• Percival Puggina
  • 07/03/2012
  • Compartilhe:

CARTA QUE ENVIEI AO SENHOR ARCEBISPO DE CUIABÁ

CARTA QUE ENVIEI AO SENHOR ARCEBISPO DE CUIABÁ Sobre o tal manifesto contra o Pe. Paulo Ricardo Muito estimado D. Milton Li com dissabor e não sem preocupação uma tal carta-denúncia que teria sido enviada às autoridades religiosas da regional Oeste II a respeito do padre Paulo Ricardo de Azevedo Junior, conhecido nacionalmente como padre Paulo Ricardo. A referida carta incorre em grau máximo nos erros e culpas que pretende atribuir ao acusado. Isso é comum em manifestações desse tipo. Obedece regras da pura malícia: acusa os outros daquilo que fazes; dize dos outros aquilo que és. A carta só surpreende, então, pelo anonimato, forma indigna de encerrar um texto com aquela estrutura e objetivo. Ela veio a público de um modo que o leitor não sabe quem diz, que autoridade tem nem quantos são os que assim se expressam. Seja como for, quero deixar registrada minha discordância em relação ao que ali foi afirmado. Conheço o padre Paulo Ricardo e posso dar testemunho de sua radical adesão ao sacramento que recebeu da Igreja, de sua exemplar fidelidade ao Papa (tantas vezes ausente em parcelas da nossa Igreja cá no Brasil), bem como sua explícita submissão e aceitação do Concílio Vaticano II. O que querem e contra ele requerem, são sanções cujo único objetivo é calar sua voz. Não porque ele ensine heresias ou atente contra o Magistério Pontifício (como Leonardo Boff), nem mesmo porque ele se opõe às heresias de natureza cismática muito em voga no nosso país, como ele de fato faz com muito vigor. O motivo da ira vai aparecer no momento em que acusam sua batina de ser objeto de um uso ideológico. É aí que o padre Paulo Ricardo incomoda como um espinho no pé. Ele é adversário de um projeto político, ideológico, que usa a Igreja Católica no Brasil para seus propósitos. No fundo é isso. Maliciosamente, o texto não diz que ideologia é essa porque se o fizesse estaria expondo a ideologia dos autores. Confio no seu justo discernimento. A verdade que liberta não é a verdade acolhida silenciosamente no coração enquanto convive de modo cúmplice com a falsidade, mas a verdade proclamada com coragem, profeticamente, quando necessária. Na mesma fé Percival Puggina