• Carlos Ilich Santos Azambuja
  • 06/03/2009
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COMISSÏ DE ANISTIA TRABALHA NO CARNAVAL - www.faroldademocracia.org

Os jornais de 28 de fevereiro de 2009 anunciaram que a Comiss?de Anistia indenizou ontem 16 estudantes e funcion?os de Universidades expulsos durante a ditadura militar. As repara?s somam cerca de 2.879 milh? Em 2004, 25 anos depois de aprovada a Anistia, s? atrasados, por conta da Anistia aos presos, banidos e perseguidos pol?cos, as indeniza?s alcan? a cifra de 1,44 bilh?nos 5.540 processos j?provados pela Comiss?de Anistia, que continua trabalhando a todo o vapor. At?o carnaval... O historiador Daniel Aar?Reis Filho da UFF recebeu uma indeniza? de R$ 4 800.391,35 por ter sido expulso da Faculdade de Direito da UFRJ e, banido do pa? perdeu seu cargo no TST. N??erdade. A verdade ?ue, a partir do seq?ro do embaixador dos EUA no Brasil, que deu ?uz o MR8, organiza? ?ual Daniel Aar?Reis pertencia, ele optou por entrar na clandestinidade participando de v?as a?s armadas, entre as quais o roubo de armamento do sentinela do Hospital Central de Aeron?ica, deixando evidentemente de comparecer ?aculdade e ao trabalho no TST. Em 1970, foi preso e banido do pa? para a Arg?a, em troca da liberdade do embaixador da ent?Alemanha Ocidental, seq?rado por um grupo da A? Libertadora Nacional e pela Vanguarda Popular Revolucion?a. Por ocasi?de sua pris? um fato inusitado: foi apreendido entre seus pertences um croquis de um apartamento na rua Souza Lima, no Flamengo, RJ, apartamento onde residia seu tio Almirante de Esquadra Levi Pena Aar?Reis, ent?Chefe do Estado-Maior da Armada. No exterior, em 70/71, recebeu treinamento de guerrilha em Cuba, sob o codinome de “Faustino”. Quando da deposi? de Salvador Allende, no Chile, em setembro de 1973, foram apreendidos com brasileiros detidos, pap? que davam conta de uma viagem sua ?or? do Norte, com um grupo de companheiros. Hoje, Daniel Aar?Reis Filho ?rofessor de Hist? Contempor?a na UFF e autor das seguintes an?ses sobre o movimento em que se envolveu nos anos 60 e 70 do s?lo passado: As esquerdas radicais se lan?am na luta contra a ditadura, n?porque a gente queria uma democracia, mas para instaurar o socialismo no pa?por meio de uma ditadura revolucion?a, como existia na China e em Cuba. Mas, evidentemente, elas falavam em resist?ia, palavra muito mais simp?ca, mobilizadora, aglutinadora. Isso ?m ensinamento que vem dos cl?icos sobre a guerra. (...) Falava-se em cortar cabe?, essas palavras n?eram met?ras. Se as esquerdas tomassem o poder, haveria, provavelmente, a resist?ia das direitas e poderia acontecer um confronto de grandes propor?s no Brasil. Pior, haveria o que h?empre nesses processos e no coroamento deles: fuzilamento e cabe? cortadas” (O Globo, 29 de mar?de 2004). “Assim, antes da radicaliza? da ditadura, em 1968, e antes mesmo de sua pr?a instaura?, em 1964, estava no ar um projeto revolucion?o ofensivo. Os dissidentes se estilha?iam em torno de encaminhamentos concretos (...). Aprisionados por seus mitos, que n?autorizavam recuos, insens?is aos humores e pendores de um povo que autoritariamente julgavam representar, empolgados por um apocalipse que n?existia sen?em suas mentes, julgavam-se numa revolu? que n?vinha, que, afinal, n?veio, e que n?viria mesmo” (artigo “Esse Imprevis?l Passado”, na revista Teoria e Debate” de jul;ago;set de 1995, editada pelo PT).