• Percival Puggina
  • 04/09/2015
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BEBERAM? CHEIRARAM? FUMARAM? DOIDÕES CERTAMENTE ESTÃO.

Culpado conforme as acusações, o petismo quebrou o Brasil e, em quatro anos levou junto o Rio Grande do Sul. Nenhum contador, auditor, economista, desconhecia aquilo que Sinara Polycarpo Figueiredo, assessora de investimentos do Santander, anunciou em circular a seus clientes em junho do ano passado. Aliás, o referido documento afirmava obviedades antigas, que só eram desconhecidas pelos assessores da CNBB e pelos publicitários do governo. Os primeiros emitiram, na mesma época, uma Análise de Conjuntura na qual afirmavam que a inflação estava diminuindo e que uma entidade maligna chamada mercado semeava insegurança para desestabilizar o governo. Os segundos propagavam que o Brasil era e continuaria sendo uma ilha de prosperidade, pleno emprego e desenvolvimento social. A assessora do Santander foi demitida. Os da CNBB permanecem firmes em seus postos. E os publicitários do governo? Estes aprenderam que a mentira é a própria alma de seu negócio. Afinal, é preso ao fio produzido por essas mentiras que balança e se sustenta o indescritível governo da presidente Dilma.

 A irresponsabilidade fiscal, que sempre foi bem vista pelo petismo, quebrou o Brasil. Levou-nos ao descrédito internacional. Pôs sob risco o grau de investimento do país. Constrangeu o governo a apresentar ao Congresso um inédito orçamento deficitário para o ano de 2016. Com isso, está obrigando-se a buscar novas fontes de receita (leia-se "tomar-nos mais dinheiro pela via tributária").

Pois é nesse contexto que eu acabo de ler, no Estadão de hoje, 4 de setembro, que a "Petrobrás corta viagens e festas para poupar R$ 12 bilhões". No conteúdo da matéria vê-se que os cortes não atingirão apenas viagens e festas, mas incluem, entre outros, aulas de idiomas, brindes, programas de visitas, uso de veículos para necessidades não operacionais, participação em congressos, seminários e fóruns. E nem uma palavra sobre as periódicas e inúteis enxurradas publicitárias que inundam os grandes meios de comunicação. É também nesse contexto que, no mesmo jornal, lendo editorial com o título "O irrealismo do judiciário", fiquei sabendo que o STJ e outros sete Tribunais Regionais do Trabalho encaminharam ao Conselho Nacional de Justiça anteprojetos que criam 1,5 mil cargos de natureza técnica e outro tanto em funções comissionadas! Nada diferente dos aumentos e regalias autoconcedidos. E nada diferente do ânimo criador de caso que tem levado a Câmara dos Deputados a aprovar projetos que elevam sobremaneira o gasto público. O governo, por conta própria, fez tudo que estava ao seu alcance para afundar o país. Não precisa de sugestões nem de auxílio da oposição.

Eis o que me leva ao título deste artigo. Beberam? Cheiraram? Não podem, as instituições da República, estar em seu estado normal. Poupem-nos de seu convívio. Vão se tratar e voltem quando estiverem restabelecidos.

* Percival Puggina (70), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de Zero Hora e de dezenas de jornais e sites no país, autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia e Pombas e Gaviões, integrante do grupo Pensar+.
 


Gustavo Pereira dos Santos -   08/09/2015 01:29:46

Uma correção, Ricardo. Faz tempo que o Paraná ultrapassou o Rio Grande do Sul.

Data Venia -   07/09/2015 15:49:04

REFRESCANDO A MEMÓRIA O PT foi contra a eleição de Tancredo Neves no colégio eleitoral, decisiva para a redemocratização do Brasil, e expulsou do partido três deputados que votaram nele: Airton Soares, José Eudes e Beth Mendes. O PT votou contra o Plano Real, que acabou com a hiperinflação. O PT se recusou a assinar a Constituição de 1988, que consolidou nossa Democracia. O PT foi contra a privatização, inclusive da Vale do Rio Doce. Se estivesse nas mãos dos petistas, o juiz Sergio Moro teria mais trabalho na Lava Jato. E como estariam as exportações de minério de ferro ? É bom nem pensar! O PT votou contra a Lei de Responsabilidade Fiscal, fundamental para o equilíbrio das contas públicas. O PT foi contra o PROER, que reestruturou o sistema bancário brasileiro e salvou o Plano Real. O PT votou contra a criação dos programas sociais no governo FHC (Bolsa Escola, Vale Alimentação, etc.), que deram origem ao Bolsa Família. Lula dizia que eram medidas eleitoreiras (vejam o vídeo). Dá pra acreditar ? https://www.youtube.com/watch?v=-oXRjEZ3Mes O PT PEGOU A CASA ARRUMADA EM JANEIRO DE 2003 E VAI ENTREGAR UM PAÍS QUEBRADO AO SUCESSOR DE DILMA!

Ricardo Vaghi -   07/09/2015 15:19:45

Mas o Rio Grande do Sul não se considera superior aos outros e queria se separar do Brasil ? Como é que pode estar falido ?A ordem de produção de riquezas dos estados ainda é essa São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraná.

Sergio Silva -   06/09/2015 04:10:04

O diagnóstico feito pelo Colunista e pelos seus insignes comentaristas bem demonstram o estado de degenerescência moral, política e econômica da Nação e do País. Estamos diante da iminente bancarrota existencial como Nação, por conta dos séculos de pilhagem do Estado através do 'sistema' político feudal que sempre imperou no País. O 'getulismo', a 'intentona, os sindicatos, o 'janguismo', estão enraizados nos hábitos perniciosos dos costumes nacionais, por conta da ação subliminar das falacias indutivas-persuasivas transmitidas pelos meios de comunicação social, bem assim, pela sistemática conduta de governantes e partidos políticos que sempre se aboletaram do poder político mediante fraudes dissimuladas, e, agora, com deslavada audácia. Desde quando, a presidência de um conselho de administração, de uma corporação nacional, conhecida pelo nome Petrobras, se auto-isenta de responsabilidade diante de uma aquisição fraudulenta de uma refinadora de petróleo no exterior, sob argumentos pífios? Enfim, o aparelhamento do Estado Brasileiro - seguindo os 'ensinamentos' de Antonio Gramsci - são favas contadas, salvo se, mercê da Consciência Cósmica através da antropologia metafísica, nos livrar das excrecências que parasitam o nosso País. Parafraseando o comentarista {Dalton Catunda Rocha - acima}, hoje, o Brasil é Africa de amanhã!

ARTUS JAMES LAMPERT DRESSLER -   05/09/2015 20:34:27

A ESTRELA CADENTE e seu DESGOVERNO têm funcionado como um entreposto do populismo “emporrificador” que não assume a ressaca dantesca; renega o resultado das suas falácias e bazófias. Mesas viradas, garrafas e copos quebrados e a bagunça generalizada no SALÃO DA ECONOMIA sabem debitar à conjuntura internacional. Jamais se olharão no espelho sem os óculos do “tudo azul”; são especialista em pegar binóculos, em posição invertida, para minimizar os transcendentais estragos na nacionalidade.

José Maria Rodrigues de Vilhena -   05/09/2015 19:03:09

Dtzem que na Europa medieval as populações das aldeias atingidas pela peste negra saiam à rua e se punham a cantar e dançar , impotentes diante da realidade arrasadora. Pois, esta esquizofrenia coletiva parece ter atingido o governo petista e acólitos. Negam a verdade de uma situação gravissíma gerada pela incompetência e planos obscuros. E emtre tolos e medrosos, aproveitadores das migalhas dentro deste establisment, nos aproximam do precípicio.

José Maria Rodrigues de Vilhena -   05/09/2015 19:03:09

Dtzem que na Europa medieval as populações das aldeias atingidas pela peste negra saiam à rua e se punham a cantar e dançar , impotentes diante da realidade arrasadora. Pois, esta esquizofrenia coletiva parece ter atingido o governo petista e acólitos. Negam a verdade de uma situação gravissíma gerada pela incompetência e planos obscuros. E emtre tolos e medrosos, aproveitadores das migalhas dentro deste establisment, nos aproximam do precípicio.

Decio Antônio Damin -   05/09/2015 17:12:16

O PT não inventou a "irresponsabilidade fiscal" que sempre houve, mas dentro de um limite tolerável dada a grandeza de nossa economia. O que o PT fez foi, descaradamente, romper qualquer resquício de vergonha na cara que os fizesse pelo menos ruborizar frente aos escândalos e ao uso populista de benesses sociais como se o dinheiro para paga-las fosse inacabável! Não é politicamente correto falar, mas muito deve estar sendo pensado, nessas bolsas isto e aquilo! Ninguém fala nisto e a única referência que ouvi foi da própria presidente que disse que "ninguém vai mexer no bolsa família, FIES, Minha casa Minha vida, Minha casa melhor ´Ciência sem fronteiras, etc, etc...." O orçamento deficitário é a prova provada da irresponsabilidade que no caso é até (pasmem!) confessada!!

Ismael de Oliveira Façanha -   05/09/2015 16:07:32

Eis o óbvio ululante, o PT e os partidos seus consorciados, usaram os recursos públicos para controlar o Estado e as grandes empresas corruptas. A derrota de Aécio Neves nas eleições presidenciais, jogou o Brasil e seu povo despenhadeiro abaixo, numa queda livre cujo fim mal se pode imaginar.

Odilon Rocha -   05/09/2015 15:58:27

LSD, caro Professor! LSD! Lei da Sem - vergonhice e Desídia. O grande mal produzido ao país, como muito bem argumentou um articulista, é 100 (cem) vezes mais moral do que econômico. Um leva inexoravelemente ao outro. O estrago está feito (e ainda não acabou!). Suas repercussões em todos os campos do Poder, incluindo-se aí a viga mestra de uma Nação, a Educação, hodiernamente esfrangalhada no meio dessa barafunda, levarão muitas e muitas décadas de recuperação. O trabalho será árduo. E assevero: se se quiser isso realmente! Assim espero, tomando um chimarrão com São Pedro.

Dalton Catunda Rocha -   05/09/2015 15:23:41

Em outros tempos, não faltavam pessoas que diziam que o problema do Iraque era Saddam Hussein. Após terem deposto Saddam Hussein, há mais de dez anos, eis que o Iraque, após os Estados Unidos terem gastado mais de US$2 trilhões numa guerra lá, o Iraque consegue ser pior hoje, que nos tempos de Saddam Hussein. O verdadeiro problema do Iraque não era Saddam Hussein. O verdadeiro problema do Iraque era e é, o islamismo. O verdadeiro problema do Brasil, não é Dilma, como não era Lula, nem FHC, nem Collor, nem Sarney, nem Jango ou Jânio. O verdadeiro problema do Brasil é, o patrimonialismo. Dei-me um país, que tenha monopólio estatal do petróleo e, eu lhe darei um país pobre e uma cleptocracia. Cuba é o futuro da Venezuela. A Venezuela é o futuro da Argentina. E a Argentina é o futuro do Brasil.

Gustavo Pereira dos Santos -   05/09/2015 13:56:13

Que os pariu, é surreal. Não consigo parar de rir. Abraços e bom fim de semana a todos.

Genaro Faria -   05/09/2015 10:49:09

Perfeito! Permita-me corrigir o erro do segundo parágrafo desse artigo que deveria ser um editorial de telejornal: "A irresponsabilidade fiscal, que sempre foi malvista pelo petismo, quebrou o Brasil. Levou-nos ao descrédito internacional", pois acho que você quis dizer "bem vista". Por ignorância ou má fé, senão por ambas, a imprensa está, como sempre, aliás, veiculando notícias de que "dificuldades econômicas decorrem de erros cometidos nos últimos anos, os quais foram agravados pela atual conjuntura mundial". Balela! Só um cego não vê que os governos do PT estão é quebrando o país deliberadamente. A menos que não se leve a séria o que esse partido declara abertamente, seu objetivo é conquistar a hegemonia política - vale dizer, tornar-se um partido totalitário - e implantar a revolução socialista - que o marketing cubano chama, para efeito externo, de "socialismo do século 21". Ora, para que um partido seja o único é preciso que os demais sejam extintos. E para que isso aconteça, é preciso que se faça uma revolução. A qual, por sua vez, depende de que as instituições vigentes sejam revogadas e o povo seja subjugado ao talante dos ocupantes do poder. E isso, minha gente, só é possível quando a economia de um país é destruída e suas instituições políticas, desmoralizadas. Como na Venezuela...