• Percival Puggina
  • 21/05/2015
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ALERTA AOS PAIS

 Duvido que algum pai, ao matricular o filho numa escola, fique na expectativa de que lhe sejam enfiadas na cabeça as ideias políticas que seus professores tenham. Os pais esperam exatamente o oposto. Esperam que os professores não façam isso porque reservam tal tarefa para si mesmos, segundo os valores e a cultura familiar. Quando um professor, o sujeito no quadro negro, o cara de cima do estrado, que corrige prova e dá nota, usa a autoridade e os poderes de que está revestido, para fazer a cabeça de crianças e jovens, exerce sua profissão de modo abusivo. Figurativamente, pratica estupro de mentes juvenis. Se o professor quer fazer proselitismo político, se anseia por cooptar militantes para sua visão de mundo, de sociedade, de economia, de política, de história, que vá procurar um vizinho, um colega, um superior. Figurativamente, que deixe de ser abusador e vá enfrentar alguém de seu tamanho intelectual.

Volto a este assunto porque, aqui no Rio Grande do Sul, o Sinepe/RS, sindicato patronal das escolas particulares, convidou o Dr. Miguel Nagib, coordenador do movimento Escola sem Partido, para uma palestra aos diretores de escolas. Ótimo, não é mesmo? Sim, ótimo para todos os alunos e pais, mas não para o sindicato dos professores das escolas particulares, o Sinpro/RS. Em assembleia geral, o sindicato emitiu Moção de Repúdio ao evento, em veemente defesa do direito dos professores de influenciarem politicamente seus alunos. No texto (que pode ser lido em aqui), os docentes afirmam que "retirar da Educação a função política é privá-la de sua essência" para colocá-la a serviço "da ideologia liberal conservadora" à qual os mestres de nossos filhos atribuem todas as perversidades humanas, das pragas do Egito ao terremoto do Nepal, passando por Caim e Jack o Estripador.

Não é por acaso que nosso sistema de ensino se tornou um dos piores do mundo civilizado. Afinal, sua essência é ser campo de treinamento de militantes para os partidos de esquerda. Os dirigentes do sindicato dos professores do ensino particular (e não pensam diferente as lideranças dos professores do ensino público) estão convencidos de serem detentores não do dever de ensinar, mas do direito de doutrinar! E creem que essa vocação política, superior a todas as demais, "essencial à Educação", encontra na sala de aula o espaço natural para seu exercício. Se lhes for suprimida essa tarefa "missionária" e lhes demandarem apenas o ensino da matéria que lhes é atribuída, esses professores entrarão em pane, talvez porque seja isso o que não sabem fazer.

Espero que tão destapada confissão de culpa emitida pelo Sinpro/RS sirva de alerta aos pais e à direção das escolas. Os pais pagam para que seus filhos recebam os conteúdos pedagógicos do estabelecimento de ensino escolhido. Entregar junto com isso, ao preço de coisa boa, mercadoria ideológica estragada, vencida, não solicitada e sem valor comercial, é fraude.

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* Percival Puggina (70), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de Zero Hora e de dezenas de jornais e sites no país, autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia e Pombas e Gaviões, integrante do grupo Pensar.
 


Eduardo Santos -   26/05/2015 11:56:19

Brilhante, Puggina. Só li verdades.

Juan Koffler -   24/05/2015 13:26:06

Preclaro amigo Puggina: Seu artigo desta semana está irretocável e é mais que pertinente e oportuno. Essa doutrinação vem ocorrendo a olhos vistos e sem que ninguém tome uma atitude drástica contra essa "pedagogia do comunismo", morta e enterrada na expressiva maioria das escolas públicas e privadas do mundo livre e democrático. Na escola e na Academia, há espaço apenas para o conhecimento (sentido lato) e para a formação reta dos presentes e futuros cidadãos. Não há um milímetro disponível para imposição de ideologias, sejam elas de esquerda, centro ou direita. Política se faz nos espaços políticos, não nos bancos escolares, independentemente de a qual nível estejamos nos referindo. Parabéns, aplausos efusivos e meu integral e irrestrito apoio nessa luta! (Já repliquei seu artigo no meu Facebook). Forte abraço e ótimo domingo!

ISAIAS ROSA DA SILVA -   24/05/2015 02:51:50

Sou formado em Pedagogia por uma universidade pública. Sei bem o que é doutrinação marxista. Graças a Deus não me deixei doutrinar. Ainda durante o curso debati com colegas e professores a respeito do papel do professor. Não aceito de jeito nenhum ser chamado de educador. Sou Pedagogo e/ou professor. Entendo que os pais e as mães devem ser chamados de educadores e educadoras. Infelizmente nos últimos anos o papel de educar tem sido imposto aos professores. Discordo totalmente disso. Eu vou estar em sala de aula para ensinar matemática, português, história, geografia e ciências. Aos pais e mães cabe a responsabilidade de orientar ou educar seus filhos em questões sexuais, religiosas e também no que diz respeito a moral, as várias ideologias e questões políticas.

Marina -   23/05/2015 20:42:14

Parabens Dr Puggina

Dante Ignacchitti -   23/05/2015 18:52:31

Esse repúdio parte da cúpula do sindicato, mas não deve representar TODOS os professores; parte dessa classe de sindicalistas que, se lecionaram, foi no máximo por três ou quatro anos; NINGUÉM de sindicato laborou por 10, 20 ou 30 anos no tablado; só louvam o comunismo mas não mostram como é a vida em Cuba nem na Coreia do Norte; nem dizem aos alunos o que acontece com quem, nesse último feudo comunista, é pego com um celular: PRISÃO PERPÉTUA. São alucinados, como todo comunista, por querer transformar as pessoas no que eles são: ZUMBIS, SEM IDEIA PROPRIA, SEM OPINIÃO DIVERSIFICADA; SÃO MASSA DE MORTOS- VIVOS A ASSOMBRAR A PARTE AINDA SADIA DA SOCIEDADE: OS JOVENS AINDA NÃO CONTAMINADOS POR ESSA DOUTRINA SATÂNICA, ESSE ÓPIO FÉTIDO, PANTANOSO E SANGUINOLENTO CHAMADO COMUNISTO.

Adelia -   23/05/2015 18:24:05

Sou professora aposentada e aprendi que a escola deve ser para abrir o caminho do conhecimento e assim formar cidadão conscientes e capaz e de escolher o seu destino livremente.

Leonardo Vieira -   23/05/2015 17:21:34

O alerta é válido. Sabemos que os esquerdistas vem se infiltrando em todas as instâncias da sociedade e do serviço público. Basta olhar pra dentro de nossas universidades, principalmente os cursos da área de Humanas, estão tomados de professores socialistas e a lavagem cerebral começa ali. Depois de formados, esses doentes mentais trabalham para fazer de nossos filhos os militantes do marxismo falido. Todo cuidado é pouco e a presença dos pais na vida dos filhos é fundamental, antes de colocar seu filho numa escola é indispensável uma pesquisa sobre os professores e o diretor, se estão ligados a partido ou sindicato pelego. O pai e a mãe deve sempre perguntar o filho o que ouviu dos professores sobre aborto, legalização do uso de drogas, homossexualismo, etc. Por aí dá pra descobrir se seu filho está se tornando um cidadão ou um militante idiota das siglas vermelhas que infestam o Brasil e a América Latina.

Govardhan Das -   23/05/2015 15:22:08

ALUNOS, NÃO SE DEIXEM ENGANAR!!! SE COMUNISMO FOSSE BOM, TERIA DADO CERTO ONDE FOI IMPLANTADO, MAS EM NENHUM LUGAR DEU CERTO!!! O POVO SEMPRE SE TORNA ESCRAVO DO ESTADO!!! Sou formado em História e o que me deixa ainda perplexo, é ver que professores que conhecem ou7 deveriam conhecer a História, ainda esteja ao lado destes ditadores, pois não existe comunismo sem ditadura, não existe democracia ou liberdade no comunismo!!!

Julio Rosais -   23/05/2015 15:10:49

Prof. Puggina, há algum tempo eu li um artigo a respeito do Paulo Freire - o pedófilo intelectual - e a "educação bancária" ideologizada, do Luiz Lopes Diniz Filho. O texto foi publicado no sítio "Escola sem partido". O texto aborda exatamente esta questão, da "estupro intelectual" que é a ideologização do ensino. Professores desse naipe confundem "Ensino" com "Educação". Até confundem, talvez, por não terem condições intelectuais para entenderem as diferenças cruciais existentes entre os dois vocábulos. Daí utilizarem interlocutores com níveis intelectuais em menor nível, até por falta de "estofo intelectual" para discutir com gente de maior naipe. Esses professores se esquecem que a "Educação" é responsabilidade exclusiva da família. De outra parte, o "Ensino" é apenas para instrumentalizar o indivíduo para enfrentar o mundo que o cerca. Não cabe ao professor manipular o estudante para que o seu conhecimento da realidade seja "doutrinado" pela ação dolosa ou culposa dos seus professores. Cabe ao professor, isto sim, mostrar os diferentes conhecimentos sobre os assuntos de sua matéria, e deixar aos alunos que escolham seus caminhos. Ideologizar o "Ensino" é retirar o direito de escolha, de "livre pensar"! A este respeito, eu cito dois textos do sítio "Escola sem partido", com os quais eu comungo: http://www.escolasempartido.org/artigos/382-paulo-freire-e-a-educacao-bancaria-ideologizada http://escolasempartido.org/artigos/412-professor-nao-tem-direito-de-fazer-a-cabeca-de-aluno

Paulo Tietê -   23/05/2015 14:21:23

Só quem acredita que Papai Noel e Coelhinho da Pascoa existem, não se da conta que a criação dos "analfabetos funcionais" é proposital, para que as pessoas não adquiram novos conhecimentos e assim mudem seus tendências políticas, ficando só com as que os professores(?) lhes incutiram nas aulas.

Robson Nunes Da Silva -   23/05/2015 01:37:30

Jà existe projeto de Lei tipificando como crime a prática de assédio ideológico. Exatamente o que os professores de esquerda gostam de fazer. Não satisfeitos com o dever de ensinar arrogam-se o direito de doutrinar, mas clamam por um Estado Laico. Hipócritas! Pretendo lutar, dando o melhor de mim, para divulgar tal projeto e fazer com que ele seja conhecido pelo maior número possível de pessoas.

Odilon Rocha -   23/05/2015 01:00:31

Caro Professor Puggina Na mosca: confissão de culpa! Os 'caras pálidas' auinda não se deram conta que, cedo ou tarde, a sua ideologia vai virar peça de museu, do teatro. Abraço

Genaro Faria -   22/05/2015 13:15:27

Todo sindicado ligado à CUT, óvulo sindical do PT fertilizado pelo sêmen da CNBB, trai sua gênese como instrumento de defesa de seus filiados ou da classe laboral que representam. Seus dirigentes têm a mesma causa ideológica do PT, sendo igual a sua finalidade não importa que suas entidades congreguem estudantes, operários, campesinos, profissionais liberais (como a OAB), jornalistas. Assim também procedem os partidos políticos de esquerda e seus agregados de nenhuma relevância social ou econômica. Essas "madrassas" socialistas estão a serviço não da educação, do aprimoramento cultural e moral dos alunos, mas da formação de futuros militantes da causa socialista. São o fermento da massa de "inocentes úteis" (Lênin) que faz crescer o apetite dos que pretendem a "hegemonia política" sonhada pelo PT.

RICARDO MORIYA SOARES -   22/05/2015 11:21:35

Mestre Puggina, hoje (mais velho e experimentado!) tenho a seguinte certeza: a MATEMÁTICA é inimiga mortal da esquerda mundial (comunismo, socialismo, terceira via, bolchevismo, e outras porcarias!). No passado eles (os vermelhos) tentaram liquidar com a matemática de todas as formas cabíveis e bizarras; Mao tentou aboli-la por decreto durante a Revolução Cultural; Pol Pot repetiu o gesto em 1976; e voltando um pouco mais, temos o exemplo dos acalorados debates bolcheviques durante os anos 1920 - como acabar com a moeda, com o cálculo e outras supostas ideologias 'burguesas'. Hoje há uma outra forma de se lidar com a 'Questão da Matemática'. Se na cartilha de dominação marxista a regra principal é relativizar tudo como norma, porque não relativizar também a aritmética? E isso eles vem fazendo desde meados dos anos 90, com a ascensão da chamada Terceira Via (PSDB) à presidência; nascia no período pós-inflação a famigerada 'Matemática Criativa', onde resultados poderiam ser ajustados contabilmente para justificar medidas descabidas. A partir de 2003 (com a eleição do Pudim de Cachaça), a criatividade numérica virou instrumento importantíssimo nas políticas governamentais - posso afirmar veementemente que nenhum dado estatístico oriundo do Governo federal é correto! Nos resta somente a matemática clandestina, a do underground brasileiro, para podermos chegar a algumas conclusões bem assustadoras: a porcentagem de desempregados no país gira em torno de 25% da população entre 18-55 anos; mais de 55% dos brasileiros dependem de alguma renda proveniente do Governo Federal; o montante de aproximadamente R$ 900 bilhões investidos em saúde e educação em 2014, colocaria tecnicamente o país no panteão dos que mais investem no mundo ocidental, mas os resultados na prática são pífios pois além dos tradicionais 'desvios' no meio do caminho, no campo da educação predomina a visão bisonha de Paulo Freire, o corporativismo, as greves pontuais, o todo poderoso sindicato, e, acima de tudo, a implementação do ideário socialista nas escola públicas. O que posso dizer atualmente? Sinto dó da velha e boa aritmética, essa sim tem sido a mais violentada de todas as ciências. Viva a Matemática Clandestina! Viva o Underground dos Números!

Gustavo Pereira dos Santos -   22/05/2015 00:26:33

Dr. Percival, larga de ser um inconveniente fascista, like todo liberal conservador. Pedofilia intelectual é cláusula petrea da nossa Constituição Cidadã Progressista. Um abraço, Gustav Lenin Putin.