela mesma causa. Quem poderia imaginar, então, o que está acontecendo?

 Mérito, muito mérito para os poucos que, com o poder da palavra e a força das ideias propagadas nas redes sociais, perceberam onde se travaria o confronto decisivo. E partiram para o confronto no campo da cultura. Nesse terreno, deu a lógica. Quem era Davi virou Golias. E quem era Golias virou Davi. Quero homenagear a esses bravos intelectuais da contra-corrente na pessoa do Olavo de Carvalho que de modo sistemático, desde seu retiro na Virgínia, ensinou e ensina milhares de jovens a pensar, qualificando líderes para o enfrentamento que agora se trava diante de nossos olhos. Os Golias de ontem, acuados pelos espectros das próprias mentiras, mistificações, bazófias e degradação moral, vivem um pesadelo antes mesmo de que a noite sobre eles caia.

 Eu creio em Deus. E sei que é tempo de Pessach, de Páscoa. Nada melhor, para quem tem dedicações cívicas, do que fazer destes dias tão especiais do ano litúrgico tempo de oração pelo bem do Brasil. Feliz Páscoa! É tempo de libertação, Brasil!

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* Percival Puggina (70), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de Zero Hora e de dezenas de jornais e sites no país, autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia e Pombas e Gaviões, integrante do grupo Pensar+.
  


Gustavo Pereira dos Santos -   05/04/2015 06:39:13

Prezado Pedro, Sou carioca casado há 31 anos com uma gaúcha professora estadual. Você me fez lembrar da época que ela usava uma estrelinha e saia com nossas duas filhas por ai pra fazer apologia petista. E eu avisava, isso vai dar merda. Venci, dia 12 de abril estaremos todos vestidos de verde amarelo cantando o hino nacional. E tome panelaço!!! God save Dr. Percival. God save Olavão. Boa Pascoa e abraços, Gustavo.

Pedro -   04/04/2015 02:37:44

Putz e pensar q em 2003 eu era filho d um petista q usava camiseta do che como esse mundo dá voltas, a humanidade ainda tem esperança, quer acabar com a hegemonia dos vermelhos nos sindicatos? Mostre q existem escritórios d advocacia, quer acabar com o MST? Exija escritura da terra para assentados. Pronto. Daí é só exigir o fim do imposto sindical.

paulo de carvalho filho -   04/04/2015 02:30:36

Olavo de Carvalho sempre esteve com a razão! Os petralhas, os comunistas e os esquerdistas de todas as roupagens, devem ser continuamente combatidos, desmascarados e ridicularizados!

Zaqueu -   03/04/2015 20:37:25

Que na páscoa se realize a passagem para a liberdade definitiva, sem medo, e com a segurança de que o socialismo do século XXI está com os dias contados. Queira Deus que essa liberdade se estenda a partir do Brasil para toda a AL comunista concluindo assim a derrocada dessa ideologia. Seja essa a prece de um povo crente na democracia. Nossa bandeira jamais será substituída pela foice e o martelo, jamais será vermelha. Deve -se reconhecer, além da importante influência do filósofo Olavo de Carvalho também o trabalho de batalhadores incansáveis como Reinaldo Azevedo, Augusto Nunes, o blog O ANTAGONISTA , e Percival Puggina que primam por bem informar orientando e desmascarando toda a farsa que é montada pela bandidagem instalada no poder. O Brasil decente agradece penhoradamente a esses baluartes da Imprensa séria existente ainda no Brasil.

Sérgio Alcântara, Canguçu - RS -   03/04/2015 19:11:59

Modestamente, me incluo entre os que resistiram ao implacável bombardeio ideológico, intelectual e moral de irresistíveis "verdades" marxistas, empreendido durante estes anos todos, pelo bem adestrado exército de Gramsci, a partir dos centros acadêmicos, da elite artística e cultural e das redações dos principais jornais, revistas e canais televisivos do país. Sou um dos professores primários que ousaram renegar à "cativante" pedagogia de Paulo Freire, que lhes foi inculcada por seus "comprometidos" mestres e, portanto, negaram-se a violentar intelectual e culturalmente seus alunos e as respectivas famílias. De onde tirei forças para isto, não sei, uma vez que, durante os meus anos de ensino médio e faculdade, tudo (dentro e fora da sala de aula) conspirava para que me tornasse mais um apaixonado pela "redenção" socialista. Conforme venho fazendo ao longo de meus comentários, volto a insistir no papel fundamental que as redes sociais vem desempenhando nesta reaproximação e neste, digamos, revigorar das forças de centro-direita no Brasil. Penso que se dependesse da ação "imparcial" da mídia convencional, talvez jamais cidadãos comuns como eu pudessem tomar conhecimento das revigorantes e instigantes ideias de um Olavo de Carvalho, por exemplo, sem contar a impossibilidade de desfrutar de espaços de formação, opinião, participação direta e ativa como este, proporcionado a partir da inspiração e do ativismo político de nosso mestre Percival Puggina. Feliz Páscoa!

Genaro Faria -   03/04/2015 17:28:30

Prezado Puggina, Ao contrário dos perfumes, que são criados para que sua marca atravesse gerações com sua essência elaborada e testada em inúmeras experiências, e os melhores assim o fazem, é da moda a natureza fugaz de uma juventude que "detesta o passado recente", conforme dito popular italiano. Ela não quer durar. Quer ser lembrada como um happening exclusivo a identificar a geração que a produziu com seu fascínio. E nunca mais voltou. Que graça teria um sujeito de cartola, polainas, fraque, pince-nez e relógio de corrente no bolsinho da casaca descer de um táxi para ir ao teatro? Ou uma mocinha de cabelos encaracolados, roupinha psicodélica, descalça e fumando marijuana olhar vitrinas de um shopping com ar de desdém? Não seria o caso de chamar um enfermeiro para ele e uma policial para ela? Pois o problema dos comunistas é justamente este. Mesmo no Brasil, onde as novidades ainda levam algum tempo para chegar aqui, eles chegaram muito atrasados para a festa. Não tem mais Graciliano Ramos, não tem mais Jorge Amado, não tem mais... ninguém que presta. Ficaram por aí aquele sujeito de fraque e cartola e aquela moça descalça fumando maconha. Vocês, comunistas, contracenam com o ridículo anacrônico de uma forma de arte que não foi feita para durar. Dos salões da sociedade para a gafieira dos morros, vocês agora só têm Lula da Silva e Marilena Chauí para tirar pra dançar.