• Tibiriçá Ramaglio
  • 17/01/2009
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BATTISTI E O COMUNISTA DE TATUAP?

A indigna? nacional diante da concess?de asilo ao terrorista italiano Cesare Battisti deixou em polvorosa o Comunista do Tatuap?Para quem n?conhece o tipo, ele ?lgu?que faria a famosa velhinha de Taubat?er considerada um ?ne do ceticismo. O cara ?ais ortodoxo do que o centen?o Oscar Niemeyer na defesa intransigente do humanismo do camarada St?n. Em mat?a de f?nada se compara ?o Comunista do Tatuap? Naturalmente, um escritor como Lu?Fernando Ver?imo jamais se ocupar?ele, mas ele existe e est??nesse efervescente bairro da Zona Leste paulistana, militando ?ua moda em prol da nobre causa revolucion?a, a que pode se dedicar por completo agora que foi contemplado com uma bolsa-ditadura, por ter passado tr?dias em cana, nos idos de 1969, por alcoolismo, arrua?e corrup? de menores. Mas isso s?outros quinhentos. Enfim, a indigna? nacional diante da concess?de asilo ao terrorista foi motivo de muita irrita? para o Comunista do Tatuap?que resolveu tomar uma atitude, correu para o seu computador, clicou no ?ne do Outlook Express e come? a pensar num libelo em defesa da posi? do ministro Tarso Genro, por quem tem especial apre? mais por causa da deputada Luciana Genro, por quem o Comunista do Tatuap?e desmancha, mas isso tamb?s?outros quinhentos. Frente ao formul?o de e-mail em branco, o Comunista pensou, pensou, pensou, pensou mais um pouquinho, at?ue lhe ocorreu um argumento que considerou genial, em sua singela dial?ca. Durante uns vinte minutos, ficou a fazer umas contas, at?ue redigiu uma quest?que lhe pareceu incontest?l: o que s?os quatro homens justi?os por Battisti diante das dezenas de milh?de mortos produzidos pela Santa Inquisi?, pela Revolu? Industrial, pelo Massacre de Chicago e a barb?e nazista? N?precisou escrever mais nada. Era o bastante! Disparou o email para seu mailing, composto de celebridades do mundo intelectual, artistas, top-models, jornalistas, oper?os sindicalizados e at? valente deputado Jos?eno?. Mas n?se deu por satisfeito. Pegou do telefone e ligou incontinenti para a reda? da revista “Caros Amigos”. Quem o atendeu foi a mo?do cafezinho, que tamb?? pauteira (afinal, trata-se de uma publica? democr?ca e sem preconceitos). O Comunista lhe sugeriu imediatamente para mat?a de capa uma entrevista com o escritor Cesare Battisti. A mo?lhe garantiu que achava a id? b?ara e iria discuti-la com a coletivo da publica? na pr?a reuni?de pauta. O Comunista desligou, n?sem antes convidar para um caf? mo?do cafezinho qualquer dia desses. Mas ainda n?se dava por contente. Havia mais por fazer em defesa de Genro e Battisti. O Comunista do Tatuap?estiu sua indefect?l camiseta do Che Guevara, jogou uma boina sobre a cabe?e desceu para o bar da esquina que fica do lado do apartamento onde mora. Ali, sentou-se no balc? pediu uma cerveja estupidamente gelada e se p? fazer proselitismo para os tr?gatos pingados que se encontravam nas proximidades: “Voc?veem o que ? burguesia? Conseguem perceber a psicologia da direita? Fica a?ssa gritaria mesquinha contra a generosa atitude do ministro Tarso Genro. Burgu??udo ressentido mesmo! N?d?onta de esquecer o passado! N?consegue nem compreender qual ? sublime sentido da palavra camaradagem!” http://observatoriodepiratininga.blogspot.com