A esquerda, cuja fidelidade aos seus sofismas é levada ao limite da serventia, tem aproveitado a expressiva riqueza dos candidatos Amoedo e Meirelles para pilotar o megafone da luta de classes. Há mais de um século, combatendo a economia de empresa e o capitalismo, sustenta que se alguém enriqueceu é porque muitos empobreceram e que tal situação só pode ser superada com a rebelião dos trabalhadores para um governo de operários. Trata-se de sofisma vulgar, de colossal ignorância sobre Economia, de ainda mais grave incapacidade de aprender dos fatos e da história, e de chocante hipocrisia. Até países que afogaram sua população em sangue para implantar o comunismo já aprenderam que as coisas não são assim. Por aqui, no entanto, esse miserável arsenal retórico é usado para influenciar parcelas da opinião pública.
A ideia de que há um nível básico e que se alguém criar para si um montinho, alguém ficará com um buraquinho, é de uma sandice inigualável. Como bem ensina o exemplo cubano, em tal regime as galinhas deixam de pôr ovos e as vacas não dão mais leite. Falta até sabão porque, sob comando do Estado, sequer atividades industriais sofisticadas como a produção de sebo e sabão conseguem atender o mercado. Na vida real, a miséria só começa a diminuir (leia mais em https://www.gazetadopovo.com.br/opiniao/artigos/candidatos-ricos-e-candidatos-pobres-45khtyeqlb4tzmsp9xqubfobd
* Artigo exclusivo para a Gazeta do Povo