• Percival Puggina
  • 13/04/2019
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CENTRAL ÚNICA DOS DESEMPREGADOS

 

 Há uma parcela da sociedade brasileira que, tendo emprego, joga politicamente contra quem está desempregado. Na verdade, são militantes da recessão, do endividamento, do calote. Imediatistas, creem que os problemas podem ser permanentemente empurrados com a barriga, como se o ventre tivesse o dom de deslocar, também, o precipício.

 Você jamais os ouviu criticar privilégios. Articulam-se num círculo de proteções recíprocas. Juntam-se nas galerias dos parlamentos e rejeitam quaisquer medidas que visem a corrigir as imensas distorções e injustiças que afetam a vida nacional. Têm fé religiosa no Estado, que veem como o colo protetor, malgrado todas as demonstrações de que ele só cuida bem de si e dos seus.

 A pressão política desses conglomerados de interesses públicos e privados que se nutrem no mamoeiro estatal, são, em uníssono, contra as privatizações, contra a reforma da Previdência, contra qualquer medida que vise a reduzir o peso do Estado e sua influência no sistema de ensino do país. Afinal, é ali que opera o torno onde se esculpem os conceitos e se conquistam corações e mentes.

 Muitos aspectos de nossa realidade seriam diferentes se existisse no Brasil uma Central Única dos Desempregados (CUD). Uma entidade que reunisse os brasileiros em busca de ocupação – 13 milhões contados pelo IBGE –, dispondo de força de mobilização, certamente estaria apoiando ideias liberais para a economia. Eles sabem que seus empregos lhes foram tomados pela corrupção, pelo populismo, pela velha política, pela irresponsabilidade fiscal, pelos privilégios e pela alta carga tributária, pela ganância do Estado e de quantos à sua sombra vivem. Sabem os desempregados que, agora, esses mesmos interesses se mobilizam contra a reforma da Previdência, sem a qual nenhum investidor haverá de confiar no Brasil para aqui empreender.

Uma Central Única dos Desempregados os informaria que sete de cada dez indústrias que se instalam no Paraguai pertencem a investidores brasileiros, que vão em busca de menores custos trabalhistas, energia mais barata e tributos menos onerosos. Uma CUD teria assessoria interessada em aconselhar seus filiados a pressionar os poderes de Estado por medidas liberalizantes, capazes de atrair investidores. Faria com que esses infelicitados irmãos nossos fossem às ruas protestar contra as instabilidades políticas e a insegurança jurídica. Os orientaria a clamar por infraestrutura adequada à produção e a seu escoamento, por Educação que qualifique melhor nossos jovens. Os mobilizaria para apoiar medidas capazes de melhorar a credibilidade do país, revitalizar nossa Economia e ressuscitar, assim, o mercado de trabalho.

A má notícia para os desempregados é que há muita gente influente mobilizada contra as medidas que os beneficiariam, simplesmente porque, assim, mantêm suas posições e vislumbram um possível retorno ao poder.
 

* Percival Puggina (74), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+.

 


Jesiel -   14/04/2019 15:37:00

Olá Puginna! Não conhecia este canal e fiquei imensamente feliz em encontrá-lo. Toda reforma é necessária, mas a reforma da educação brasileira é a mais relevante de todas elas. Eu fui enganado durante décadas por aprender enxergar que o indivíduo tem apenas o direito de votar e pagar imposto e deixar que o governo decida sobre o que educar, legislar e investir nosso dinheiro. Engano meu e de todos que nasceram na década de 80!!! Somos nós quem decidimos o que é melhor para o nosso país, quem decide o que nossos filhos devem aprender, e mais, aprender a história verdadeira (do lado esquerdo e do lado direito) e tirar as conclusões individuais depois debater. Essa é a política honesta! Obrigado por este canal Puginna. Abraço.

José Nei de Lima -   14/04/2019 15:35:27

Parabéns Puggina, o estado brasileiro está bem assim, quem está dentro, está na zona do conforto, e os contrários torcendo que nada funcione. E os representantes do povo a onde estão.

Áureo Ramos de Souza -   14/04/2019 01:16:21

Este supremo com Gilmar Mendes nunca irá a frente pois ele gosta de soltar ladrões. Como fazer para demiti-lo

Luiz Carlos Mandelli -   13/04/2019 21:13:29

Um de teus melhores artigos. Essa proposta de uma CUD deveria ser lida na Câmara ou no Senado!

JORGE Abeid -   13/04/2019 20:13:57

carissimo ha um mata burro sabe aquele ripado de madeira junto aas porteiras das fazendas. pois bem ha um mata empreendimento no Brasil chamado Justica do trabalho que impede o ato de empreeender no Brasil, o maior cliente da Remontech eh o grupo Votorantim, o Fabio Ermirio de Moraes ja me pediu, anos atras, que abrisse uma filial da Remontech ai no patropi. Eu nao vou mesmo fazer isso, porque: 1 -Alugar um espaco ai em Sao paulo alem de ser carissimo precisa um fiador?!?!?! eu cheguei em Chicago em 1997 nao conheia ninguem para dar de referencia o proprietario me pediu dois meses adiantados e na segunda semana minha la eu ja tinha endereco. 2- contratar alguem ai para tocar a filial eh assinar carteiras de trabalho e isso eh fazer do sujeito que assina tal documento um papacito do empregado que so mesmo um ignorante da realidade Brasileira ou um Otario contumaz faria tal ato de alucinacao. 3- mas supondo que um maluco se disponha a desafiar os mataburros 1 e 2 ha a questao da remessa de lucros para a matriz que eh a razao de iniciar qq filial ai. 4- No nosso caso, ha um quarto mataburro internar no Brasil nosso equipamento. Em 2007 se nao me engano, resolvi que nao podia dizer nao para o tal Fabio por razoes obvias e fiz um acordo de sociedade com uma empresa de Engenharia de um amigo em sao paulo e nos pegamos um enorme contrato para monitorarmos as obras do projeto mini mil uma Siderurgica da Votoranttim Metais em Rezende. Eles nos pagaram ao longo dos quase 3 anos da obra R$140,000.00 desse total chegou aqui CAD$18,000.00, isso mesmo dezoito mil dolares Canadenses, isso porque esse valor chegou aqui atraves de doleiros e nosso equipamento foi contrabandeado, Monica e Cesar Augusto levaram nas malas junto com a roupa deles. e eu e meu amigo desistimos disso, nao somos bandidos. O Brasil nao tem nenhuma chance de entrar no clube do primeiro mundo enquanto nao retirar os mataburros das porteiras de entrada porque o investidor estrangeiro nao eh como pensam as Antas cartoriais dai um idiota . Nesse aspecto o Brasil perde para o Peru. Nessa mesma epoca a Votorantim Metais nos confiou o monitoramento da ampliacao da planta de zinco que eles teem em Lima e nos fizemos o servico, internamos nosso equipamento sob um processo de importacao temporaria rapido e indolor, nosso dinheiro foi pago aqui no Canada na nossa moeda e por cima da mesa legalmente, no final da obra trouxemos de volta nosso equipamento via Fedex sem crise . O Bolsonaro tem uma tarefa quase impossivel pela frente.

Dalton Catunda Rocha -   13/04/2019 20:12:07

Só se poderá reduzir o PT & Cia à insignificância política, apenas se o Brasil deixar de ter o lixo de sistema educacional que tem, o qual é controlado pelas esquerdas. O que determina se um país se desenvolve ou se fica na miséria e na crise, não é petróleo, nem o nióbio; muito menos a embaixada em Jerusalém. O que determina, se um país se desenvolve ou se fica na miséria e na crise, consiste se este país consegue montar um sistema educacional de boa qualidade. Caso Bolsonaro, simplesmente fracasse em transformar o sistema educacional brasileiro, em algo pelo menos regular, o Brasil seguirá em crise econômica. E permanecendo o Brasil, em crise econômica, o PT voltará ao poder, no máximo em 2022. Apenas desregulamentar, inventar algumas leis boas para os negócios e ter um presidente que não rouba e é contra ditaduras comunistas, não resolverá os problemas do Brasil. A vizinha Argentina elegeu Mauricio Macri, que governa a Argentina, desde 2015. Neste tempo todo de governo, por acaso a Argentina estará bem, economicamente? Não. A Argentina está mal, economicamente falando. Ver site: ( https://brasil.elpais.com/brasil/2018/12/26/internacional/1545859505_021155.html ) Vou listar umas coisas sobre Macri: 1- Maurício Macri não rouba. 2- Maurício Macri se elegeu por um partido de direita. 3- Maurício Macri desregulamentou a economia. 4- Maurício Macri foi inimigo de Cuba e Venezuela. 5- Maurício Macri foi inimigo do Irã e inimigos de Israel. Por que tendo tantas coisas boas, Maurício Macri é impopular e parece-me que os peronistas voltarão ao poder, na Argentina? Isto ocorreu, por duas razões principais: 1- Maurício Macri fez uma economia de mudanças graduais. Quando estas mudanças graduais mostraram-se insuficientes, para tirar a Argentina da crise econômica, ele já havia perdido o capital político que tinha, quando começou seu governo. 2- Várias décadas atrás, a Argentina tinha o melhor nível de ensino da América Latina. Décadas de domínio marxista no ensino de lá, fizeram com que todo o ensino argentino se tornasse uma porcaria, incapaz de treinar uma força de trabalho competente e preparada para o mundo moderno. Maurício Macri simplesmente, não melhorou de fato marcante, o ensino argentino. Este fracasso educacional, abriu o caminho para os corruptos peronistas possivelmente voltem ao poder, na Argentina, já no ano que vem. Três conselhos, que se deveria dar ao Jair Bolsonaro: 1- As reformas da economia brasileira devem ser feitas, não apenas na direção certa. As mudanças que a economia do Brasil, realmente precisa devem ser feitas de forma, o mais rápido possível. 2- Tal e qual no caso das mudanças na economia, as mudanças no sistema educacional do Brasil, precisam ser feitas, com o máximo de vontade e velocidade, que se conseguir fazer. 3- Como diz a palestra presente, a partir de 6 minutos e vinte segundos, no site: ( https://www.youtube.com/watch?v=axuxt2Dwe0A&t=24s ), a verdadeira chave para o desenvolvimento de uma sociedade é, ela ter um bom sistema educacional. No Brasil, a equação será simples. Tendo um fracasso numa melhoria do péssimo sistema educacional brasileiro, a crise econômica seguirá assolando o Brasil. E com uma crise, o PT teria livre, seu caminho de retorno ao poder.

João Guilherme Maia -   13/04/2019 19:55:40

Eu concordo com o texto, mas o Brasil está passando por uma situação muito delicada, quem pensava que se o Jair Bolsonaro fosse eleito presidente do Brasil tudo iria se resolver, mero engano. Agora mesmo que a situação do país vai se complicar, até porque a esquerda não se conformar de ter perdido o poder e com isso, não poder o realizar o maior sonho do chefão Lula que é tornar o Brasil um país comunista. Eu já falei e volto a repetir, quem vai mudar os rumos do país, não vai ser os políticos e sim nós, até porque, os políticos , pelo menos a maioria dessa legislatura que está aí, só pensam em si e o país e o povo que se lixe. O Presidente Jair Bolsonaro, tem sim projetos para trazer o Brasil para os trilhos do desenvolvimento e crescimento econômico, agora como já falei vai depender do nosso apoio para ele conseguir realizar esses projetos dele. Ele irá enfrentar uma tremenda batalha no Congresso Nacional, devido ele não concordar com a famigerada política do toma lá, dá cá, criada nos governos do PT. Nos estamos vendo as dificuldades que ele está tendo para colocar em votação a Reforma da Previdência Social, e assim vai acontecer com outros projetos que ele mandar para o Congresso Nacional. Mais uma vez repito, a mudança do Brasil, vai depender de nós.

DONIZETE DUARTE DA SILVA -   13/04/2019 16:27:18

As palavras têm sentido. Essa é a razão pela qual a esquerda tanto se ocupa em desenvolver a novilíngua objetivando distorcer seu significado. Dito isso, desejo lembrar que temos segmentos de desenvolvimento econômico muito claros: comércio, serviços e indústria. Não existe fluxo de turistas vindo ao Brasil para fazer compras ou buscar serviços, de sorte que tais atividades não contribuem para nosso desenvolvimento econômico e social. Dizem que os serviços representam 70% do PIB, mas não temos PIB. A única forma de gerarmos dinheiro novo que nos livre do escambo e a indústria. Você produz e comercializa em qualquer lugar do planeta gerando assim recursos novos que nos levam ao futuro. Pois é, no Brasil não temos industrias, temos fabricas. Indústrias são negócios tocados por adultos competentes que resolvem atender carências do mercado. Fábricas são equipamentos tocados por pessoas para fabricar partes e peças para indústrias. O modelo mental necessário para atuar numa fábrica é distinto daquele da indústria. Enquanto a indústria carece de talentos,uma fabfábr depende da experiência. Fabricas fazem uso do tempo para operar recursos para gerar riqueza, enquanto que a indústria faz uso do talento Edo domínio de matemática e ciências para criar novos produtos, novos processos e novas fábricas. Nos anos 50 e 60 a atividade industrial representava a maior parte do PIB mundial. Nós anos 70,com a chegada do homem a Lua, a história mudou pois demos início ao processo de globalização. Se nós anos 50 tínhamos dezenas de indústrias automobilísticas, hoje temos centenas delas. As fábricas nascem dentro das indústrias como departamentos delas, até que a terceirização as leve para outros endereços. Em resumo a indústria vive do futuro, uma fábrica do passado. Nós anos 70 o MEC optou por formar pessoas para atuar em fábricas, e então destruimos nossas industrias pois ao Brasil bastavam operários. Ocorre que com a tecnologia e a globalização, as fábricas tendem a desaparecer pois tornar-se-ao meros equipamentos de novas indústrias. Não precisaremos mais de braços, mas de mentes e não mais temos profissionais para o mundo que chegou. Hoje chamamos fabricas de indústrias para escondermo-nos de nossas escolhas, ou para que nossa sociedade da realidade não se aperceba. Em tempo: profissionais de fabricas seguem algoritmos, já que se dedicam a repetir procedimentos. Ao se generalizar a metodologia, abdicamos do poder de criação dos mais jovens. Assim deixamos de conviver com leitores, escritores, médicos, contadores, economistas, professores, gestores, políticos, técnicos, engenheiros, advogados, juízes. E há quem acredite que o modelo de educação promovido pelo MEC há mais de 40 anos, sustentado por um exército de 450000 funcionários precisa ser preservado para garantirmos o futuro que eles próprios destruíram.

Paulo Renê Bernhard -   13/04/2019 14:40:50

Sensacional teu artigo, e idéia de criação de uma Central Única de DESEMPREGADOS ( CUD). Também acredito, que sòmente a união de forças deste contingente fantástico de desempregados brasileiros, conseguiria chamar a atenção de nossos governantes , e daqueles que estão empregados, mas que de forma corporativa , e egoísta, ainda lutam por mais privilégios.

Luis Gonzaga -   13/04/2019 14:00:27

Excelente proposta, caro Puggina. Esses, os "desassistidos pelo estado", são os que aqueles usufrutuários dos privilégios do estado usam para fazer sua política suja, rasteira e traiçoeira. Os espertalhões de sempre, unidos à esquerdalha, são protozoários que precisam de matéria orgânica em decomposição (isto é, a sociedade morrendo de fome, de crimes, de doenças) para crescerem e se reproduzirem!!!

Ronaldo -   13/04/2019 13:51:48

Parabéns Puggina, mais claro que isso não dá pra falar. Esses que vc menciona são os egoístas , só vêem o lados deles, são as mentes doentes dos esquerdopatas.